Aviso: Este jogo foi enviado a nós [1-2-punchboard] para análise pela Floodgate Games
Luke:
Cosmic Colonies é um jogo que, por algum tempo, estava na minha visão periférica. Eu escutei sobre ele ocasionalmente em uma conversa, vi o jogo a distância na CuseCon* outono passado, e vi que seu financiamento no Kickstarter foi muito bem sucedido. Não era que eu não tivesse interesse pelo jogo, eu só apenas não havia me sentido seduzido o suficiente para fazer mais pesquisas até recentemente.
Phil: E eu fico extremamente feliz que você tenha finalmente feito, já que é um jogo tão fantástico.
Luke: A premissa é até que inocente; jogadores estão tentando minerar seus próprios pedaços de terra no espaço, juntando o máximo possível desses minerais preciosos. No fim do jogo, quanto menos terreno ainda estiver aparecendo nos tabuleiros individuais, mais os jogadores ganham pontos. Como também ganham com conjuntos coletados e cartas com objetivos secretos.
Phil: Cada rodada é composta por 2 fases idênticas nas quais todo mundo joga uma carta simultaneamente, resolvendo seus efeitos em ordem numérica [de acordo com os números que estão nas cartas]. Assumindo que você esteja jogando com uma variante avançada, que nós recomendamos fortemente, jogar uma carta na 1ª ou 2ª fase de uma rodada irá determinar alguns dos efeitos bônus que as cartas oferecem.
Luke: As cartas são enumeradas de 1 a 20, estabelecendo a ordem inicial, e irão providenciar benefícios para uma dentre as duas ações que os jogadores podem fazer.
Phil: Estas ações sendo juntar recursos ou gastá-los em novos tiles. Recursos são limitados a cada rodada de acordo com o número de jogadores, significando que você terá que ser rápido para pegar as coisas que precisa. Semelhantemente, tem apenas um tile de cada tipo em um jogo para 2 jogadores, então, você irá querer comprar de forma estratégica para que você não seja passado para trás.
Luke: Os tiles são colocados no seu tabuleiro individual de forma parecida com jogos como
Bärenpark; o primeiro tile pode ser colocado em qualquer lugar, mas cada tile subsequente deve ser colocado adjacente a este primeiro. Eles podem ser rotacionados e virados de qualquer forma que você queira, não podendo sair da borda do seu tabuleiro individual.
Phil: Claro, os efeitos das cartas podem mudar isto, mas você não pode sempre confiar que isto irá acontecer. Apenas algumas cartas são usadas por jogo, de novo de acordo com a contagem de jogadores, então cada jogo parecerá único justamente por conta das cartas que são sorteadas para fazerem parte das opções a serem compradas.
Luke: Mas o mais interessante é que, depois que os jogadores gastaram suas duas cartas, estas passam para seu vizinho, mudando as opções que todo mundo tem. Isto significa que você terá que constantemente ajustar suas estratégias baseando-se nas cartas que você atualmente tem e nas cartas que você acha que terá.
Phil: Em partidas para dois jogadores, as cartas são passadas para um tabuleiro central, atrasando-as por um turno para que os jogadores não fiquem apenas passando diretamente as opções um para o outro. É um ajuste esperto que faz com que a experiência fique muito mais dinâmica.
Luke: O jogo é certamente melhor com 3 ou 4 jogadores, mas para o propósito dessa análise, Cosmic Colonies é também uma opção muito boa para dois jogadores. Algumas rodadas podem parecer como uma briga intensa enquanto você e seu oponente disputam por certos recursos, o que sempre parecem ser limitados o suficiente para fazer com que o jogo fique tenso.
Phil: E como normalmente é para o padrão de Scott Almes, o modo solo é gostoso, inteligente e muito divertido. Sua maior qualidade é o quão fácil é para aprendê-lo, utilizando uma parte significativa do DNA do jogo central para fazer uma experiência bem satisfatória.
Luke: Algo difícil de se fazer considerando o quanto Cosmic Colonies depende de interação social durante o jogo.
Phil: Um outro detalhe significante que vale a pena ser mencionado é como a experiência do jogo é maleável. Tem um grupo de cartas tradicional vs. um grupo avançado, adicionando elementos únicos para cada carta dependendo de quando elas são jogadas. Tem um bloco para pontuação regular e, na parte de trás, tem a do modo avançado que recompensa jogadores por serem mais eficientes com a alocação de seus tiles. E tem uma mini expansão que adiciona mais 5 cartas para a mesa de compra de cartas e uma nova forma elegante de pontuar.
Luke: Cosmic Colonies é o resumo de “jogue como quiser” de uma forma que nunca parece excessivo. Tem várias opções, mas cada uma delas faz uma pequena mudança nas regras enquanto dá a sensação de que a partida foi sacudida significativamente.
Phil: Se eu tenho uma reclamação, seria na qualidade dos componentes. Os tabuleiros individuais são legais, feitos de um plástico fino, mas a luz reflete neles de uma forma que distrai, fazendo com que seja difícil de lê-los às vezes.
Luke: E as cartas parecem um pouco finas, especialmente considerando a frequência na qual elas são seguradas e passadas pela mesa. Eu provavelmente terei que sleevá-las muito em breve.
Phil: Então, este é um jogo que ficará na sua prateleira? Um impressionante selo de aprovação para você.
Luke: Cosmic Colonies ganhou seu lugar na minha prateleira de 30 títulos ao lado de
Sagrada; é um jogo que eu espero revisitar várias e várias vezes novamente.
Veredicto: Mesmo sendo melhor com 3 ou 4 jogadores, Cosmic Colonies é um jogo fantástico não importa quantas pessoas você consiga colocar em volta da mesa. Seu mecanismo central é inteligente e faz com que você pense também sobre seus oponentes, tem muita variabilidade jogo a jogo, e é extremamente divertido tanto para jogadores novos quanto para os mais experientes. Definitivamente separe um tempo para conhecer este jogo!
Nota da Tradutora:
*Evento anual de jogos que acontece em Nova York (EUA).
Texto de Luke Muench (bgg: @TFJ383)
Traduzido** por Nanda Sales (@fsales)
**todas as traduções são autorizadas pelos autores originais do texto.