Olá pessoal!!
Legal que gostaram do texto. Mayrant trouxe uma nova perspectiva que confesso nunca ter imaginado, que são referências às décadas iniciais do século XX e aos antigos jogos da época. Talvez por não ter sido uma realidade tão próxima da minha história de vida, não tenha me atentado para esta intencionalidade retrô situada no tempo. Que é retrô dá pra sacar logo de cara, mas não tinha ideia que remetia a um tempo específico da história. Legal aprender também novos olhares sobre esse jogo fantástico!
Mas, de qualquer sorte, acredito ser importante trazer esse outro olhar mesmo que, como disse no texto, pode ter sido intencional ou não pelo designer. A indústria energética é realmente feia, sem vida, prioriza a alimentação energética de grandes indústrias e não à alimentação elétrica doméstica. Os lucros ficam com mega empreendimentos, mas os impactos são pagos pela sociedade. E não se pode dizer, como querem nos fazer acreditar muitos ambientalistas, de que os impactos ambientais são sentidos igualmente por toda a humanidade (assim como estamos vendo quem mais morre hoje nesta Pandemia). A seleção das populações que carregarão as dores da feiura da indústria energética é muito bem pensada e direcionada àqueles povos historicamente violentados em nossa história.
Quando jogo Power Grid e vejo toda aquela feiura do tabuleiro, uma feiura material mesmo (dos componentes, do tabuleiro, do dinheiro etc.), conecto-me com a minha experiência de vida nos quatros cantos desse país e transcendo tal feiura material, vendo que Power Grid é, de fato, imaterialmente lindo de tão feio!
É isso pessoal! Mais uma vez obrigado pelos retornos!
Abraços e boas jogatinas!