Animoita::como falaram ai a única que tenta quebrar esse paradigma é a galápagos, tanto pelo portfolio (traz bastante party games e gateways) como na divulgação por meio de influencers famosos. 

Mas é um trabalho dificil. É visivel o preconceito que ainda existe, infelizmente, que é coisa de nerd ou criança, blablabla.

Outra coisa que pensei também foi esse ponto: a pecha de BRINQUEDO que muitas vezes os jogos de tabuleiro recebem, ou então, quando as pessoas percebem que não são brinquedos, a primeira relação que elas estabelecem é com o RPG.
E o preconceito com o RPG é pior ainda devido aquele malfadado episódio de Ouro Preto.
E, outra coisa pior ainda kkk, quando as pessoas, FINALMENTE, conseguem entender que é um JOGO, uma atividade lúdica, uma "suspensão temporal" rotineira, vem outro preconceito: "nossa, mas vc fica jogando? trabalha não??? vai cresceer meninoo kkkkkkk" 

Vários pontos. Vale saber se as empresas estão dispostas a comprar essa briga de desconstruir tudo isso.

Falando como publicitária, o maior problema (independente do segmento) é investir em um público que apresentará um potencial bem menor de aquisição. O investimento em publicidade, para muitos, ainda é visto como "gasto" e não investimento. Principalmente em empresas que possuem um orçamento limitado. Em tempos de crise, a primeira ação tomada é "corta o orçamento em publicidade". Que, ao meu ver, é um erro grotesco, porém é a realidade do mercado. Para um "novo público", o retorno do investimento será beeeem mais demorado. O processo de compra será maior pois, com este novo público, acontecerá a apresentação do mercado para aos poucos gerar a necessidade. Enquanto no público atual, o processo de compra já está bem mais avançado. Assim, as empresas preferem investir no que é mais certo, visto que ''tempo é dinheiro". Quanto antes o retorno sobre o investimento aparecer, melhor.

Agora falando como entusiasta do hobby, ainda percebo pouca divulgação de encontros e eventos que abordam os boardgames e cardgames.  Aqui no RN existe um encontro mensal (que conheço), porém pouco divulgado nas redes sociais. Demanda tempo, organização, local etc. Após os meus amigos de tabuleiro terem se mudado para outros estados, ficou mais difícil os meus jogos verem mesa. Aos poucos vou "evangelizando" a palavra dos boards e cardgames. hahaha

Parabéns pelo seu projeto!  

Sven::Para mim, a maior limitação entre todas é o fato de que o brasileiro, em via de regra, não gosta de ler manual e para jogar jogos de tabuleiro tem de ler o manual. É simples assim.

Concordo, mas isso seria verdade pra jogos com mais "sustância". 
Mas existem centenas de oard games com regras bem simples e manual de 1 ou 2 paginas. Se a pessoas lê o manual pra jogar WAR e Banco imobiliário, porque não ler 3/4 paginas pra jogar um Ticket To Ride? 2 paginas pra jogar Dixit? Love letter? 

Animoita::

Sven::Para mim, a maior limitação entre todas é o fato de que o brasileiro, em via de regra, não gosta de ler manual e para jogar jogos de tabuleiro tem de ler o manual. É simples assim.

Concordo, mas isso seria verdade pra jogos com mais "sustância". 
Mas existem centenas de oard games com regras bem simples e manual de 1 ou 2 paginas. Se a pessoas lê o manual pra jogar WAR e Banco imobiliário, porque não ler 3/4 paginas pra jogar um Ticket To Ride? 2 paginas pra jogar Dixit? Love letter? 

Vou lhe dar um exemplo. Conheço um casal que tem 2 filhos e foram para a Disney em 2016. Em Orlando eles foram na Cool Stuff e compraram um 4 jogos, sendo um deles a expansão Cities do 7 Wonders. O caçula ama o 7 Wonders. Estamos em 2019 e se eu não pegasse o manual do Cities para ler o caçula não iria jogar nunca o jogo porque o pai alegava falta de tempo para ler. Eu sei que não é falta de tempo porque conheço o cara a mais de 30 anos - é preguiça mesmo.

Parabéns pela iniciativa de juntar a gurizada para jogar, quero e vou fazer algo parecido na minha cidade que possui quase 300 mil habitantes, uma loja, e poucos jogadores. 

Tenho amigos que fazem um encontro mensal em uma hamburgueria colocando seus jogos a disposição do pessoal e explicando os mesmos, tudo para divulgar o hobby.

Não adianta, o hobby no geral, ainda está pequeno no Brasil e por isso as empresas não vão, e nem podem, investir em divulga-lo pois é muito provável que o retorno não será positivo, infelizmente. 

Mas, poderia se pensar em fazer algo com as lojas locais, um incentivo pequeno, vindo tanto do distribuidor quanto da loja para divulgar os jogos. Uma maneira que vejo seria eventos, como muitos jogadores fazem em suas cidades, sem receber nada. 

Na minha cidade tem uma loja apenas, repito 300 mil habitantes, mas eles focam em Magic e Pokemon que é o que da mais retorno a eles. Possuem um espaço bem legal, várias mesas, loja localizada no centro da cidade, perfeito para tentar chamar novos jogadores mas nunca fizeram nada em relação a jogos de tabuleiro. Não conheço bem os donos, mas são uma gurizada de uns 30 anos, já falei com eles sobre fazer um evento de jogos mas me disseram que não tinham muito interesse visto que a venda de jogos, para eles, não é expressiva no seu faturamento.

Mas vamos que vamos, o hobby está crescendo no Brasil e muito disso é resultado do trabalho como o do Rodrigo aqui, juntar pessoas, mostrar o quanto é divertido e deixar a "semente" crescer.

O marketing tem que ser semelhante aos videogames, que deixaram de ser vinculados a brinquedos e conseguiram uma categoria própria.
As lojas de departamento normalmente deixam os videogames próximo de equipamentos de TV, SOM e INFORMÁTICA.

Evitar dividir o que já é nicho, vide eventos exclusivos para mulheres.

rzirbes::Parabéns pela iniciativa de juntar a gurizada para jogar, quero e vou fazer algo parecido na minha cidade que possui quase 300 mil habitantes, uma loja, e poucos jogadores. 

Tenho amigos que fazem um encontro mensal em uma hamburgueria colocando seus jogos a disposição do pessoal e explicando os mesmos, tudo para divulgar o hobby.

Não adianta, o hobby no geral, ainda está pequeno no Brasil e por isso as empresas não vão, e nem podem, investir em divulga-lo pois é muito provável que o retorno não será positivo, infelizmente. 

Mas, poderia se pensar em fazer algo com as lojas locais, um incentivo pequeno, vindo tanto do distribuidor quanto da loja para divulgar os jogos. Uma maneira que vejo seria eventos, como muitos jogadores fazem em suas cidades, sem receber nada. 

Na minha cidade tem uma loja apenas, repito 300 mil habitantes, mas eles focam em Magic e Pokemon que é o que da mais retorno a eles. Possuem um espaço bem legal, várias mesas, loja localizada no centro da cidade, perfeito para tentar chamar novos jogadores mas nunca fizeram nada em relação a jogos de tabuleiro. Não conheço bem os donos, mas são uma gurizada de uns 30 anos, já falei com eles sobre fazer um evento de jogos mas me disseram que não tinham muito interesse visto que a venda de jogos, para eles, não é expressiva no seu faturamento.

Mas vamos que vamos, o hobby está crescendo no Brasil e muito disso é resultado do trabalho como o do Rodrigo aqui, juntar pessoas, mostrar o quanto é divertido e deixar a "semente" crescer.

A dificuldade é aquela saída da caverna de Platão.
Todo mundo diz: "eu não curto essas coisas".
Eu digo então: você nem conhece os jogos modernos, não sebe se curte.
Ouço: "Mas eu jogo com meu filho/sobrinho".
Eu digo: então está jogando os jogos errados, não são nem para adultos.

O problema atual é que as pessoas já "sabem" de tudo, quando ouvem algo que modificaria seu mundinho, a mudança é rechaçada. Todo mundo quer ficar na caixinha, fazer as mesmas coisas igual todo mundo.

Daí se eles experimentam, dizem: "eu gostei desse jogo" (de forma a reduzir para "esse" dentre todos do universo)
Eu já emendo: isso você diz pois não conhece outros também bons.
É sempre uma barreira, as pessoas estão gravadas na pedra.


Vai muita calma para que elas descubram o que gostam e nem sabem! kkkkkkkkkkkkk.

marcinho99::

Animoita::como falaram ai a única que tenta quebrar esse paradigma é a galápagos, tanto pelo portfolio (traz bastante party games e gateways) como na divulgação por meio de influencers famosos. 

Mas é um trabalho dificil. É visivel o preconceito que ainda existe, infelizmente, que é coisa de nerd ou criança, blablabla.

Outra coisa que pensei também foi esse ponto: a pecha de BRINQUEDO que muitas vezes os jogos de tabuleiro recebem, ou então, quando as pessoas percebem que não são brinquedos, a primeira relação que elas estabelecem é com o RPG.
E o preconceito com o RPG é pior ainda devido aquele malfadado episódio de Ouro Preto.
E, outra coisa pior ainda kkk, quando as pessoas, FINALMENTE, conseguem entender que é um JOGO, uma atividade lúdica, uma "suspensão temporal" rotineira, vem outro preconceito: "nossa, mas vc fica jogando? trabalha não??? vai cresceer meninoo kkkkkkk" 

Vários pontos. Vale saber se as empresas estão dispostas a comprar essa briga de desconstruir tudo isso.

A pecha de brinquedo nem é o problema.
O problema é o adulto jogar 2-3 jogos da disney e xadrez e achar que já jogou tudo que há de jogos de tabuleiro. Isso é bem pior.

mhunter::O marketing tem que ser semelhante aos videogames, que deixaram de ser vinculados a brinquedos e conseguiram uma categoria própria.
As lojas de departamento normalmente deixam os videogames próximo de equipamentos de TV, SOM e INFORMÁTICA.

Evitar dividir o que já é nicho, vide eventos exclusivos para mulheres.

Eu já acho eventos para mulheres excelentes, até para elas saberem como tem mulherada jogando. Dá um choque na cabeça da galera.
As mulheres só tem receio com eventos de cuecas por culpa de cuequices que fazemos. É só pararmos que isso não se fará necessário. Homem não sabe o que é ter medo de entrar em um UBER, ou ter que ouvir besteiras em mesa de board e o falador nem saber que está chateando. Não é maldade nossa, é desinformação. A hora que a ficha cai você muda de atitudes sem sofrimento algum, parece simplesmente lógico. Mas isso é outra discussão.

rodrigocaruso::

mhunter::O marketing tem que ser semelhante aos videogames, que deixaram de ser vinculados a brinquedos e conseguiram uma categoria própria.
As lojas de departamento normalmente deixam os videogames próximo de equipamentos de TV, SOM e INFORMÁTICA.

Evitar dividir o que já é nicho, vide eventos exclusivos para mulheres.

Eu já acho eventos para mulheres excelentes, até para elas saberem como tem mulherada jogando. Dá um choque na cabeça da galera.
As mulheres só tem receio com eventos de cuecas por culpa de cuequices que fazemos. É só pararmos que isso não se fará necessário. Homem não sabe o que é ter medo de entrar em um UBER, ou ter que ouvir besteiras em mesa de board e o falador nem saber que está chateando. Não é maldade nossa, é desinformação. A hora que a ficha cai você muda de atitudes sem sofrimento algum, parece simplesmente lógico. Mas isso é outra discussão.

Divida o mercado. Faça isso mesmo. Encha o hobby de ideologia. Dificulte as coisas para o grande público.
Desse jeito até os geeks se afastam de vocês.