Acabo de pegar minha cópia, separar as peças e cartas.
Algumas coisas me chamaram a atenção:
1) A diferença de tonalidade das cartas é muito pequena a meu ver, não acho que isso fará alguma diferença na prática. Isso não me incomodou em nada.
2) O tabuleiro tem uma qualidade mediana-ruim, não gostei. Novamente, ele é perfeitamente usável, não atrapalhará na prática.
3) Os punchboards são a pior parte de tudo. Já sabendo o que me esperava, fui ainda mais cauteloso do que de hábito ao destacar tudo. As peças retangulares/quadradas soltaram-se de modo relativamente fácil, sem nenhum dano aparente, mas as peças redondas (moedas e aquelas outras cujos nome me falta à memória) se destacaram com dificuldade, alto risco de rasgar o cartonado, mas com cuidado não houve prejuízo maior. Minha impressão é de que a qualidade do material e o corte é que são ruins mesmo. Justiça seja feita, o Expedition to Newdale, que é da Lookout Games, mesma empresa que edita os jogos do Pfister lá fora, também me deu dissabores semelhantes.
Eu esperava coisas muito piores do que de fato encontrei, mas concordo com a impressão geral de que a qualidade é inferior à que se espera de um jogo de 460 reais. Não sei o quanto isso impactará no preço de uma eventual revenda ou mesmo na sobrevida de longo prazo do jogo.
Decidi solicitar a reposição da promo, somente. Não tenho esperança de que pedir novos punchboards vá mudar muito o desfecho.
Disso tudo, o aprendizado é que serei mais reticente com pré-vendas de empresas nacionais, sobretudo quando não houver informação do local onde o jogo será produzido. Vale lembrar que, por ocasião do lançamento do Projeto Gaia, queixas muito semelhantes foram feitas a respeito do jogo lançado pela Mandala por aqui. Eu tenho a versão gringa e posso assegurar que o material é impecável.
Continuarei, como faço com muita coisa, dando preferência a pagar mais caro pelos importados ou por jogos com produção internacional, como é o caso das parcerias com a Stonemaier Games com a Grok. Não acho que isso seja deletério ao mercado nacional ou que, fazendo isso, não esteja valorizando as empresas brasileiras. Quero o melhor produto possível, seja ele local ou não. O que não farei é pagar caro por coisas mais ou menos.