Literatura Boardgamer: Triora
Quatro figuras sombrias andavam pela cidade deserta a noite. Estavam juntas, mas logo se espalharam. Não muito longe dali, um homem de armadura andava sozinho a procura de bruxas.
Triora, vila italiana localizada na Ligúria. Famosa por queimar bruxas, mas que agora estava pagando o preço. O espirito de Morgana guiara até lá quatro bruxas muito poderosas nas suas especialidades distintas – Druantia, bruxa especialista em magia da Natureza; Clidina, bruxa expert em magia da Água; Brigid, especializada em feitiços de Fogo; e Cerida, bruxa com foco em Transmutação; – e junto de seus familiares vinham se vingar da cidade.
De dia, preparavam as ervas para as poções que usariam mais tarde. De noite, atacavam as várias localizações da cidade. Seus animais familiares também ajudavam na ronda, trazendo ruína por onde passavam.
Por ser um lugar em que antes haviam várias bruxas, o resíduo mágico do lugar era alto; As bruxas podiam tirar proveito de lugares como a antiga Torre do Mago, tirando proveito da magia residual. Havia o Círculo das pedras, usado para rituais e sacrifícios por outras bruxas e que elas agora usavam para aumentar seus poderes. Ainda na cidade, havia ainda um Covil de alquimistas, onde podiam conseguir mais poções.
Subornavam ainda os guardas do castelo para ter acesso a figuras importantes e enfeitiça-las. Recrutavam mortos vivos no cemitério e enfeitiçavam aldeões para ajudar na vingança.
E apenas ao solitário inquisidor restava a tarefa de persegui-las. As quatro tinham de tentar disfarçar seus feitos para que o Inquisidor não seguisse seus rastros. Quando isso não era possível, fugiam para a floresta, onde ele não conseguia achá-las.
Ainda tinham o auxílio de Morgana, que as abençoava com seus poderes. Mesmo assim, um encontro com o inquisidor era sempre danoso e ele sabia identificar os seus familiares e os atacava. Conseguiam fugir, mas muitas vezes apenas por pouco. Se o inquisidor conseguisse sobrepujar suas forças, capturando uma delas com sucesso e condenando à fogueira, a missão teria de ser interrompida. Ainda que trabalhassem sozinhas na maior parte do tempo, isso destruiria a harmonia de forças do grupo e as demais seriam obrigadas a recuar.
Enquanto continuavam a solta, Triora ruía sob seus poderes e não haveria descanso até que pelo menos três dos quatro principais pontos da cidade fossem completamente destruídos e servissem de exemplo para quem matava bruxas. Poderiam enfim partir da cidade, deixando o caos para trás e comparando seus feitos.
