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Precisamos falar de FOMO

  • LuisPerdomo
    629 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/08/20 12:05
    LuisPerdomo » 29/08/20 12:05

    KikoV::Simplesmente o melhor texto que li aqui na Ludopedia. Parabéns!

    Você é muito gentil em suas palavras. Obrigado pelo elogio e fico feliz que tenha gostado tanto assim.

    1
  • LuisPerdomo
    629 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/08/20 12:15
    LuisPerdomo » 29/08/20 12:15

    frankhiromi::Cara, que texto bacana! Tenho certeza que vai ajudar muita gente! Parabéns!

    Olá de novo. Nos reencontramos nesse texto. Há alguns minutos atrás respondi seu post dentro do meu texto sobre Kingdom Builder. É até um pouco irônico eu produzir um texto exaltando um jogo e em seguida falando tão abertamente sobre FOMO hahaha. 

    Meu objetivo não é atiçar ainda mais o FOMO nas pessoas, por mais que eu saiba que algumas pessoas vão se coçar para comprar o jogo depois de ler um texto falando maravilhas sobre o mesmo aos quatro ventos. É um risco a parte.

    O que leva muitas pessoas a procurar um jogo muito aclamado pela crítica é uma espécie de senso de aprovação. Todos queremos ser incluídos em algo que é maior do que nós mesmos. Somos seres sociais. Quando adquirimos tal item, é como se estivéssemos fazendo parte dessa corrente, é como se aquelas pessoas estivessem aprovando nossos hábitos e isso nos traz certa satisfação sem sabermos ao certo por quê. 

    Daí a questão da intencionalidade por trás das coisas, o mercado quer que você consuma, não importa o que ele tenha que fazer. As propagandas mais apelativas possíveis, as promessas mais mirabolantes. A parte sombria do monstro do consumismo exacerbado que opera no subconsciente de muitos aqui e é constantemente estimulada em prol dos lucros naturalmente não é levada em consideração na equação. São apenas negócios.

    Oras, então por que você escreve texto exaltando os jogos que você gosta tanto? É um exercício de valorização daquilo que eu já tenho, assim como compartilhar opiniões com pessoas que compartilham dos mesmos gostos, isso é parte da comunidade que nos cerca, afinal. Se alguém se vir motivado a comprar o jogo em função do texto, tudo bem, desde que ela esteja plenamente consciente de seus atos e consequências. 

    1
  • LuisPerdomo
    629 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/08/20 12:24
    LuisPerdomo » 29/08/20 12:24

    MoaJr::Acredito que esse é um processo de amadurecimento natural que uma hora ou outra todos nós iremos passar, alguns mais rápidos outros nem tanto (ou até mesmo fingir que não é com a gente) mas no fundo temos consciência de que tudo é permitido, mas será mesmo que tudo é necessário...me identifiquei muito com o texto, ainda não cheguei na parte de vender, mas já doei alguns...minha esposa me acompanha, mas ela ainda está no apego e tbm não consegue chegar na parte do desapego....mas por outro lado hoje conheço muito bem os meus gostos e do meu grupo, e claro que ainda aparece aquele jogo que EU gosto muito, mas meu grupo não, então de que adianta eu comprá-lo se não irá ver mesa?... só pra exibir como troféu mesmo...
    Ótima reflexão!!!

    Perfeitamente, é um processo de amadurecimento lento e gradual. Mergulhar de cabeça no hobby é a parte cativante e fácil, difícil é voltar pra superfície e respirar de vez em quando. Meu primeiro exercício de desapego na prática foi me desfazer de três jogos que eu realmente não jogava há anos. Doar foi mais fácil porque assim eu não colocava em termos monetários "paguei tanto e retornei tanto", o que faria com que minha racionalidade, obscurecida pelo apego artificial por aquele jogo, me levasse a evitasse a concretizar a transação, uma vez que me sentiria "no prejuízo", logo seria melhor ficar com o jogo.

    Como disse, o raciocínio pleno está ofuscado por fatores emocionais latentes. Muitos de nós não pensamos no dinheiro que gastamos no cinema, numa barra de chocolate, etc. Isso ocorre porque não guardamos essas experiências na forma de artefatos físicos. Nesse sentido, é como se quiséssemos materializar todas essas experiências maravilhosas que os jogos nos proporcionam e, como já vimos ao longo do texto, isso se configura numa armadilha perigosa.

    O que eu custei para entender é que: eu comprei o jogo, joguei o jogo, ele serviu seu propósito, uns mais, outros menos, mas agora é hora de deixá-lo ir. Se a pessoa vai pagar drasticamente menos por isso, não importa. Joguei o jogo, me proporcionou várias alegrias, hoje ele passou por uma ressignificação pessoal, hoje ele só ocupa espaço. Eu retorno parte do dinheiro, eu recupero meu espaço, outra pessoa vai aproveitar esse jogo da forma como eu aproveitei um dia num momento anterior da minha trajetória do hobby, e assim ele viverá pra sempre, ao invés de ficar enclausurado na minha estante esquecido.

    3
  • Gustavo L
    272 mensagens MD
    avatar
    Gustavo L29/08/20 13:15
    Gustavo L » 29/08/20 13:15

     Eu realmente precisava desse texto.

     Eu sempre tive acesso a bibliotecas de jogos por trabalhar em ludarias, mas com a quarentena fiquei sem pegar nada que eu queria jogar e vi a necessidade incontrolável de comprar jogos. Em dois meses comprei uns 20 jogos e estava na caça de vários e como você disse sobre avaliar de fato as coisas, eu não tenho nem tempo de jogar os que eu tenho eahuaehuaehuae. Obrigado de verdade por compartilhar sua luta contra esse impulso abominável. 

    1
  • Lexicos1973
    1075 mensagens MD
    avatar
    Lexicos197329/08/20 13:57
    Lexicos1973 » 29/08/20 13:57

    Cara, vou te dizer só uma coisa:

    - Pára de falar da minha vida!! Quem te contou o que eu ando fazendo!?!?! 

    Cara, muito bom seu texto e as descritivas. Só quem viveu isso sabe escrever tão bem... rsrsrs

    - Meu nome é Lexicos1973, sou viciado em boardgame...
    - Olá, Lexicos1971!

    kkkkkkkkkkk






    P.S. Compartilho com você um texto antigo meu: Os Inimigos do Board Game.. espero que goste. 

    4
  • mabsousa
    417 mensagens MD
    avatar
    mabsousa29/08/20 15:25
    mabsousa » 29/08/20 15:25

    FOMO.

    Medo de errar fora. Tradução Galápagos. 

    9
  • LuisPerdomo
    629 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/08/20 17:01
    LuisPerdomo » 29/08/20 17:01

    Willoiam::Uau Luis, que texto! Muito bem escrito, cheio de sinceridade e que me leva a refletir e escrever um comentário, talvez não tão bem escrito, mas igualmente sincero.

    Boa parte das minhas memórias mais antigas tem relação com jogos, seja jogando Fifa no computador com 7/8 anos, seja com aqueles Aquaplays da Estrela, ou com jogos do tipo Perfil/Imagem e Ação/Jogo do Enciclopédia que meus padrinhos e parentes me davam de aniversário.
    Muitos desses jogos eu jogava sozinho (quem precisa de automa quando se tem suas múltiplas personalidades para jogar?) e em algumas vezes, até roubava de mim mesmo no Fórmula Turbo, para que a minha cor favorita ganhasse. Esse foi meu primeiro período nos boardgames.

    Já o segundo começa por volta de 2013/14, quando, depois de alguns meses me enrolando, decidi ir a uma luderia daqui de Curitiba. Lembro de entrar, ver aquelas prateleiras com centenas de jogos e me sentir no paraíso. Foram alguns meses frequentando periodicamente, até que parei de ir com tanta frequência, mas já tinha alguns favoritos (Coup, Colt Express, Ticket to Ride...) e que alugava de vez em quando para jogar com os amigos. Segui neles por um bom tempo.

    Até o momento em que cansei dos personagens do Coup, já sabia o caminho das pedras para ganhar e queria mais. Então aproveitei que meu tio foi viajar para os EUA e comprei o Coup G54 pela Amazon. 20 personagens, poderes variados, adeus mesmice, bem vinda rejogabilidade. Considero isso o começo da terceira fase.
    No ano seguinte comecei a estagiar, então por 3 meses separei uma parte do dinheiro para comprar um jogo. Algumas pesquisas rápidas, basicamente no site da Galápagos e fiquei entre Azul e Sagrada, optando pelo Sagrada. Lá estava eu, feliz com meu segundo jogo 'moderno', o primeiro de tabuleiro (considerando Coup um jogo de carta). Seguia visitando mensalmente a Ludopedia e alguns outros site desse maravilhoso mundo para conhecer mais.
    No fim desse mesmo ano, fizemos uma viagem de família para o Canadá. Pesquisei lojas onlines de boardgame no reddit e comecei a cotar preços, ficando maravilhado com a quantidade de jogos que eu teria acesso e também com o valor consideravelmente mais baixo. Voltando desta viagem, com as malas cheias, comecei a explorar cada vez mais este mundo e também me aventurando pelos KS mundo afora (mas só com Pnp e jogos de até 30US$, sem condições de pagar por aqueles jogos gigantes cheios de miniaturas com salário de estagiário).

    O quarto momento começa quando fui efetivado: um salário mais alto, ainda morando com os pais. "Agora eu posso comprar mais jogos!". Pensado e feito. Assinei um plano mensal na mesma luderia do começo da história e comecei a pegar 3, 4, até 5 jogos por semana para descobrir o que gostava e consequentemente fui pesquisando preços e comprando os que gostava.
    Os jogos da infância foram saindo do armário e os novos foram chegando. Mais jogos foram chegando, então tive que começar a organizar os jogos para caberem. Como o fluxo de entrada não parou, tive de usar habilidades aprendidas no Tetris para otimizar o espaço e fazer com que todos os jogos coubessem dentro do armário.

    E chego ao dia de hoje. Consegui traçar muitos paralelos com a sua obra de ficção história. Acredito que isso me moveu a contar tudo isso numa madrugada de sexta para sábado.
    Nos últimos meses me peguei várias vezes pensando 24/7 em jogos, vendo reviews, procurando jogos, jogando... isso não estava me fazendo bem. Acredito que já estou conseguindo me policiar melhor nesta parte, também sei que a pandemia acentuou estas questões, assim como disse um colega anteriormente, muitos dos meus jogos também não foram estreados.

    Hoje mesmo, há algumas horas atrás, mostrei para minha namorada a planilha onde acompanho os preços dos jogos que mais quero e também ordeno por quanto eu quero um jogo. Ela rolou toda a planilha para baixo e perguntou: "81 jogos que você quer? Tudo isso?". Eu não tinha nem notado que tinham tantos jogos, são mais do que a minha coleção que tenho hoje e já não tenho espaço! Amanhã vou fazer uma limpa nessa lista, devem ter muitos que pensei "Nossa, que legal esse review, acho que vou gostar desse jogo" e que provavelmente não vou jogar tanto assim se tiver.

    Para finalizar, pensando em aprendizados e conselhos, listo alguns:



    • Eu tento ter somente um ou dois jogos do mesmo 'estilo'. Quero ter um pouco de tudo para quando um amigo chegar e disser "Gosto de construir coisas", "Gosto de jogos de destreza" ou "Gosto de suspense/investigação", eu tenha um jogo que se encaixe;
    • Pense no seu grupo de amigos ou no grupo com quem joga regularmente. É importante ter jogos que você ache legal, mas mais importante do que isso, são jogos que os outros também gostem, assim você vai ter com quem jogar e vai ser menos provável que o jogo fique somente ocupando espaço no armário;
    • Tente alugar um jogo antes de comprá-lo, ou talvez veja se algum amigo tem. A nossa experiência sempre será diferente do mostrado num vídeo de divulgação ou num review, então procure jogar antes de comprar;
    • Periodicamente(não precisa ser muito, 1x por semestre já está bom) faça reflexões sobre o hobby: "Ele continua sendo somente um hobby?", "Estou me divertindo com isso ou só estou me estressando?";
    • Separe um dia e tire todos seus jogos do armário, abra, veja se tem mofo, tente lembrar das regras, talvez até se lembre de alguns jogos que nem lembrava que tinha e separe alguns que ficaram muito tempo sem ver mesa para jogar no dia, na semana ou no mês;
    • Os jogos, ou sua atitudes durante as partidas, podem te ajudar a compreender mais sobre si mesmo, vide o exemplo em que roubava de mim mesmo para minha cor favorita ganhar, então preste atenção nisso.


    Enfim, de forma alguma sou "dono da verdade", só quis compartilhar minha pequena experiência e ficarei muito feliz caso seja útil para mais alguém. Muito obrigado pelo post LuisPerdomo, foi muito relevante para mim!
    Bons jogos a todos!

    William obrigado pelo seu depoimento, rapaz. É preciso muita coragem e honestidade para fazer um depoimento bonito desses. Eu certamente me identifiquei muito com a sua história.

    Minha infância foi bem parecida com a sua. De fato, quem precisa de automa quando se tem imaginação de sobra? No meu caso, eu roubava para o vermelho ganhar. É minha cor cativa nos jogos de tabuleiro.

    "Que cor tem pra escolher?"
    "Tem azul, amarelo e verde, qual você quer?"
    "Engraçado, nesse jogo não tem vermelho?"
    "O vermelho é meu by default"

    Até hoje às vezes jogo sozinho alguns euros do tipo multiplayer solitaire para fixar regras, pensar em estratégia, coisas do tipo.
    Agradeço muitíssimo a dedicação para numa madrugada de sexta feira pra sábado se abrir dessa forma. Fico lisonjeado que meu texto tenha te comovido dessa forma, de verdade.

    Sim, recentemente, sobretudo na pandemia, sempre que não estou falando algo relacionado aos estudos/trabalho, por exemplo, praticamente todo meu assunto livre vem sendo dedicado à questão dos jogos, consumindo todo o tipo de conteúdo que podemos imaginar. Até mesmo na terapia. Nos últimos meses, não consigo lembrar de uma sessão onde eu não tenha falado a palavra "jogo", pelo menos uma vez. Funciona pra mim como uma muleta emocional muito forte. Eu meio que uso os jogos como válvula de escape para problemas de ansiedade. Ironicamente essa ansiedade transborda na questão do consumo dos próprios jogos.

    Quando você falou da sua planilha de Excel com a lista de desejos, você me fez lembrar de uma história importante. Uma parte do meu depoimento que eu não acrescentei no texto principal porque já estava grande demais:

    No ápice do meu frenesi consumista, eu ia basicamente ao psicólogo única e exclusivamente para exercitar meu desapego. Minha lista de desejos tinha uns 54 jogos, sendo que eu já tinha uns 60, dos quais eu não botava na mesa pelo menos metade. Toda semana eu voltava lá com uma lista menor, não porque eu tinha comprado aqueles jogos, mas porque eu conseguia desapegar ao menos um pouco daquele desejo artificial. Às vezes a lista voltava maior. Eu voltava atrás. Eu literalmente acordava no meio da noite e inseria aquele jogo de novo na lista. "Eu não posso não comprar esse jogo, eu quero muito esse jogo" (spoiler, eu vendi o jogo sem tê-lo jogado meses depois que comprei).

    Teve um dia que eu consegui reduzir a lista para 10 jogos. Era o meu top 10 dos desejos. Levei semanas para chegar nesse número. Óbvio que eu não respeitei minha própria meta. Eu extrapolei. Meses depois já havia comprado mais de 10 jogos.

    A mudança de chave foi um dia que eu tomei uma porrada muito forte da internet. Eu fiz um post no reddit bem polêmico contando minha história através de outro viés muito mais viciado do que a sobriedade desse post inicial. As pessoas foram muito sensatas comigo, mas de forma muito rigorosa, foi uma espécie de esculacho emocional por parte dos gringos, mas com uma baita dose de responsabilidade e bom senso. Eu fui respeitoso em cada resposta, mas engoli seco uma atrás da outra. Uma semana depois, eu comecei a mexer meus pauzinhos para vender os jogos.

    Eu criava barreiras para vender meus próprios jogos, eu levei um mês para enfim vender o primeiro. O que pode parecer algo trivial, pra mim foi uma verdadeira cruzada.

    "Ah, mas eu preciso de caixas..."

    Procurei um tutorial na Ludopedia sobre quais eram as caixas ideais para embalar jogos. Comprei um malote com 10 caixas na internet e juntei mais algumas do supermercado.

    "Ah, mas eu não tenho plástico bolha"

    Comprei uma bobina de muitos metros de plástico bolha.

    Os produtos chegaram, mais coisa dentro da minha casa acumulando. Eu precisava desafogar. Com muita dificuldade, abri um leilão na Ludopedia.

    Pensei "ninguém vai se interessar". Um par de horas depois, todos os 10 jogos já tinham lance. 

    O leilão acabou... é, agora não tenho mais como voltar atrás, as pessoas pagaram por isso. Enviei os jogos. Ninguém morreu.

    O segundo leilão foi mais fácil. Já estou preparando um terceiro. 10 jogos por vez.

    O "pior" é que uma vez que esses jogos saíram da minha estante, eu realmente não sinto saudades deles e percebo o quanto do meu afeto por aqueles jogos era artificialmente fabricado em decorrência de um estado de ansiedade que eu insistia em ignorar.

    Sobre os seus pontos, minha auto reflexão em cima deles:

    • Além disso que você falou, confesso que cheguei a ir mais longe. Eu literalmente pensava "quero ter pelo menos 2 jogos de cada um dos designers mais consagrados". Fundamento nenhum nessa lógica além do mero colecionismo. Eu tinha uma dificuldade grande de me desfazer de certos jogos "Ah, mas aí eu não vou ter nenhum jogo do Uwe...". Agradeço muito ao Agricola e ao Patchwork, excelentes jogos, mas que eu vendi e não caiu um braço nem nada. Mesma coisa com o Feld. Chegou um momento que eu tinha 5~6 worker placements; 5~6 jogos de leilão. Eu adoro leilão, mas não precisava de 5. Nem gosto tanto de worker placement assim. Pra que tanto se não é uma de minhas mecânicas favoritas?
    • Aconteceu isso comigo com o Fotossíntese, Feudum e o Dice Forge. Simplesmente meus amigos não gostaram. A gente jogou, tentou e não rolou. É isso. Não tem nada de errado com esses jogos, designs sólidos dentro de suas respectivas propostas, jogos honestos, mas meus amigos simplesmente não curtiram. Quando a gente compra um jogo e o jogo não faz sucesso na nossa mesa, é muito difícil de aceitar que o jogo não foi bem recebido porque muitas vezes colocamos muito da gente em torno da decisão ter comprado o jogo em si. Ninguém gosta de perder tempo, dinheiro ou de se sentir rejeitado por seus pares. Meus amigos não curtiram os jogos, não é que eles deixaram de gostar da minha pessoa, mas às vezes a ansiedade não me permitia dissociar esses fatos.
    • Eu tinha chegado num patamar onde eu comprava jogos que meus amigos já tinham. Eu queria ter só por ter mesmo. "Sei lá, vai que ele se muda?". Resultado, vendi o jogo novinho, sleevado, nunca jogado. A gente sempre jogou com a cópia dele.
    • Tenho feito essas reflexões mais frequentemente recentemente, inclusive na forma desses textos e debates aqui convosco. Antigamente eu tava num estado de cegueira forte e não tinha a menor suspeita disso. Hoje, depois da tormenta, volta pouco a pouco valorizar o hobby de forma saudável novamente.
    • Verdade, tem jogo que eu certamente precisarei revisar as regras pra voltar a jogar. Chegou um momento da minha trajetória que meu jogo era manutenção e controle das condições ambientes da minha estante. Baldinhos de sílica, sachezinhos de sílica gel, etc. Parecia que meu hobby era conservação de patrimônio. Jogar que é bom, nada.
    • Isso é muito verdade. Hoje nos jogos de tabuleiro eu sou até de boa, mas antigamente, no Magic, hobby anterior do qual eu também fui muito acumulador, mais do que um mau perdedor, eu era um mau vencedor. Eu era um nojo de pessoa e eu só percebi isso quando as pessoas foram se afastando de mim.


    Parabéns pelo post, obrigado pela reflexão.
    Abraço,
    Luis

    2
  • LuisPerdomo
    629 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/08/20 17:05
    LuisPerdomo » 29/08/20 17:05

    Johnnycury::Por algum motivo eu li o trecho em itálico com a voz do Clóvis de Barros Filho na minha cabeça

    Eu acho que isso pode ser entendido como elogio

    Hahahah, excelente elogio. Adorei 

    https://media.gazetadopovo.com.br/2016/11/6214dfd8b7d62fb795623423a5b23ef8-gpMedium.jpg

    0
  • LuisPerdomo
    629 mensagens MD
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    LuisPerdomo29/08/20 17:06
    LuisPerdomo » 29/08/20 17:06

    Patanga::--- "O importante é o que é bom pra você, não pra internet. .... A opinião da internet é uma métrica. Ela é um aglomerado de opiniões do senso comum e muitas vezes do efeito manada."

    Podemos levar isso para vários meios, não só os jogos.

    Justamente, esse fenômeno no nosso nicho é só uma parcela de algo muito maior e mais profundo em termos comportamentais. O que temos é apenas um reflexo do todo dentro do nosso devido contexto.

    0
  • LuisPerdomo
    629 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo29/08/20 17:21
    LuisPerdomo » 29/08/20 17:21

    viniciusjf::FOMO nada mais é que um nome diferente para ansiedade, provavelmente inventando por algum coaching!

    Mas o texto está excepcional, e o assunto é mais importante do que nunca.

    Entendo perfeitamente seu posicionamento e agradeço muito o elogio, muito obrigado :).

    Particularmente não sou muito inclinado às questões relativas ao coaching em si, sobretudo em função da não regulamentação do ofício, que abre margem para muitos excessos, e acho que nem vale entrarmos nesse mérito para não desvirtuarmos muito do objeto central da discussão.

    Sobre o FOMO propriamente dito, independentemente da verdadeira origem do termo, eu acho válida essa discriminação em meio à questão ansiedade porque existem várias formas de se manifestar a ansiedade e o FOMO é claramente uma delas. Generalizar é sempre um perigo à parte.

    Aproveitando a deixa, lembrando a todos que psicólogos são profissionais sérios que estudam todas essas problemáticas que permeiam a mente e o comportamento humano e se preparam para oferecer um auxílio direcionado para pessoas que eventualmente possam estar em estado de aflito.

    O objetivo da terapia não é eliminar seus problemas, todos temos e sempre teremos problemas. O propósito fundamental é aprender a como lidar com os mesmos. Ninguém é perfeito, nunca seremos, mas se as mazelas da vida podem ser amenizadas a partir de uma mudança de perspectiva, é sempre importante considerar.

    Apenas achei importante salientar esses detalhes.

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