Ótimo cast, parabéns!
Brass é um jogo fenomenal, tem um espaço especial na prateleira.

Quanto a ensinar pessoas, no meu grupo tem um amigo que ensina esquecendo regras e lembrando delas na metade. O grupo no fim acaba jogando pra bloquear a vitória desse péssimo tutor.

Eu costumo ensinar todas as regras evitando ensinar estratégias, pra que o jogador vá descobrindo o jogo e não sendo um tipo de boot seguindo o que tu já faz. Normalmente eu aprendo uma estratégia nova pela visão de um jogador novo e muitas vezes, no decorrer da partida as dicas são só "já que tu tá fazendo isso, tal coisa é bom pra tua vitória", mas não jogo pra perder. Já fui criticado pela minha esposa por isso, em resposta eu pergunto se é algo que a gente vai dizer pras visitas "como anfitrião hoje eu deixo vocês ganharem".

O que percebo é que quem ensina tem grandes chances de perder (ou de pontuar pouco) porque fica cuidando pra ver se os outros jogadores estão jogando dentro das regras, ainda mais quando todos na mesa (exceto o dono) não conhecem o jogo.

Com o passar do tempo também noto que as pessoas vão entrando nas lógicas dos jogos. Aqueles que já estão acostumados com jogos, mesmo eletrônicos, conseguem entender e buscar uma boa pontuação com mais facilidade, mas já passei por situações onde fui ensinar um jogo (GWT) e a pessoa não tinha hábito de jogar, em 5 minutos de explicação ela pediu pra mudar de jogo, aí foi de Splendro que é bem mais tranquilo a explicação.

Eu tava ouvindo o programa porque eu tava em dúvida qual Brass pegar, mas me chamou a atenção o debate no final.
Eu acho que com novato, tem que por respeito, jogar pra ganhar, mas não pra humilhar.
Veja bem, se alguém experimente tá ensinando Ticket to Ride, você conhece todos os objetivos, sabe como fazer o caminho longo pra pontuar mais, então você vai usar isso pra fazer a maior rota e ganhar e completar mais rota. Mas tu não vai ficar bloqueando o novato toda hora, uma vez pra mostrar ele que isso existe, ok, mas fica bloqueando em cima bloqueio, só vai levar ele a frustração e ele vai desistir. Então você, vence, mostra as possibilidades, mas deixa a pessoa jogar, deixa que ela pegue o gosto do jogo. Tem um equilíbrio ali.