Preciso de me controlar!
Jogatinas
Começamos o mês relembrando
Yokohama. Ao contrário da partida anterior que eu venci, nessa eu cai lá pra baixo na trilha de pontuação. Minha horda de (2) monges não foi suficiente pra espremer mais pontos desse tabuleiro. Esse jogo é um mega Puzzle e quanto mais jogamos, mais parece que estamos longe de resolve-lo.
Tivemos uma partida de
Great Western Trail acompanhada de uma garrafa de
Jack Daniels. Fazia tempo que GWT não via mesa e os voluntários que deram as caras foram o
N4t4n431 (fã do designer) e
Maicuh (meu cunhado, não gamer e fã do jogo e da bebida).
Nessa partida fiz o grande combo das
construções 8b + 10b, o
Santo Graal para quem faz estratégia de Construtor. Consegui usar umas duas vezes as duas construções, o que gera uma porrada de recursos e andadas nas trilhas (fora a pontuação das próprias construções).
Tivemos a visita do amigo
Xupim, possuidor da maior mente
gamer que temos conhecimento. Aproveitando suas habilidades de destrinchar jogos no meio, escolhemos jogar um
GWT. Foi uma partida-resenha, jogando e comentando as jogadas, explorando os mecanismos desse fascinante design do Mestre Pfister. Recomendo pros amantes do Jogo do Boi.
O sonho se realizou:
Yokohama em 4p pela primeira vez. Com
Lanzen,
N4t4n431 e
Prima do Lanzen, com todos sabendo as regras, tivemos uma excelente partida com o maior
setup random já visto em jogos euro de temática oriental. O jogo fica com mais opções e ao mesmo tempo mais apertado, difícil de se mover e gerar os mini-combos. A concorrência entre os espaços únicos e bônus gera um necessidade de timing grande. Adorei!
Depois de nossa ultima partida de
Brass: Lancashire no mês passado,
A Noiva ficou pê da vida pela pontuação fraca. Usei isso como desculpa pra jogarmos um Brasinho a 2 no modo-resenha (jogando e comentando as jogadas). Sugeri também usar o mapa variante pra 2 players que vem no verso do mapa da Roxley Games. Montamos o jogo, abrimos uma garrafa de vinho e …
… ficamos meio ruins. Não foi dessa vez.
Passado um dia, tentamos novamente. Começamos a partida e fomos até a primeira era, pausando pro almoço em família. Finalizamos o jogo no começo da tarde. Consegui meu objetivo que era chegar na casa dos 160 pontos,
A Noiva fez 9 pontos a menos e foi a melhor pontuação dela desde sempre.
Fica a dica pra fazer esse tipo de jogo mais focado em aprendizado, pois ele acaba elevando muito o nível da mesa.
Ahh e esse mapa do Brass variante pra 2, o que achou?
Essa variante para 2 jogadores veio no
Brass: Lancashire por mera questão histórica como diz o manual, para preservar a memória da comunidade que criou esse modo. Nela você começar com $25 (em vez de $30), o mercado é mais caro (sem valor $1) e o mapa é menor com menos cidades. Como não não sou fã de micro-ajustes pra jogar em quantidades diferentes de players, então vou preferir jogar o modo normal, assim economizo memória na hora do setup e posso reaproveitar as mesmas abordagens estratégias em qualquer quantidade de players.
Foi momento de realizar um nano-sonho:
Jogar Keyflower em 4 players. Era pra ser em 3p, mas
A Noiva pediu pra participar, inseriu a ficha e deu Join. Com 4 jogadores muitos tiles já entram na mesa, mas ainda assim, os poucos que ficaram de fora já deram um toque bem diferente a partida. Tentei uma estratégia baseada em
Keyples Verdes para pontuação e deu muuuito ruim, não recomendo! Os colonos verdes são caros pra adquirir e guardar eles atrás da casinha não rende.
N4t4n431 espremeu 67 pontos de 5 peças de vila (faltou um meeple Roxo!) e o
Lanzen construiu um império vitorioso.
A Noiva lembrou das regras na ultima rodada, mas ta valendo!
A Noiva convidou pra jogar um
Brass: Lancashire e eu não pude negar, pois agora tinha uma jogadora profissional em casa. Continuamos a explorar o fato do jogo se dar em duas épocas, então jogamos a
Era do Canal antes de dormir, no outro dia continuamos com a
Era dos Trilhos. Jogamos no lado "certo" do mapa dessa vez. Fiz 3 barcos durante o jogo e ainda assim perdi por 9 pontos. O que me anima é que estamos fazendo cada vez maiores pontuações e no modo hiper competitivo.
Tivemos a oportunidade de iniciar o
Xicão num dos jogos favoritos da galera atualmente:
Mombasa. Após uma explicação que causou um AVC no nosso amigo, fomos dando dicas sobre como manusear o baralho (
future hand-bulding), questões de timing na compra de cartas, uso de bonus (MAX) e exploração. É muita coisa pra digerir, mas ainda assim
Xicão fez uma pontuação bem boa para iniciantes e por um bom tempo estava pintando como vencedor. Da minha parte, como
achievement pessoal cheguei ao 60 na trilha do diamante. Contratei diversos gordinhos barbudos que exploraram Africa em busca de pontos de vitória. O vencedor foi o
N4t4n431, decidindo o jogo no ultimo turno com exploração e compra cirúrgicas de ações. Que jogão!
Com a chegada do
Mapa Modular do
Scythe ficou aquela curiosidade de como o jogo vai se comportar com 2 jogadores. Jogamos duas partidas seguidas de Nórdicos (eu) VS Togawa (
Lanzen). Na primeira eu tentei a estratégia de liberar todos os trabalhadores e me espalhar pelo mapa, mas com o mapa menor eu tinha menos terrenos pra conquistar e manter. Fora isso o Felipe fez uma
Casa das Moedas e ganhou boa parte dos pontos durante a partida. Vitória pra ele, mas decidida nas ultimas contagens.
Refizemos meio
setup. Dessa vez eu vim sem ferro inicial, tive que mudar completamente a abordagem enquanto o Felipe tinha 4
mechs me espancando e controlando o mapa boa parte do jogo. Graças ao tabuleiro mecânico do jogador, consegui um turno de
mover (fazendo aquela espalhadinha de final de jogo) e
construir o ultimo edifício, encerrando a partida e ganhando um baita bônus de construção. Bati a marca dos 100 pontos, um recorde pessoal nesse jogo no qual eu sou especialmente ruim, motivo que talvez me faça mante-lo.
Sempre achei experiencia em 2 e 3 meio fraquinha por conta do mapa demasiado aberto e da possibilidade de dar spawn muito próximos ou muito distantes um dos outros.
O Mapa Modular veio pra resolver isso? NÃO (risos)! Ele veio dar mais assimetria, dessa vez aos recursos iniciais, encontros e posição de túneis. Isso incomodou? Pior que não, ao contrário, achei o desafio de se virar com o território
random ainda mais divertido, e como foram partidas curtas, também não me ofendi ou sentindo que "o jogo me prejudicou" desde o principio. Fiquei com o sentimento de que o jogo talvez devesse ser modular desde o seu nascimento, mas imagino a quantidade de
playtests necessários pra isso funcionar (além do dinheiro perdido pelo Jamey). Recomendo bastante a expansão, principalmente para essa quantidade mais reduzida de players.
Destaco a forma de escolher as facções iniciais, mais interessante do que pegar aleatório. Após montar o board, são escolhidos os locais iniciais das facções, e começando pelo jogador com o numero mais alto no seu tabuleiro de ações, ele pode escolher com qual facção jogar. Não apenas a facção e seus poderes importam, mas seu tabuleiro de ações e os recursos iniciais, possíveis vizinhos e quantidade de lagos e rios.
Pra fechar um fim de semana joguei mais um
Brass: Lancashire a convite da
Noiva. Dessa vez fui numa estratégia agressiva de Siderurgia, desenvolvendo bastante no início e tentando virar todas as minhas industrias desse tipo na primeira era (elas dão muuuuitos pontos).
A Noiva foi de Portos + Algodão. Terminei a
Era do Canal na frente por uns 12 pontos. A
Era dos Trilhos foi marcada pela falta de reposição de Ferro no mercado, tornando TUDO muito caro. Na ultima rodada, em um golpe de oportunidade, conseguir colocar uma Estaleiro pra adicionar 18 pontos e chegar no meu
recorde pessoal de 194 pontos (
A Noiva também se superou com 178). QUE JOGÃO!
Na pós-resenha da ultima partida de
Mombasa,
Xicão falou que já estava ansioso pra jogar a próxima partida, agora com as regras dominadas.
Chegou o momento!
O sol tinha acabado de se por quando as quando as 18:40 o primeiro pino de máximo de café foi posicionado no tabuleiro. Essa partida foi marcada por uma tentativa do
Xicão de dominar uma companhia sozinho,
Capetown, que no caso ficou conhecida por
Xicotown. Nas ultimas rodadas
N4t4n431 revelou que não conseguia me prejudicar porque éramos sócios nas mesmas companhias. Que genialidade do jogo permitir que um jogador se defenda de ataques se tornando sócio dos outros! Terminamos com minha vitória por meros 7 pontos. Fiz minha maior pontuação histórica no escriturário (30 pontos). Não pode ser tão difícil manusear esses livretos!
Lanzen chegou a tempo de ver a pontuação da primeira partida. Decidimos aproveitar que o jogo estava na mesa e fomos para a segunda partida!
Sim, duas partidas de Mombasa numa noite!
Se uma partida me deixa zonzo, duas me deram paralisia facial. Nessa segunda exploração comercial da Africa tivemos o fato inédito de liberar todas as casinhas de
Capetown na primeira metade da partida, tornando a busca por ações nela obrigatória. Fiz a liberação de um disco de ação a mais, mas senti que faltaram lugares pra usa-los com 4 jogadores. Além disso, foi uma partida especialmente dificultosa pro dinheiro pois todas as companhias tinham aquele gargalo de pagar 5 dinheiros. Jogo difícil que ficou nas mãos do
Felipe, o jogador com a mente mais forte (ou que não tinha tomado dano pela primeira ahahaha).
Prêmio Spiel des Djows de Sessão com Maior Possibilidade de AVC Coletivo
Encerrando o mês com uma partida de
Great Western Trail, novamente com meu cunhado não-gamer. Fiz uma partida muito boa, chegando nos 100 pontos com uma cópia de cada bovino do mercado, 5 objetivos completos e 2 discos em San Francisco. Muito do conhecimento que o
Xupim me passou foi usado nessa partida. O cunhado
Maicuh, por outro, tentou fazer uma
A Estratégia do Pato: um pouco de tudo, muito mal feito. Ao anotar os pontos no bloquinho encontrei nossa partida de exatos 1 ano e 10 dias atrás, e ele fez exatamente a mesma pontuação (risos)!
Meu primeiro P500 da GMT

Depois de vender tanta coisa e parar de comprar, acho que chegou a hora de me arriscar numa modalidade que eu nunca experimentei. Assim entrei da pré-venda mais famosa dentro do sub-sub-micro-nicho dos War Games: A P500 da GMT.
Como o nome indica, a empresa aguarda ao menos o
Pre-order de
500 cópias de um jogo pra começar a pensar em imprimi-lo.
Não vou dizer qual jogo peguei, mas quando ele chegar (e eu nem sei a previsão) vamos falar mais e vou dar a minha experiência de como foi comprar direto com os mestres dos Wargames.
E vocês, já compraram lá? Algum conselho?
Além do jogo
Publiquei um review sobre o modo solo do jogo
Review Clans of Caledonia — Solo Mode (Oficial).
Finalizei minha
Ultimate Colono Box para o
Keyflower.
A Coleção
- Heaven & Ale (Venda presencial)
Ta ai um jogo que foi vencido pela repetição. Acho que foram umas 12 partidas, a maioria em 2 jogadores com
A Noiva. Tive oportunidade de jogar com gamers e não-gamers e deu muito certo em todas as partidas.
O problema pra mim acho que foi justamente repeti-lo e criar um estratégia básica que ninguém desafiava. Fiquei com a sensação de ter "resolvido" o jogo (que eu sei que é falsa). Dessa forma, perdi o interesse.
Assim que vendi, a Expansão ficou disponível para pre-venda, mas ai ja era tarde e duvido que ela trouxesse o interesse de volta.
+ Scythe: Modular board (MasmorraBG)
Ta ai uma expansão que eu não esperava. No Brasil, ainda mais, chegou antes das outras maiores. O que a gente faz?
Pega ela, claro. Tive uns problemas de atraso no envio, mas segue a vida.
Para minhas impressões, veja acima a parte de
Jogatinas onde brincamos com Scythe + Mapa Modular.
Wishlist
Fiquei feliz em saber que vem ai a segunda edição de
Hacienda, um jogo
clássico da era
clássica do
clássico designer Wolfgang Kramer.
Fracture Galaxy, um 4x de 2–5 jogadores com (teórico) baixo
downtime. Estou
seguindo no BGG.
Não sei porque diabos isso começou, mas acabei por pesquisar por bons jogos solo Temáticos com Deck-Bulding (que específico!). Logo eu que sou
euroboy (já dizia
Rodrigo Deus), procurando jogos temáticos de franquias. O mundo dá voltas!
E lá fui eu ver o ranking de temáticos do BGG (e poxa, como tem coisa que chama atenção lá). Logo cheguei em 2 nomes que envolviam tema e a mecânica desejada:
Arkham Horror: The Card Game e
Legendary Encounters: An Alien Deck Building Game. E agora?
Claro que estou seguindo o
Tapestry da Stonemaier Games. E claro que já parei também. Quero evitar o
hype e focar nas coisas que eu quero, não que o maldito
Jamey vai me fazer querer!
Depois de ver o vídeo do
Gaming Rules sobre
City of the Gig Shoulders eu parei de seguir o jogo no BGG. Dentre os principais problemas citados estão o manual ruim, design gráfico dos componentes e escolhas de cores. O gameplay foi okay pra ele, mas vários amigos gostaram.
Não sei como cheguei nele, mas dei
subscribe em
Godspeed só por conta da descrição sucinta dele: "The 'space race' was a lie. Find out why in
Godspeed". Certeza que vai ser uma reimplementação de algum Lobisomem da vida na espaço…
Acompanhei por cima o KS da nova edição Deluxe de
Struggle of Empires, do mestre
Martin Wallace e
Eagle-Gryphon Games. Olhei o jogo por cima pra ver do que se tratava e nem tema nem mecânicas me chamaram atenção. Não fosse o frete + valor do pledge tão absurdos pros padrões do brasileiro-afegão-médio, certeza que daria pra arriscar e ver a surpresa daqui um ano. Fica pra próxima!
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