Uma princesa, um Cavaleiro e um Dragão entram no bar… Bem, talvez essa não seja exatamente a história que vamos tentar contar em Fairy Tile, jogo lançado pela IELLO e trazido pela Conclave Editora que 2-4 jogadores devem tentar completar a sua versão da clássica história estereotipada de fantasia.
Em Fairy Tile os jogadores devem tentar completar as suas cartas de objetivo movendo os nossos protagonistas pelos terrenos, objetivos que podem ir de posicionar um ou mais personagens em linha reta de visão ou fazer se encontrarem em lugares específicos. O primeiro jogador que completar o seu livro, como é chamado o maço de cartas, vence.
As regras são bem simples e auxiliadas pela carta de referência fazem o jogo ser explicado em minutos. Com apenas três opções de movimento no turno não sobrecarrega os jogadores em que escolhas fazer sendo o mais complicado mover os personagens como cada boneco tem um movimento próprio.
Os três tipos de movimentação das miniaturas deixam o jogo com uma pegada quebra-cabeça de tentar mover as peças para bater com o objetivo, ao mesmo tempo que tem que lidar com outros jogadores “estragando” o tabuleiro com as suas próprias estratégias.
Mas a ação que eu diria mais importante é a de Virar a Página, onde o jogador coloca a sua carta de objetivo no fundo do baralho e saca uma nova. Não somente por abrir uma nova opção que poderia estar travada, mas por dar a chance de ver o que está pela frente no baralho, sem contar com a ativação da ficha de magia que dá o poder de realizar futuramente duas ações seguidas.
E por último temos a ação de ampliar o reino colocando mais peças que é a mais simples e muitas vezes tida como uma ação de espera, enquanto nenhum movimento do tabuleiro pode favorecer o jogador.
Ele assim como todos os jogos da IELLO Fairy Tile é um primor de produção. Com uma arte encantadora e miniaturas pré-pintadas muito bem produzidas salvam o jogo de cair na linha dos abstratos, quase forçando uma imersão no tema por causa da arte.
Apesar de tudo ele tem um erro GRAVÍSSIMO que, mesmo sendo um pouco raro de acontecer, não poderia deixar de comentar. A impossibilidade de completar um objetivo, sendo por não ter como formar mais um “rio grande” com 5 hexágonos de água, ou o movimento do dragão impossibilitar ele de terminar em um determinado espaço. Isso automaticamente elimina um jogador no meio da partida fazendo ele ficar sem chances não importa o que fazer para ganhar sem utilizar regras da casa o que é frustrante.
Por fim, Fairy Tile é um jogo rápido, lindo e de fácil entendimento que é uma boa pedida para todas as idades e com a sua caixinha pequena cabe em qualquer mochila para levar por aí para uma partida rápida.
Ficha Técnica:
Editora: Conclave
Designer: Matthew Dunstan, Brett J. Gilbert
Mecânicas: Colocação de Peças, Narração de Histórias
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