Sobre a competitividade
Meu irmão é uma pessoa tóxica em todos os jogos que ele joga, desde basquete até jogos online, e, com a história a seguir, provou-se tóxico também nos jogos de tabuleiro.
Eu ganhei uma partida de Isle of Skye por 2 pontos, fazendo no final um super combo com pergaminhos e ovelhas que me deixou bastante orgulhoso de mim mesmo. Não foi uma virada, porque mantive a liderança durante todo o jogo, mas na última rodada, meu irmão deu uma estilingada inacreditável, um daqueles momentos que você fica falando depois da partida, de tão empolgantes, mas em vez disso, ele preferiu o seguinte diálogo:
-“Você só ganhou porque a Olivia e a Amanda são ruins e deixaram você comprar essas peças.”
-“Ué? E por que VOCÊ não me impediu de comprar essas peças?”
-“Porque senão eu iria ganhar poucos pontos”
-“E elas também ganhariam poucos pontos”
-“Mas elas são ruins! Nunca iriam ganhar mesmo, então elas têm que focar em quem está em primeiro”
-“O que?! Não! Todo mundo tem que fazer seu jogo!”
-“Cara, sempre tem que focar em prejudicar o jogador que está em primeiro, se você não sabe disso, então você não sabe jogar boardgames!”
Imediatamente lembrei do Tabulices, do Círculo Mágico, do Casco Azul, e de que o objetivo é ganhar, mas o que importa é o objetivo.
Apesar do relato, não tenham uma má impressão do meu irmão, ele é um amor de pessoa, quando não está jogando, bebendo, brigando ou trabalhando.