Designer - Mathieu Aubert
Ano de Lançamento - 2018

Ano de Lançamento no Brasil - 2019
Editora Original - Libellud
Editora Nacional - Galápagos
Tempo - 20 min (por rodada)

Sejam novamente bem vindos ao Porque Eu Tenho Board Game!, hoje mais um review rápido para vocês. Trazendo o divertido Shadows: Amsterdam. Lembrando que este não é um texto de regras e sim de uma visão geral e o Porque Eu Tenho!

P.s - Queremos agradecer a todos pela recepção do texto do Paris.



Em Shadows: Amsterdam somos equipes de investigação rivais (ou uma equipe no modo cooperativo 2-3 jogadores) se esgueirando da policia para encontrar pistas do crime que aconteceu e entregar ao cliente.
Shadows é um jogo de 2 a 8 jogadores, em tempo real, que usa um tabuleiro modular com imagens que representam uma Amsterdam de animais antropomorfos (no estilo Zootopia) e navegarão através de pistas visuais (cartelas de informação) para chegar até as 3 evidências (ou pistas como eu costumo falar, mas já usei essa palavra na frase), evitar a policia e entregar ao cliente.




O jogo lembra muito Dixit na questão de identificação visual, um dos jogadores da equipe será o Oficial de Inteligência que irá doar cartas de pistas para guiar os jogadores de sua equipe. Os Oficiais possuem 10 cartas de imagens conjuntas e uma cartela de mapa da cidade atrás de um escudinho(que deve ter o mesmo número e orientação para as duas equipes). O Oficial não pode falar ou sinalizar de nenhuma forma. A cartela de mapa possui os locais de pista, policia e o cliente. 





Os Oficiais podem dar 1 ou duas cartas de imagem/pista, com isso os jogadores podem se mover 1 ou 2 hexágonos do tabuleiro a partir da posição da miniatura do detetive da equipe.




Os jogadores tentam interpretar as cartas dadas pelo Oficial para tentar entender o que ele quis dizer para onde devem ir. "Será que é a cor, animal, situação ou ele enlouqueceu que isso aqui não faz sentido!".
Se chegar a um local de pista é colocado um marcador no tabuleiro, se caírem num de policia é colocado um marcador no marcador de policia. A equipe que tiver 3 marcadores de pista (evidências) na cidade e chegar no local do cliente, esta equipe ganha. Se uma equipe for pega pela policia 3 vezes a outra equipe ganha.




No modo cooperativo possui um App com timer temático com o máximo de 15 minutos e mínimo de 3 minutos para achar as 3 pistas e levar ao cliente.
O jogo bota uma melhor de 3 rodadas para definir o vencedor.



O maior problema citado por muitos é o fator Tempo Real, e este foi meu primeiro jogo que tem essa característica (mas se pensar direito, até Dobble também é um jogo em tempo real, dá bobeira jogando o Poço pra ver.).
Mas quer saber, isso não é um problema para este jogo porque o torna mais dinâmico. O Tempo Real faz com que as equipes discutam e pensem rápido porque todos querem se mover primeiro, encontrar as evidências (pistas né) e chegar ao cliente e ganhar.
Uma forma de minimizar é ter uma House Rules de turnos, sortear a equipe que vai ir primeiro, dar um limite de tempo de 1 minuto e no final é obrigatório o movimento.
Outro possível problema por conta da conformidade da mesa, é que o Oficial de Inteligência pode ficar um pouco longe e tem a tendência de levantar e focar o olhar para uma determinada área do tabuleiro ou um hexágono em particular. Pra tentar minimizar isso poderia explicar aos Oficiais para olhar de forma meio vaga, focar em outros pontos do tabuleiro ou tentar deixar o tabuleiro o mais próximo possível deles.
E claro, se não estiver a fim de um family/party game em Tempo Real com uma pegada meio Dixit (eu sei que falaram sobre o Codenames e o Mysterium, mas não os joguei ou vi suficientes deles pra opinar), talvez este não seja um título para você e não divirta com ele.


Shadows foi minha alternativa ao Dixit, que é considerado muito mais jogo e consequente mais caro. Hoje você encontra o Shadows por menos de 100 reais, por isso pode ser uma boa compra pra você ou para dar de presente.
Percebo que ele é um pouco subestimado, não se fala muito dele e acabou sendo esquecido, mas ele cumpre bem a proposta e pode ser uma opção bem viável para um grupo que quer um party/family game de equipes (seja no modo competitivo ou cooperativo).
Ele é um jogo rápido, fácil de ensinar, lúdico, que traz aquela sensação legal de corrida contra os colegas e risadas (ou frustações) porque algumas pistas do colega simplesmente não fazem sentido.
A produção da Libellud é bem bonita, a arte evoca realmente o Zootopia, as cartelas são meio finas, mas nada que comprometa e é só tomar cuidado mesmo.
A rejogabilidade é boa, o tabuleiro modular é montado com 7 partes, são dupla face e um fica de fora, então as possibilidades de organização são bem grandes.
Simplesmente supriu minhas expectativas de um party/family bem legal e rápido pra curtir com a galera, amigos ou família (ou um misto destes).   



Fonte de todas as imagens: Libellud (banque de images, manual)