Guztavsky::Talvez eu esteja mais acostumado com Eldritch em que a sorte é mais presente ainda, mas no caso de Fallout, é possível encontrar tanta forma de ganhar rerrolagem e tempo para programar as ações, que morrer parece ser mais despreparo que azar. Você pode perder mais tempo evitando radiação e fugindo de inimigos poderosos ou tentar cortar caminho e arriscar. Se morrer, bom, os inimigos são difíceis pra matar mesmo. Meu incômodo com esse jogo é mais pelo conteúdo das cartas de agendas e, inicialmente, com essa parte da narrativa ser a mesma para todos, mas essa é mais uma incoerência narrativa do que problema mecânico. O combate é bom, simples e rápido, deixando mais tempos para aproveitar os encontros dos ermos. Fallout tem seus problemas, mas tem seu público certo. Eu não jogo certos tipos para vencer, ainda mais quando a diversão é descobrir as histórias e possibilidades que o mundo oferece. É isso que precisa ser sentido nele.
Sobre essa parte das house rules, é verdade, ajudam sim. Traduzi o mod de um usuário do BGG chamado Nerdook, é um conjunto de cartas alternativas para as cartas de estratégias e novas cartas de exploração. Não subi os arquivos ainda porque não tive tempo de fazer as correções mais pesadas e por estar criando cartas de estratégia diferentes com objetivos mais interessantes do que fazer determinada facção subir. Aproveitei para criar umas missões secundárias, só falta passar um pouco o abuso pra revisar, porque estão prontas também. Inclusive, vou aproveitar e subir logo a tradução para a variante do Hitotsumami.
Bons pontos, meu amigo. Concordo em alguns deles. Eu por exemplo adoro Eldritch, mas há outros meios de mitigar a sorte no jogo. Em Fallout, não, há apenas a rerrolagem. Os inimigos serem dificeis não é problema, mas a penalidade ao morrer pra eles, que pode fazer seu personagem regredir no jogo depois de um belo tempo jogando.
Todo jogo certamente tem seu público e entendo perfeitamente a questão de descobrir histórias e possibilidades que o mundo oferece, mas, pra mim, isso não sustenta Fallout. As histórias são sim a melhor parte, mas o jogo não se aprofunda nem nisso nem na parte competitiva. E se fosse um jogo focado na imersão e nas histórias a serem contadas? Por que não um livro de encontros talvez, algo como Tales of the Arabian Nights, Near and Far e outros? E se o modo competitivo é o carro-chefe do jogo, a mecânica de pontuação é muito estranha, sendo o maior alvo de críticas dos jogadores. Sendo assim, parece que Fallout não sabe bem o que quer entregar.
No fim, isso é minha opinião, e quem curte o jogo que jogue até não poder mais! Jogo nenhum vai agradar a todos. Obrigado pelos contra pontos e argumentos, isso enriquece o tópico e abrange o debate.
Abraço!