Recentemente comecei a procurar pelas duas expansões do Guerra do Anel – Senhores da Terra média (2012) e Gerreiros da Terra Média (2016). Ambas as expansões dão um upgrade significativo no jogo de maneira totalmente independente, já que possuem conceitos diferentes de jogabilidade e não afetam em nada o jogo original, caso não sejam colocadas para rodar na mesa.
Ainda é possível encontrar ambas as expansões disponíveis para compra em alguns sites da internet com preços relativamente salgados, mas justificáveis já que as caixas vêm com diversas miniaturas.
O que realmente me aborreceu bastante foi o fato de que não é mais possível encontrar a miniatura do barbárvore disponível na versão de Senhores da Terra Média que foi lançada pela Devir já faz alguns anos. Esta miniatura fez parte de uma promo lançada lá fora e foi incorporada nas primeiras tiragens de venda desta expansão.

Hoje, todas as cópias que encontrei para venda já não contém mais a miniatura como parte da caixa, o que me deixou bem triste pois a miniatura é muito interessante. Ela traz uma carta de personagem bem legal que pode ser usada durante a partida e dá alguns benefícios para os povos livres.
Além disto, este personagem consta como uma das cartas disponível na expansão de 2018 e é interessante ver que a miniatura não acompanha a carta.

Com relação à minha análise de ambas as expansões, eu não me motivei muito a adquirir a primeira que traz diversos personagens adicionais do universo de Tolkien que incluem Elrond, Galadriel, Sméagol, Gothmog e o Balrog, além de um bônus adicional com as miniaturas de Aragorn e Gandalf o Branco – estas fazem falta na versão básica do jogo, pois são diferenciadas por um tile redondo que é colocado sob a miniatura, que no final a gente acaba não utilizando.
Ainda nesta expansão, a parada de dados aumenta consideravelmente (5 dados) quando temos estes outros personagens no tabuleiro do jogo, o que pode fazer com que as regras fiquem bem mais complicadas de entender e explicar para os outros jogadores.
Entretanto, para fãs do jogo e do universo de Tolkien, esta expansão é um prato cheio pois adiciona muitos outros conceitos interessantes: E se os elfos Guardiões dos Anéis tivessem usado seus anéis de poder para desafiar Sauron? E se o Balrog tivesse subido para fora de Moria trazendo fogo e fúria para as terras dos povos livres? E se o Conselho de Elrond decidisse de maneira diferente em relação à Sociedade do Anel?

Já a segunda expansão lançada anos depois traz já um conceito diferente de facções mais focado nas estratégias de batalha e movimentação de tropas que dá outra mecânica para o jogo.
As facções incluem diversos grupos e criaturas que, durante a Guerra do Anel, apoiaram os Povos Livres – Os mortos do Templo da Colina, os Ents de Fangorn e as Grandes Águias das Montanhas Sombrias – ou a Sombra – os Corsários de Umbar, os Terrapardenses e as Aranhas Gigantes.
É possível durante a partida mover ou recrutar estas Facções pelo tabuleiro e fazer uso delas aplicando cartas de evento geralmente atreladas a personagens.
Eu particularmente achei esta expansão mais interessante e indispensável para quem é fã deste jogo.

Como conclusão, posso afirmar que ambas as expansões são interessantes e trazem conceitos diferentes ao jogo base. Porém, vale ressaltar que os jogadores foquem primeiro em destrinchar as regras da versão base antes de partir para estes novos desafios. Depois de jogar algumas vezes, introduzir gradativamente a primeira expansão e somente depois que ela estiver bem digerida, partir para a segunda. Prepare-se para ter uma mesa bem grande para comportar toda esta parafernália!!
Não deixe de compartilhar suas experiências nos comentários e me corrigir caso eu tenha omitido alguma informação importante.
Abraços.