Excelente artigo. Sempre curto essa avaliação de qual o sentimento que o jogo passa. Por mais que seja bastante subjetivo, é muito melhor do que tratar o jogo como um mero conjunto de mecânicas (e temática, quando aplicável). No final das contas, o que importa é a experiência que o jogo proporciona.
Tekhenu me fez brilhar os olhos desde a primeira vez que vi. Não a toa, fui um dos primeiros a escrever sobre o jogo aqui na Ludopedia, antes mesmo da Mosaico anunciar a vinda do jogo. Tinha certeza que iria pegar o jogo assim que possível, até mesmo se precisasse importá-lo pra isso.
Curiosamente, o encanto foi se perdendo. Não sei se foi por conta da pandemia e as poucas oportunidades de juntar os amigos pra jogar; se foram os pequenos defeitinhos que começaram a ser identificados na mecânica, especialmente pra jogos em 2p; ou se simplesmente eu estava tomado pelo hype, e com o tempo foi passando.
Não que o interesse tenha sumido, mas o jogo passou de compra certa a um item a mais figurando na wishlist. E avaliando friamente, sem a possibilidade de juntar meu grupo de heavy gamers, Tekhenu seria mais um jogo na estante aguardando sua vez chegar. Ainda vai chegar a hora que vou querer pegar esse jogo, mas essa hora não parece ser agora.
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A respeito da polêmica do Tascini, meus 5 cents é de que ele deve sim ser responsabilizado pelo que falou. Como pessoa pública que exerce influência sobre um grande público do hobby, ele precisa ter consciência do impacto dos seus atos e palavras. Por outro lado, também não acho certo marcar uma pessoa a ferro e fogo por um erro cometido. Essa cultura do cancelamento não raramente ultrapassa os limites da razoabilidade.
Por mais que ele deva pagar por seus pecados, ele também deve ter a oportunidade de mostrar que aprendeu com seus erros e evoluiu. E esse é um equilíbrio bastante difícil de atingir, e que certamente não será unânime (nada nunca é).