Mesmo no caso de um oponente conter a Aparato (que dá a ele todo turno um dado de reinvidicação), o conjunto de dados de um jogador só se forma no início no confronto do turno daquele jogador. O uso da carta no seu turno teria efeito imediato e não impediria o oponente de montar seu conjunto inicial de dados com o Dado de Reinvidicação, seja pela Aparato, seja por um monstro que concede ele no encontro, muito menos eliminar a Aparato do oponente.
E mesmo que fosse possível usá-la assim, ainda é um cenário extremamente específico.
Ou seja, a carta Mau-Olhado simplesmente é impossível de se jogar, porque ela implica necessariamente em usar uma carta no turno de outro oponente, como se fosse uma instantânea do Magic.
Isso demonstra o desleixo que certas cartas obtiveram ao serem concebidas. Removi ela do jogo e deixei-a guardada na caixinha da expansão.
Algumas outras cartas também são ridiculamente ruins (mas ao menos não inúteis como a Mau-Olhado):
- Mandinga custa 5 recursos (2 de Proeza + 3 de Tesouro) para comprar aleatoriamente uma carta fechada de item no topo do deck. A maioria das cartas de itens custarão menos que isso e você tem o direito de escolhê-las. Existem outras cartas que auxiliam a comprar items de forma muito mais efetiva.
- Pajelança custa 3 de Proeza, para você descartar após todos os rerolls um dado de Reinvidicação (roxo) que possua valor 6 do seu conjunto para então descartar um Token de Coisa Terrivel seu. Além do custo altíssimo de 3 (a maioria das cartas custam entre 0 a 3, sendo 3 as mais fortes), é uma situação completamente improvável sobre o dado roxo que ainda exige que ele seja descartado, e somente após o último reroll. Existe outra carta que simplesmente custa 3 (o mesmo valor) e sem mais nenhuma objeção descarta 2 tokens de Coisa Terrível seus.
Essas são as 3 cartas que eu removi da gameplay, 1 por ser absolutamente injogável e contra as regras, e as outras 2 por serem ridiculamente ruins e possuirem versões mais baratas com efeitos melhores.
Por fim, há uma carta na situação oposta: ridiculamente forte e desbalanceada.
Amnésia Tropical por apenas 1 de Proeza permite que você Remova um encontro do jogo.
Acontece que segundo o próprio autor, pode ser um encontro onde você mesmo está ativo.
Isso significa que você pode: Escolher o encontro, coletar os recursos iniciais, fazer a ação do local, rolar os dados, coletar os recursos do dado e, caso não tenha atingido os valores para derrotar o monstro do Encontro, simplesmente sumir com ele após tudo isso evitando receber um token de Coisa Terrível.
Ao mesmo tempo, possuimos diversas cartas que tentam lidar ou minimizar com o custo de especificamente falhar em um encontro de formas bem mais "caras", sacrificando dados, etc.
Entretanto o efeito da carta em si é interessante, pois pode impedir que um oponente seu consiga um encontro fácil ou do tipo que ele precisa. Você também pode usá-la no início do seu turno para acabar com todos os encontros e reabastecer tudo, possuindo mais opções de escolha.
Então optei por mantê-la, mas adicionei a restrição "Você não pode estar ativo no encontro escolhido." como forma de balanceá-la.
Honestamente? É um jogo bacana mas senti que precisava intervir nele pra ficar mais justo.
Quero dizer, se fazem uma carta que sequer pode ser jogada, que dirá de outras que estão totalmente "fora da curva" (seja para baixo ou para cima). E não é de forma proposital. Sabemos que é comum um jogo ter cartas melhores e piores. Aqui, essas só estão mal concebidas mesmo.