Fairy Tile
Olá pessoal, vamos falar um pouco do Fairy Tile, lançado pela Conclave Editora? É um jogo familiar que se passa em um Reino de terras encantadas que serão desbravadas por uma princesa, um dragão e um cavaleiro. Bem, pela temática já se percebe que pode ser jogado com crianças. Contudo pode divertir os adultos também.
Começando com a ficha técnica do jogo:
- Idade Recomendada: 8+
- Duração da partida: 30 min
- Número de jogadores: 1 a 4 jogadores
- Cartas: 40 cartas, tamanho padrão (63.5 X 88.0 mm)
Em Fairy Tile temos que desenvolver o reino completando os objetivos que estão nas nossas cartas nas páginas do nosso Livro. E como fazemos isto? Colocando tiles de terrenos e movendo os personagens.
Vou explicar melhor como as coisas funcionam. No setup do jogo os tiles iniciais são colocados na mesa as miniaturas da princesa, do cavaleiro e do dragão são colocadas nos locais iniciais. Os tiles são compostos de 3 hexágonos com os tipos de terrenos (planície, floresta, montanha e castelo). Cada jogador recebe uma pilha de cartas de páginas e uma ficha de magia vidadas para baixo. Os jogadores então viram a carta do topo do baralho que representa o objetivo a ser cumprido.
O jogo se inicia e o jogador inicial pode executar pode executar uma das seguintes ações:
virar uma página (carta) ou
desenvolver a história.
Virar uma página permite colocar a carta de página da sua mão no fundo do seu baralho e pegar a carta de cima. Também permitirá que se vire a ficha de magia para o lado ativo.
Desenvolver a história permite que ao jogador fazer uma de duas coisas: mover um personagem ou colocar um novo tile.
- Mover um personagem. Cada um dos três personagens move de um jeito próprio. A princesa move um espaço somente, mas ela pular de um castelo para o outro, como um movimento extra. O dragão voa em linha reta até a borda do tabuleiro. Já o cavaleiro deve mover exatamente dois espaços não podendo terminar o seu movimento adjacente onde ele começou.
- Colocar um novo tile. O tile deve necessariamente estar adjacente a duas bordas contíguas dos já colocados. Deve-se observar também que os rios não podem ser interrompidos, caso esteja presente no hexágono.
Neste ponto pode-se utilizar a ficha de magia. Ela permite que seja feita uma segunda ação, seja mover um personagem ou colocar o tile. Ao ser usada, a ficha de magia deve ser virada para o lado inativo.
Após a conclusão da ação
desenvolver a história deve-se verificar se a história foi contada, ou seja, se o objetivo da sua carta de página foi atingido. Caso tenha sido, esta carta deve ser lida e colocada virada para cima em uma pilha de objetivos cumpridos.
Os objetivos são vários: Que um personagem veja algum terreno ou outro(s) personagem(ns) em linha reta, visitar determinado local, terminar o movimento fazendo dois personagens se encontrarem, ou mover sobre determinado tipo de terreno.
O jogo prossegue com os jogadores alternando os turnos até que alguém consiga completar todas as suas cartas. Quem completar as suas cartas primeiro é o vencedor! No final o vencedor pode ordenar as cartas pelo número no canto inferior e ler a estória que ele criou.
E o que eu achei do jogo?
Bom, vou começar elogiando a produção dele. As miniaturas são muito bonitas e bem pintadas. Os tiles também são de boa qualidade e gostei das ilustrações que remetem ao tema do jogo (conto de fadas). Ah, as fichas de magia são de madeira com detalhes em dourado. O ponto negativo da produção é que, apesar do insert comportar muito bem os tiles e as miniaturas, não cabem as cartas com sleeves. Em todo caso elas cabem em cima do manual.
Este é um jogo familiar que eu gostei. Ele e bem produzido, tem um tema que agrada as pessoas, é rápido e tem decisões interessantes.
Outro ponto que eu gostei e que é que os personagens podem ser movidos por qualquer um. Isto faz com que existam uma tendência natural ao tabuleiro mudar (personagens movidos ou tile adicionados) consideravelmente entre os seus turnos. Esta característica tonar o jogo dinâmico, pois desencoraja turnos demorados. Nem adianta pensar jogadas a frente, pois com certeza as variáveis irão mudar.
Do outro lado esta característica pode incomodar aquelas pessoas que gostam de planejar as coisas. No jogo, você terá que se adaptar ao “tabuleiro” que recebeu na sua vez.
Neste ponto que a ação virar uma página, que inicialmente me pareceu ruim, melhorou muito no meu conceito. Esta ação permite ganhar uma magia, que é bem útil, pois permite fazer duas ações no mesmo turno. Outro bônus desta ação é trocar um objetivo que pode parecer impossível no momento. Só lembrando que fatalmente ele virá na sua mão novamente.
Em relação ao número de jogadores, joguei com 4 e 2 jogadores. Gostei mais com 04 jogadores. A característica do “tabuleiro” mudar mais entre seu turno é bem interessante. Fica observando as jogadas das pessoas e tentava calcular se conseguiria cumprir o objetivo da minha carta.
Em duas pessoas iniciou um pequeno impasse. Um jogador movia um personagem e outro desfazia o movimento. Quando percebemos isto, uma pessoa mudou a jogada e o jogo prosseguiu sem problemas.
Por último vou repetir algo que falei no começo. Pela temática o jogo chama bastante atenção das crianças. Caso o pequeno saiba ler, creio que possa ser uma boa opção de jogo. Como ainda não joguei com crianças não posso opinar melhor. Também joguei com adultos e nós nos divertimos. Como ele é rápido e dinâmico, pode servir para abrir ou fechar jogatinas.
Então é isto,
Abraço!
Edson, BGG II