Belo texto.

Em relação aos jogos pesados, depende do dia. Alguns eu jogo bastante dependendo da época, mas eles cansam sim. Faz mais ou menos um ano que deixei de me empolgar tanto com lançamentos novos e foco em expandir o que tenho, acho mais agradável e proveitoso. Também foco na minha coleção com opções solo bacanas, já comprei alguns jogos que não tinham essa opção e não se firmaram no meu grupo. Enfim, tudo é questão de filtrar e saber o que vai gostar e ver mesa no seu grupo. E sim, setup rápido ajuda demais. Aheuahehuaehua

Guilherme.felga::

Isso, creio, é um zeitgeist desse tempo estranho nosso, em que chovem lançamentos de jogos.

Não concordo com essa observação. 

Por muitos anos (muitos mesmo), fui jogador de RPG e na época também acontecia a mesma coisa: alguns sistemas não eram jogados com frequência por complexidade de contexto.

Na minha opinião, isso se resume simplesmente a "gosto do grupo". Não tem nada a ver com época ou geração. 

Jogos de tabuleiro é um entretenimento social. Por isso, estamos sujeitos a percepção de valores que o grupo naquele momento reconhece.

Quando jogava RPG, normalmente jogávamos Vampiro, pois era o que a maioria gostava. 

Se queria jogar Kult, Call Of Cthulhu ou Desafio dos Bandeirantes, precisava recorrer a um grupo de pessoas específicas que também gostavam.

Jogos pesados possuem o mesmo problema de campanhas: precisam de disponibilidade e dedicação do grupo.

As responsabilidades do dia-a-dia tornam isso complicado.

Eu mesmo gostaria de jogar mais os pesados, mas nunca tenho tempo para isso.

E2EK1EL::Excelente texto, Guilherme.

Já faz um tempo que estou sem paciência de aprender jogos novos, ainda mais os mais pesados. Acho que jogos médio pesados com duração de 90-120 minutos são os ideais para mim.

Fala, Ezequiel! Também estou chegando a essa conclusão a cada partida. Deve ser o amadurecimento do gosto pessoal. Filler é de menos. Jogo muito pesado cansa demais. Acabo ficando nesse nicho de euros médios-pesados com 1-2 horas de duração.

Animoita::Eu acho que existe um mito na comunidade boardgame que mais pesado = melhor. Ou que depois que vc se acostumar com certo padrão de dificuldade você deve necessariamente passar pra um mais pesado como se PESO fosse tudo que você quisesse em um boardgame.    

Não que jogos pesados não sejam legais, mas isso não é necessariamente sinônimo de diversão e nem sempre é o que as pessoas procuram. Deve se dar valor ao simples também. Tem dias que eu só quero jogar um dixit e dar risada.

Também acho. É como a história de que "eu era mais de ameritrash e, agora, evoluí para eurogame". Jogo tem que ser legal. A premissa primordial é essa.

Amaral::Eu gosto mais de jogos médios justamente por causa de os manuais, setup e decisões serem mais brandos e o nível estratégico ainda ser atraente. Tenho poucos jogos pesados e médio-pesados, como Twilight Struggle, GWT e Lisboa.

Mas Lisboa é um exceção.  Adorei ler o manual / história, o setup eu faço contando a tragédia da cidade e os combos estratégicos sempre me surpreendem!

Entendo o que você coloca. Jogo uma partida inteira do Projeto Gaia em 90 minutos sem problema algum e, ainda assim, me divirto horrores. Mas tenho cada vez mais tendido a jogos de menor complexidade, mais acessíveis.

Lexicos1973::

Guilherme.felga::

thread ...
...
teardown ...
...
zeitgeist ...
...
streamlined...
...

Achei seu post pesado demais. 
Não tenho mais paciência para aprender novas palavras.... 

O post ficou heavy demais até para um gamer. 
Sorry.

AMF_90::E sim, setup rápido ajuda demais. Aheuahehuaehua

Por isso invisto em inserts. Acho-os cada vez mais imprescindíveis para grande parte dos jogos.

GabrielAlmeida::Tenho sentido essa mesma sensação ultimamente, mas não sei se concordo. Para mim, esses jogos pesadões se pagam sim, e às vezes com louvor. É questão de achar o momento adequado (que infelizmente pode nunca chegar), e colocá-lo na mesa com as pessoas certas. 

E, entre um pesadão e outro, vamos jogando os Tapestries e Burgundies no caminho para não ficar sem nada...

edeodato::

Jogo tem que ser divertido, não importa grau de complexidade.

O problema é quando você precisa ultrapassar uma barreira de complexidade e outros fatores (ex.: setup) para se divertir. Ademais, concordo que o importante é o jogo ser bacana também e isso vai de cada um e de cada momento.

barao::

Guilherme.felga::

Isso, creio, é um zeitgeist desse tempo estranho nosso, em que chovem lançamentos de jogos.

Não concordo com essa observação. 

Por muitos anos (muitos mesmo), fui jogador de RPG e na época também acontecia a mesma coisa: alguns sistemas não eram jogados com frequência por complexidade de contexto.

Na minha opinião, isso se resume simplesmente a "gosto do grupo". Não tem nada a ver com época ou geração. 

Jogos de tabuleiro é um entretenimento social. Por isso, estamos sujeitos a percepção de valores que o grupo naquele momento reconhece.

Quando jogava RPG, normalmente jogávamos Vampiro, pois era o que a maioria gostava. 

Se queria jogar Kult, Call Of Cthulhu ou Desafio dos Bandeirantes, precisava recorrer a um grupo de pessoas específicas que também gostavam.

Jogos pesados possuem o mesmo problema de campanhas: precisam de disponibilidade e dedicação do grupo.

As responsabilidades do dia-a-dia tornam isso complicado.

Eu mesmo gostaria de jogar mais os pesados, mas nunca tenho tempo para isso.

Eu entendo sua ponderação. Também passei por todos esses perrengues e tenho muita dificuldade de fazer meu grupo de RPG de quase 30 anos tentar um sistema diferente do tão confortável D&D. A galera simplesmente não quer aprender regras novas, se dedicar a isso.
A questão é que, para o jogador solo ou para aquele cara que fica responsável por apresentar jogos novos para o grupo, o peso do aprendizado de novos conjuntos de regras acaba ficando muito grande num contexto em que se lançam coisas novas dia após dia. Para mim tem sido cansativo tentar coisas novas por esse motivo.