Luiz Roberto M::evieira::Luiz Roberto M::Parabéns novamente pelo seu novo texto / aula / curso.
Realmente é instigante como a cultura e história de um povo afetam tão fortemente suas criações, mesmo na forma de entretenimento.
Gostaria de ouvir sua opinião de como essa conexão se aplica (se é que se se aplica) aos países latino americanos e orientais. Realmente não conheço quase nada sobre jogos criados nessas regiões
Obrigado e Abraço
Antes de mais nada, obrigado.
É um desafio e tanto isso que você me pede. Vou tecer conjecturas aqui, mas é filosofia de boteco. Não pretendo provar nada. Quem disser que estou falando besteira tem grande chance de estar certo.
Eu acredito que toda atividade criativa do homo sapiens reflete de alguma a sua visão de mundo. Não seria diferente aqui na América latina.
Eu acho que os jogos de tabuleiro ainda são muito incipientes por aqui para tirarmos muitas conclusões. Ainda não temos uma “escola”. Alem disso, nossos designers são pessoas oriundas das classes mais altas e provavelmente estão muito mais em contato com Europa e Estados Unidos do que a média da população.
Porem, acho que dá pra tirar algumas conclusões dos esportes, pois são muito mais massificados.
O Brasileiro tem predileção por esportes onde a eficácia é mais importante que a eficiência. E o futebol é o principal deles.
Volei e basquete são jogos adorados pela classe média alta. São jogos de eficiencia. Você precisa pontuar o tempo todo. Refletem os valores de vida da classe média. Se você é constante no que faz, será recompensado no final.
No futebol não. O atacante pode ficar apagado 89 minutos e, em um lance, decidir o jogo. O time pequeno tem muito mais chance de ganhar do time grande do que qualquer outro esporte.
Isso é o sonho do brasileiro. Dar uma tacada ma vida e ficar rico. Acertar na loteria. Sair do ostracismo com um gol achado. Fechar a casinha e Jogar por uma bola.
Ter que cortar e botar no chão 75 bolas para ganhar um jogo? Dá muito trabalho...
Repare que outro esporte popular, o MMA, tem
Mais ou menos a mesma dinâmica. O cara pode estar apanhando a beça e vencer em uma chave de perna bem dada. Aparentemente do nada.
Sim, eu sei que a realidade não é necessariamente essa. Que o jogador de futebol e o lutador treinam a vida toda. Mas é com esse imaginário que o torcedor lida.
Essa é uma característica que eu percebo.
Não sei se é o que você queria, mas é o que consigo falar aqui sem muita pesquisa!
Um abraço!
Eduardo
Mais uma vez você levantou uma bola que eu não havia pensado. Realmente tem muito a ver.
"A arte de viver da fé, só não se sabe fé em que..." invadindo os espaços lúdicos. kkkkkkk
PS: Atualmente trabalho na área administrativa / financeira / RH de uma startup. Nos finais de semana, adoro jogar projeto gaia, Kanban e coisas do tipo, no modo solo. O que mais ouço em casa é: "Credo, você fez isso a semana inteira... vai trabalhar de novo?" kkkkkk
Obrigado pela resposta e um abraço!
Bem, jogar solo é realmente algo que não me agrada muito. Alem de não achar muita graça, eu acabo errando demais no upkeeping.
Quanto aos questionamentos, responda assim: “já percebeu que a primeira coisa que jogador de futebol faz nas férias é participar de peladas?”
No jogo a gente não tem a pressão da vida real e tem muito mais controle sobre nossas decisões!
Um abração e obrigado pelo apoio!