Estamos navegando pelas correntezas do destino, atrás de iluminação e sabedoria divina.
Ou algo parecido com isso...
Como de costume, vídeo com regras detalhadas logo acima, e comentários aí em baixo.
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E certo.
Neste jogo vocês vão criando caminhos, por onde seus peões vão deslizando.
E seu objetivo é permanecer o máximo possível dentro do tabuleiro, porque, se seu peão deslizar para fora de uma borda, ele está fora da partida.
Na prática, todos começam com seus peões na borda.
Turno a turno, vocês vão baixando peças de caminho de suas mãos, de forma a dar continuidade ao caminho de seu peão.
A parte divertida é que se a peça que você colocou dar continuidade ao caminho de um adversário, ele também é movido.
Para terminar seu turno, compre uma carta para repor a carta usada.
E como comentei, se a qualquer momento um peão voltar para a borda do tabuleiro, ele está fora da partida.
Vence o último peão no tabuleiro.
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A primeira coisa que você deve ter notado é que este jogo é extremamente simples.
Acredito que isso por si só já defina o jogo para mim.
Então, já dá para imaginar que, mesmo com novos jogadores, você explica a regra e já começa a jogatina em questão de minutos.
Na verdade, mesmo se você não explicar as regras tem gente que entende. É fácil deduzir o que você pode ou não fazer só assistindo o turno de outro jogador.
Um ponto estranho que merece ser comentado é sobre seu visual.
Este é um abstrato que chama muita atenção na mesa. Ele tem uma aura que prende os jogadores, e parece ter efeito ainda mais forte sobre jogadores que não estão ligados ao hobbie.
E vale dizer que o jogo é pacífico.
Vocês terão um leve "dedo no olho" durante as partidas, já que suas jogadas interferem nas jogadas adversárias. Porém tudo aqui faz parte do fluxo do jogo. A própria regra te obriga a colocar sua próxima peça no caminho de seu peão, então os outros jogadores acabam não te culpando tanto por atrapalhar os planos deles.
Mesmo jogadores mais agressivos não encontram tanto espaços para encrenca, e podem se dar mal ao se aproximarem de peões adversários.
Pelo menos nas minhas mesas, tudo seguiu seu caminho e ninguém ficou chateado.
Este é realmente um jogo zen.
Agora.
O jogo possui eliminação de jogadores.
Não que isso seja um grande problema, já que as partidas são rápidas. Mas ser eliminado no começo do jogo é frustrante.
Outra questão vai para a sorte na compra dos caminhos.
A regra é clara ao indicar que a peça que você jogar deve dar continuidade ao caminho de seu peão, mas é possível que todos os caminhos em suas mãos acabem levando para sua própria eliminação.
Nestes casos, nada pode ser feito.
Por isso digo que você não possui um bom leque de decisões para tomar neste jogo. São 3 cartas na mão, das quais uma vai para a única posição válida no mapa.
Também vale dizer que Tsuro suporta até 8 jogadores, porém quanto maior o número de pessoas, menor será seu controle sobre seus caminhos.
Perceba que o número de jogadores define também o número de peças que entram no mapa entre cada um de seus turnos. Então o caminho do seu peão acaba sendo construído mais pelos outros jogadores do que por você mesmo.
E só arrematando o que comentei também no vídeo.
Por conta de todas estas características que comentei, acabo vendo Tsuro como o jogo perfeito de espera, no sentido de esperar atrasados na jogatina mesmo.
Tanto a preparação como a organização na caixa são tão rápidas quanto a explicação de regras. Afinal temos um tabuleiro, peças embaralhadas em uma pilha, e peões.
Sem contar que este jogo possui uma aura que prende os jogadores, seja por sua simplicidade ou beleza. Isso acaba atraindo as pessoas mais dispersas para a mesa, e chamando atenção de quem nunca se importou com boards.
E sem maldade.
A própria eliminação de jogadores acaba ajudando um pouco. É comum as pessoas que vão saindo da partida começarem a recepcionar os atrasadinhos, ou mesmo organizar o material da próxima partida.
Não vejo Tsuro como o prato principal do dia, e não recomendo para veteranos. Ele é simples demais, e com poucas decisões turno a turno.
Porém há tempos não via um jogo que encaixasse tão bem naquele momento de espera.
Não é um jogo ruim, é divertido, mas parece que ele ocupa um espaço muito específico dentro de uma coleção.
Edlomax::Gostei mais da versão Of The Seas. Esperando ansiosamente sair aqui no Brasil.
Pois é... Acho que a temática do Tsuro of the seas se encaixa melhor na mecânica, mas tende a ficar mais aleatório com os monstros.
No fim vai do gosto do jogador rss.
Tenho o aplicativo, mas não sei se compraria fisicamente, pois se esgota com relativo número de partidas, mesmo cada uma sendo bem diferente uma da outra, pois às vezes pode-se ter a sensação de o jogo estar te controlando, não o contrário.