joetantobr::O não comprar um jogo vem com o tempo.


No inicio, todo mundo cai no que eu acho ser os principais erros de inicio no hobby:

- Tentar fazer amigos/familiares próximos gostarem do seu novo hobby (Se seu amigo começar a gostar de pescar do nada, você vai curtir ele te forçando a sair pra pescar com ele? Creio que não. É a mesma coisa).
- Comprar tudo desenfreadamente (pois tudo é novidade, tudo é superlegal, tudo EU PRECISO AGORA!)

E a combinação dos 2 erros:
- Comprar jogos específicos pq a pessoa-que-eu-quero-que-jogue vai curtir.

Hoje, com 5 anos de hobby, é uma luta eu conseguir finalizar uma compra. Eu fico achando desculpas pra não comprar um jogo. Uns meses atrás meu pai veio dos EUA e simplesmente não tinha o que pedir pra ele trazer pra mim, nao queria absolutamente nada do que tava disponivel no momento.

Depois de 10 anos de hobby, você volta pro começo e em vez de sair comprando feito louco, saí trocando feito louco. Hahaha.
É sempre um desafio escolher qual jogo comprar e qual manter. Mas depois de ter jogado tanta coisa, conheço bem o o meu gosto e apesar de continuar trocando, faz tempo que não me arrependo de uma compra. Já me arrependi de vender um jogo! Rs

Tenho problemas seríssimos com desapegar jogos, tenho jogos na minha coleção que não saem da prateleira, e jogos que joguei poucas vezes...

Mas não consigo nem pensar em vender, ou trocar. Cada aquisição minha foi suada e as alegrias de comprar, abrir, aprender e ensinar o jogo são sensações que tenho e me fazem ter um carinho com cada jogo que eu tenho...

Tenho uns 20 jogos, fora o X-Wing que tem quase todas as expansões do Império, além de expansões estratégicas dos Rebeldes;

Não penso em vender nada... não sei se me considero um colecionador ou um acumulador;

Colecionador e acumulador depende de quem olha.

Pra mim todo colecionador é um acumulador. Para o colecionador, não.

Caras esse é um assunto velho e recorrente por aqui, simplesmente porque existem vários aspectos e perspectivas. O que o pessoal falou de depois de um tempo você melhora e entende o que deve ou não comprar é normalmente verdade. Você vai aprender o que você e as pessoas que jogam com você gostam, então vai ponderar melhor uma compra.

Sempre digo que eu acho que você tem que colecionar experiências, não jogos.

Acho sim que se você tem vários jogos na prateleira que não vê mesa nunca, você é um acumulador. Se você tem um jogo específico ou um conjunto de jogos (sei lá, por exemplo tudo do Zombicide) que quer ter pra jogar de vez em quando mas gosta muito, você tem uma coleção. Mas quando você tem um monte de coisa só por ter, então só você não entendeu que é acumulador. Ou o seu hobby é ter jogos, e não jogá-los.

Sempre aparece um pessoal fazendo a "lista da vergonha" aqui na Ludopedia. Posso afirmar que todas que vi, com listas entre 40 e 90 jogos ainda não jogados, são de acumuladores... ou como disse tem o hobby de ter os jogos e não de jogá-los.

* Cada um faz o que quer, mas saber o que é e o que está fazendo é essencial pra não cair em sua própria armadilha

JamalManaus::Tenho problemas seríssimos com desapegar jogos, tenho jogos na minha coleção que não saem da prateleira, e jogos que joguei poucas vezes...

Mas não consigo nem pensar em vender, ou trocar. Cada aquisição minha foi suada e as alegrias de comprar, abrir, aprender e ensinar o jogo são sensações que tenho e me fazem ter um carinho com cada jogo que eu tenho...

Tenho uns 20 jogos, fora o X-Wing que tem quase todas as expansões do Império, além de expansões estratégicas dos Rebeldes;

Não penso em vender nada... não sei se me considero um colecionador ou um acumulador;

#tamojunto ainda mais se tiver miniaturas chibi...  
Apesar de que já dei alguns jogos de presente para amigos e parentes... aqueles que eu sabia que daria muito trabalho para tentar vender. Apesar de eu gostar de miniaturas chibi, Super Dungeon me deu mais dor de cabeça com Kickstarter atrasado/falhado do que prazer em possuir o jogo. Corre sério risco de acabar em uma caixa para doação.
Olhei para o Root, pensei em esperar o reprint com o Underworld traduzido junto, mas essa espera fez arrefecer o impulso de comprar mais um monte de caixa de jogos para empilhar na estante, depois de um tempo olhar e perguntar a mim mesmo: "Por que raios eu comprei isso?"
Ultimamente eu até olho algum video relacionado com jogos de tabuleiro, leio alguma análise/review, mas como já falaram antes, a grande maioria tenta dar aquele empurrãozinho em você para abrir a carteira e comprar o quanto antes e por isso não dou mais a importância para esses canais como fazia no início. Tento simplesmente me contentar com o que já tenho. Meu bolso agradece.

Uma das estratégias que eu uso para adquirir um jogo é o do test-drive. Felizmente, em Brasília temos algumas lojas sensacionais como Antares e a Ludoteca, que tem vários jogos à disposição para os frequentadores. Isso ajuda bastante na hora de baixar o frisson por um lançamento. Bons jogos continuam reunindo a galera mesmo com o passar do tempo enquanto algumas novidades vão ficar num cantinho da prateleira.

excelente texto.

As vezes queremos ter apenas pelo colecionismo, as vezes pelo tema ou as vezes apenas para jogar com aquela pessoa ou grupo especifico. Realmente precisa ponderar na hora da compra. Entrei no hobbie a quase 2 anos e junto com meu irmão compramos uns 50 ou 60 jogos nesse periodo e muitos  nem viram mesa e já comprávamos outro as vezes apenas porque estava na promoção. Agora que entendi isso segurei a onda e coloquei meta de só comprar novos jogos depois de jogar os que temos.

Realmente já existem muitos tópicos sobre esse tema na Ludopedia e é interessante como sempre trás alguma reflexão de aprendizado nova.

Atualmente tenho cerca de 25 jogos-base na minha coleção e no acervo do grupo temos cerca de 60 jogos-base. Pela frequência que jogamos, faz com que dificilmente um jogo médio/ pesado (meus favoritos) veja mesa mais de uma vez por semestre, especialmente pelo fato de alguns serem melhores com determinada quantidade de jogadores. Desta forma, quando vejo uma nova aquisição em potencial, penso nos "concorrentes de mesa dele".

1) Qual a frequência que esse jogo verá mesa? 2) Qual a chance de agradar aos principais jogadores do grupo? 3) Irei preferir jogá-lo ou outro que já possuo que roda bem nas mesmas condições?

Se a resposta for positiva nas três questões compro até mesmo em pré-venda. Se a resposta for parcialmente positiva, coloco em lista de desejo e espero uma condição muito vantajosa de preço, mesmo que demore mais de um ano. Geralmente a resposta é negativa, e nem cogito a compra mesmo com preço ótimo.

Para quem mora em cidade pequena como eu, vender ou trocar um jogo usado é muito difícil, e pela internet se perde muito com o custo do envio, então comprar por impulso é prejuízo certo.

Devemos filtrar algumas coisas... (filtrar Beeeem)

1. Jogos de autores nacionais sempre são "ESPETACULARES" ou "BRILHANTES" segundo os analistas... >>> para mim, isso é mera balela política, pra ser bem aceito no universo de revisores, encontros e feiras... (Notaram que nunca ninguém diz que jogo nacional é ruim, quando na verdade muito estão bem abaixo do padrão?)..

2. Jogos internacionais lançados por editoras nacionais sempre são "ESPETACULARES" ou "BRILHANTES"... >>> outra balela... nenhum reviewer critica qualquer jogo lançado no Brasil... mesmo que o jogo seja um chute no saco! >>> Assim o reviewer sempre continua ganhando jogos grátis das editoras e fica bem nas feiras, etc.. tem um reviewer nacional que faz série de vídeos no mesmo quarto, nem mostra a cara do jogo, só a caixa e só opina... nem dá pra ter noção mínima do jogo... fala sério, péssimo, nunca comprei um jogo assim por indicação pura... é o mesmo que comprar um CD pela capa ou por conta do que um desconhecido diz da música!

3. Reviews internacionais SEMPRE são melhores (isso é terrível para quem não fala inglês):

- "The Dice Tower" é superficial na explicação, mas são sinceros na opinião... não curtem jogos muito pesados... (Eles recebem jogos de lojas de jogos - acho que o Vasel é sócio de uma rede de lojas da Flórida, mas aparentemente ele ganha mais dinheiro com os vídeos do que com a sociedade);

- "Rahdo" é um mergulho (de horas) sobre a mecânica e gameplay... excelente para conhecer jogos pesados (fanático por pesados) explica tudo direitinho... dá pra ter noção de como flui o jogo (apesar de que ver o Radho jogar é mais legal do que efetivamente jogar muitos desses jogos p. Ex. Orléans).. criticou severamente Feudum e Dominant Species ... Ele recebe jogos dos seus apoiadores, não de editoras, mas é bem político nos kickstarters - o que a meu ver é ruim... pra ele todo jogo de kickstarter é bom... prefiro os reviews dela dos jogos já consolidados no mercado... o Inglês do rahdo é perfeito e didático, pra quem tem noção básica dá pra entender tudo, como na aulinha de inglês do CCAA!

- Sit Down & Shut Up" é série bem prática e divertida... as opiniões são fortes, eles realmente falam o que sentem.. e quando têm que esculhambar um jogo (p. Ex. Nations) eles não perdem o bom humor! (eles COMPRAM os próprios jogos para revisar, são totalmente independentes).

Bacana excelente dicas.