Conde_dl::Eu tinha um certo preconceito com os jogos de roll and writer, resultado direto das explosões de animação que vi em eventos com pessoas rabiscando papeis. Ainda assim, dei uma chance a um Avenue e a experiência me agradou (não a ponto de dar saltos de alegria, se bem que nada me faz dar salto de alegria kkkk).
Gostei o suficiente da mecânica para adquirir um conjunto de títulos para este nicho. Hoje tenho o Avenue (com os mapas A, B e C), o Plenus, o Cartógrafos (e suas expansões), o Welcome to Lar Perfeito, o Fazenda de Dados e pretendo adquirir ainda o Paper Dungeon e o Seven Bridges. Creio que será mais do que o suficiente, conclui que são jogos tranquilos e agradáveis para entre jogos pesados ou fim de jogatina.
Ahhh e são infinitamente mais agradáveis que Stop hehehe.
Exatamente o que aconteceu aqui. Eu tinha horror de ter que procurar papel e caneta pra jogar. No meu caso, joguei primeiro o Welcome to... depois o avenue e foi uma bola de neve. Tenho um conjuntinho de jogos "qualquer coisa e escreva" e quero conhecer cada vez mais.
No final das contas vi que a "preparação" pra jogar é algo muito simples de fazer e era pura bobeira minha. Vi também que as pessoas variam muito na forma como lidam com o jogo, tem que vai "bordando" e tem que é mais objetivo e vai riscando se preocupando com o jogo. Achei interessante que o simples fato de riscar e a natureza de jogar em paralelo (meio bingo) brilha em vários momentos em grupo, dando uma experiência diferente. Mesmo sendo jogos muito distintos, ter o riscar como mecanismo em comum facilitou as pessoas a entrarem "no clima" para uma sessão de jogos do estilo. Claro, essa experiência não vai ser prazerosa para todo mundo. Tem quem gosta de poucos estilos de jogo e quer só jogar a mesma coisa para ter a mesma experiência de novo, e de novo, e de novo. Não reconhecer esse perfil seria só falta de empatia de minha parte.
Acho que os últimos lançamentos QQ&E populares atualmente são jogos simples. Assumir que isso é a norma e que estão inundando o mercado é um erro, a meu ver. Ainda existem mais jogos com componentes e não é um conceito novo: tem muita coisa que existe sob o nome de RPG Solo, variando em muito a complexidade. E existem os jogos de gestão bem pesados, que serão meu próximo passo aqui para ver se cola. O meio dos boards tem várias fases e épocas e estamos na que as editoras e autores viram que existe mercado para esse estilo de jogo e mecanismos.
Então, respondendo à pergunta original: não você não é o único que odeia esse estilo de jogo. Mas se você está vendo um crescente número de jogos no estilo sendo lançados, é porque esse hobby é movido por paixão e não por ódio. Os produtos vão ser lançados porque tem uma boa parcela de pessoas que se divertem com o estilo e ele não vai sumir porque uma outra parcela não gosta. É ok ter preconceito com algum mecanismo, mas quem te entrega a experiência final é o jogo como um todo. Pode ser que só não rolou o jogo certo ainda.
Um abraço!