DrGrayrock::Kramer é gênio mesmo (embora o Uwe ainda seja o meu preferido)... Vanuatu é uma delícia mesmo, tinha esquecido dele... Excelente texto (como sempre)... Saudade de jogar com o amigo, abraços pra ti, pra Ceci e pro Lppinho....

Escrevi isso pensando em vc Cacá, sei que El Grande e Kramer em geral é a tua praia

Alenator::Ótimo texto LPP! Aproveitando a citação da dupla clássica, qual sua opinião sobre Paris?

Vou me meter na sua pergunta só pra dizer que é um JOGAÇO!!! Foi meu TOP1 em 2020....

butilheiro::Tem um texto que li há algum tempo que falava mais ou menos a mesma coisa que você, LPP, mas indo direto no culpado. Para o cara do texto, o próprio Kramer é o responsável por ter tirado a interação dos euros quando lançou o Princess of Florence (e o cara odeia com todas as forças o jogo hahahaaha):

There is one game that is a manifestation of almost every single thing that went wrong with the idea of European board game design and lead future designers and publishers away from the fun, exciting, and accessible and toward the insular, esoteric, and rigid. That game is the 2000 Alea/Rio Grande Games release PRINCES OF FLORENCE, designed by Wolfgang Kramer and Richard Ulrich.

(...)

As far as gameplay goes, there’s practically nothing to cheer about at any point in the game as PRINCES OF FLORENCE really kind of set the stage for the cold, heartless, drama-less, and passionless gameplay that many Eurogames that followed have emulated to some degree or another.

Os pontos do cara são muito interessantes, apesar de que assim como eu não concordo com tudo o que você disse, eu também não concordo com tudo o que ele disse. Eu, como você sabe, já sou adepto dos euros com menos interação (não a total falta dela, mas a interação positiva ou mesmo o conflito indireto me agradam mais do que a simples interação por interação que existe em jogos com take that, ou em resoluções de ações que mais sacaneiam o adversário do que te beneficiam). Tanto que eu prezo, nos meus designs, a fazer jogos em que a interação exista, mas não ao ponto de fazer um jogador ser completamente prejudicado pela ação do outro.

No mais, acho que tem muito jogo sim que é parecido, como você falou, até mesmo entre designers diferentes. Gosto muito quando o designer escolhe uma mecânica óbvia e a usa de maneira não óbvia (como o Lopiano que você citou). Mas também entendo quando o designer recicla uma ideia própria pra fazer algo melhor (Pfister e Lacerda faze muito disso, enquanto que o Uwe só recicla sem ser criativo). Acho que tem muitas discussões possível a partir desse seu texto, o que é bacana.

Cara, eu sei lá se eu sou a favor dessa reciclagem assim. Entendo o Lacerda pq ele recicla umas mecanicas periférias, tipo, ação secundária. Mas o Pfister da vida... eu pego olhando pro Maracaibo e penso, é GWT que troca deck building por engine building e com a pontuação do Mombasa. E por melhor que eu ache que isso ficou no jogo, chega num momento que eu penso, cara, prefiro jogar GWT ou Mombasa

Sobre Take That, tb nao sou fã. Não em euro pelo menos. E acho que Brass é o exmeplo máximo da interação positiva, pois é um jogo sobre aproveitar do que as pessoas estao fazendo a seu favor. 

GabrielAlmeida::Rapaz... vc só pode ter hackeado meu PC. Ontem eu estava escrevendo um texto, ainda inacabado, neste exato teor, com até exemplos idênticos, porque estreei o Dominant Species Marine e notei o quanto a interação é o elemento que mais me atrai nos BGs ultimamente.

Minha idéia era focar, além de no sabor similar de que todos os euros médios compartilham, em quanto estou de saco cheio de worker placement, mecanismo que tenho sentido em muitos jogos como uma tentativa forçada de interação em jogos multiplayer solitaire.

Portanto, como o seu post foi excelente, vou me contentar em criar um post apenas com minhas primeiras impressões sobre o DSM mesmo. Mas, para complementar, deixo aqui o que para mim torna a interação tão importante nos BGs:

Para mim, é a interação que gera histórias na mesa. Ninguém lembra de quantos pontos fez num combinho de cartas do TFM ou quantas ações conseguiu encadear naquela jogada brilhante no Trajan. Mas todo mundo se lembra do primeiro (ou de todos) dump num 18XX, de ter seus gansos roubados no Roads&Boats ou de quando construíram em cima de uma construção tua no Brass... que ódio.

Eu gosto de sair de cada mesa com uma nova história para contar ou lembrar. Se não for assim, prefiro não jogar.

Ainda bem que escrevi hoje então hahahahaha. 
Agora, engraçado que no DS, a parte de controle de área é a q eu menos gosto. Mas isso sou eu, que nao sou fã de controle de área. 

pentelhoo::3 membros citaram estarem lendo ou escrevendo sobre interação.
Não será o momento que estamos vivendo?
Depois de 1 ano isolados por conta da pandemia estamos cada vez mais dando valor a interação mesmo que seja no tabuleiro? Saber que estamos lidando com outro humano nesse momento tem mais valor?

Sei lá, só estou viajando aqui e decidi compartilhar o devaneio.

Abraços e ótimo texto!

Eu acho que não. Por alguns motivos. Se vc volta em posts de 2/3 anos atrás no meu blog, posso citar o post do Merlin, do Pulsar e do Brass e você já vai ver que isso é algo que eu venho citando como importante. Aliás, Newton, o jogo que não precisa de review fala apenas disso. Mais um jogo, igual a todos os outros. Crusaders e o controle de área de baixa interação. Ragusa, posso citar 200. Foi apenas uma formulação de uma idéia que eu venho divulgando em pilulas no passado. 
Sem contar que a maior parte desses reprints de sucesso aconteceram bem antes.
Acho que o que está em voga aqui é as pessoas cansarem dos mesmos lançamentos e de um monte de jogo parecido e comecar a ver como a ausencia de um ponto é fundamental para isso. 

Lpporto::

butilheiro::Tem um texto que li há algum tempo que falava mais ou menos a mesma coisa que você, LPP, mas indo direto no culpado. Para o cara do texto, o próprio Kramer é o responsável por ter tirado a interação dos euros quando lançou o Princess of Florence (e o cara odeia com todas as forças o jogo hahahaaha):

There is one game that is a manifestation of almost every single thing that went wrong with the idea of European board game design and lead future designers and publishers away from the fun, exciting, and accessible and toward the insular, esoteric, and rigid. That game is the 2000 Alea/Rio Grande Games release PRINCES OF FLORENCE, designed by Wolfgang Kramer and Richard Ulrich.

(...)

As far as gameplay goes, there’s practically nothing to cheer about at any point in the game as PRINCES OF FLORENCE really kind of set the stage for the cold, heartless, drama-less, and passionless gameplay that many Eurogames that followed have emulated to some degree or another.

Os pontos do cara são muito interessantes, apesar de que assim como eu não concordo com tudo o que você disse, eu também não concordo com tudo o que ele disse. Eu, como você sabe, já sou adepto dos euros com menos interação (não a total falta dela, mas a interação positiva ou mesmo o conflito indireto me agradam mais do que a simples interação por interação que existe em jogos com take that, ou em resoluções de ações que mais sacaneiam o adversário do que te beneficiam). Tanto que eu prezo, nos meus designs, a fazer jogos em que a interação exista, mas não ao ponto de fazer um jogador ser completamente prejudicado pela ação do outro.

No mais, acho que tem muito jogo sim que é parecido, como você falou, até mesmo entre designers diferentes. Gosto muito quando o designer escolhe uma mecânica óbvia e a usa de maneira não óbvia (como o Lopiano que você citou). Mas também entendo quando o designer recicla uma ideia própria pra fazer algo melhor (Pfister e Lacerda faze muito disso, enquanto que o Uwe só recicla sem ser criativo). Acho que tem muitas discussões possível a partir desse seu texto, o que é bacana.

Cara, eu sei lá se eu sou a favor dessa reciclagem assim. Entendo o Lacerda pq ele recicla umas mecanicas periférias, tipo, ação secundária. Mas o Pfister da vida... eu pego olhando pro Maracaibo e penso, é GWT que troca deck building por engine building e com a pontuação do Mombasa. E por melhor que eu ache que isso ficou no jogo, chega num momento que eu penso, cara, prefiro jogar GWT ou Mombasa

Sobre Take That, tb nao sou fã. Não em euro pelo menos. E acho que Brass é o exmeplo máximo da interação positiva, pois é um jogo sobre aproveitar do que as pessoas estao fazendo a seu favor. 

O Brass e o Endeavor entram nessa pra mim. No Endeavor você depende demais do outro jogador pra abrir um continente. Ambos estão entre meus favoritos também.

Alenator::Ótimo texto LPP! Aproveitando a citação da dupla clássica, qual sua opinião sobre Paris?

Então, eu só joguei Paris uma vez, no Tabletopia e em 2 jogadores. E não vou concordar com o @DrGrayrock como melhor do ano mas achei o jogo bem interessante. A disputa de controle de área é bacana e curti que ela não é simplesmente eu vou colocar aqui pra tomar de vc. Tem o benefício da renda, e dos tokens que ganha no caminho. As vezes vc tá num lugar mais por isso doq por ponto. Isso de apenas 4 regioes pontuarem foi bem legal.
Melhor de 2020? Não sei. Curti Praga e Merv tb, mas a verdade é que 2020 foi um ano bem ruim pros Boardgames rs. 

Lpporto::

Alenator::Ótimo texto LPP! Aproveitando a citação da dupla clássica, qual sua opinião sobre Paris?

Então, eu só joguei Paris uma vez, no Tabletopia e em 2 jogadores. E não vou concordar com o @DrGrayrock como melhor do ano mas achei o jogo bem interessante. A disputa de controle de área é bacana e curti que ela não é simplesmente eu vou colocar aqui pra tomar de vc. Tem o benefício da renda, e dos tokens que ganha no caminho. As vezes vc tá num lugar mais por isso doq por ponto. Isso de apenas 4 regioes pontuarem foi bem legal.
Melhor de 2020? Não sei. Curti Praga e Merv tb, mas a verdade é que 2020 foi um ano bem ruim pros Boardgames rs. 

Meu deus, eu não poderia discordar mais. hahahaha

Só pega um On Mars aí e sua frase já tá errada! 

Estou refletindo aqui sobre o que você escreveu e comparando com a minha situação...

Cheguei a conclusão que a escola italiana é onde sinto mais isso de mais do mesmo depois de algumas partidas. 

Minha esposa adora os jogos italianos e sempre pede para jogar mas, após 11 ou 12 partidas de cada (Lorenzo, Coimbra, Tzolkin, Grand Áustria Hotel, etc) cheguei a conclusão que não tenho mais vontade de revisitá-los... ao menos por enquanto.

Viticulture, Wingspan e Trajan, por exemplo, estou sempre querendo jogar, mesmo após mais de 10 partidas (e olha que o Viticulture eu cheguei a vender a minha cópia porque só o jogo base achei nhé...)

Sobre interação depende muito... odeio take that e bloqueios... Como citaram acima, a interação do Brass é interessante (embora o jogo em si também não tenha sido toda essa cocada para mim!).

Atualmente estou na fase pesados do Vital, querendo consumir esses jogos até o limite kkkkk.

Resumindo... acho que isso vai muito de momento em que estamos passando na vida dos bgs e de novas descobertas. Pode ser que lá na frente eu queira fazer uma maratona de Grand Áustria Hotel em um melhor de 5 com a minha esposa novamente mas, por hora, estou querendo colonizar Marte ou viver os 700 anos de história dos vampiros .

Mais um excelente texto... valeu!