Um tipo de frustração citada foi aquela em que vc vê nitidamente o momento que sua estratégia foi por água abaixo pq alguém fez "aquela" ação antes de vc. Mas outra frustração semelhante, ainda mais... frustrante... que não foi dita é aquela em que vc mesmo é o responsável pela besteira que te fez perder o jogo. Seria uma "auto-frustração".
Exemplifico: eu estava jogando Tzolkin em 2 jogadores com um amigo, e já no quarto final do jogo ele estava bem tranquilo na dianteira da pontuação, mas eu vislumbrei uma sequência de jogadas interessante e me programei para fazê-la, com vários cálculos com recursos e milho (o "dinheiro" do jogo). Porém no meio da "jogada épica" percebi, com tamanha decepção, q comecei a falar alto pra mim mesmo, me lamentando "putz, contei errado, falta um milho, falta um milho, falta um milho".
O meu oponente estava tão certo da sua vitória, qual sua vantagem em relação a mim, que perguntou se eu estava maluco, q um milho não iria fazer diferença nenhuma como o jogo estava. E realmente como jogada isolada nada mudaria, mas como uma combo de 3 rodadas em sequência, na minha cabeça, fazia todo sentido, se não fosse... Um milho...
Chegou ao ponto de incredulidade que ele aceitou continuar jogando com a hipótese de eu ter um milho a mais, só para ele ver se era possível, tal foi a desolação q minha cara de frustração transpareceu. E eu mostrei, fiz as 3 rodadas combando loucamente, recursos, construções, evoluções e avanço em trilhas, oq causaria uma virada épica em que eu venceria por 2 pontos de diferença.
Mas tudo no campo da nossa curiosidade, pq no final das contas sabíamos q o certo é q ele havia ganho. Não por uns 15 pontos, como o placar final transpareceu, mas por... Um milho...

E aí entra a auto-frustração, pois se, lá no início do jogo eu tivesse feito alguma jogada um pouco diferente, que tivesse dado um mísero milho a mais, não seria uma derrota.

Por um milho...

Mas até hj esse é uma das partidas mais lembradas por nós.

Excelente escolha de tópico, gostei muito quando foi citado que a diversão nem sempre está ligada diretamente à estarmos ficarmos alegres. 

Sobre os jogos citados o Robinson é o único jogos que a frustação me diverte porque ela faz parte da mecânica, já jogos como Pandemic ou o Eldrith são jogos que as vezes me deixam irritados pois a aleatoriedade acaba com toda a diversão da partida.

Abracos e sucesso!!!

Digitei o max de caracteres.
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Antes eu tinha elogiado vocês pela qualidade do programa. Agora eu vou comparar com outros podcasts da Ludopedia. O Tabulices é muito superior aos outros que ouvi enquanto estava na seca pelo Tabulices (faltou a Informação#40 de que teríamos que esperar mais um pouco por um novo episódio). A conversa é muito mais agradável e menos caótica.
Mais uma vez, parabéns pela qualidade! Continuem, pois o trabalho de vocês é Legal e Perfeito. No entanto, ainda aguardo episódios com convidados. Além disso, Uma fonte de inspiração para episódios pode vir do fórum geral da Ludopedia. Tem gente que reclama de muitas coisas, como birra com um jogo devido ao tema ou autor ou quanto a questões de balanceamento.

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Ep40 Informação
Passou tanto tempo que não lembro exatamente de tudo que anotei pra escrever aqui.

Em relação a iconografia, Terraforming Mars é bem claro nas cartas e elas ainda tem a descrição do que fazem embaixo, reforçando os conceitos e ícones pra quem é inexperiente no jogo. Em contrapartida, Race for the Galaxy tem a pior iconografia que já vi. Achei tão ruim que não me deu vontade de jogar novamente, apesar de muitos falarem que é um jogão.

Acho interessante também ter uma parte de perguntas frequentes nas regras, pois pode ser algo que o jogador não tinha pensado ainda, mas vai eventualmente ter essa dúvida. Alguns jogos tem tanta informação que a gente se perde. No Dead of Winter a gente praticamente ignora o “flavor text”, que são ambientações do jogo (história inicial e do vencedor, por exemplo). Apesar de serem interessantes para o círculo mágico, trazem menos importância para a jogabilidade.
A metainformação é importante em muitos jogos. No Terraforming (adoro esse jogo), o número de jogadores influencia muito a partida, principalmente no número de gerações. Com 2 jogadores demora 12-14; 5 demora 8-10. Se você não sabe isso, certamente vai fazer ações desnecessárias que não vão ajudar na pontuação final. No Magic, em geral os torneios te permitem ter um “side deck” pra poder adaptar aos adversários (principalmente quando a partida é melhor de 3). Nesse caso, a metainf faz parte do conceito do jogo. No keyforge é + difícil ocorrer pq os decks são únicos
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Ep41 Frustração
Say Bye to the villains jogamos uma vez e falhamos miseravelmente. Realmente tem uma aleatoriedade muito grande e você vai perder com 90%+ de probabilidade. Ainda tenho vontade de tentar novamente. Parecido aconteceu com Ghost Stories, onde é muito difícil de ganhar. No War eu nunca mais joguei depois que, no meu turno, joguei umas 10 vezes o dado de ataque e não consegui ganhar um único embate. Larguei a partida, mas felizmente era a segunda rodada apenas. Não impactou tanto o jogo.  Foi o primeiro e único rage quit que fiz.

Você disse que ficou muito frustrado no R. Crusoé por precisar de mais uma rodada e não ter (aliás, adorei a história), além da derrota porque ocorreu um dos poucos eventos que poderia falhar o jogo. Comparativamente, No Terraforming Mars solo eu não sinto essa frustração no jogo solo. É muito ruim faltar apenas 1 parâmetro pra ganhar o jogo, mas não me sinto frustrado nem nada. Dá apenas vontade de jogar mais uma partida e tentar novamente. O impacto de perder não é tão grande.

Em relação a jogos de 2 jogadores, você espera que o jogo seja de impedir os lances do oponente enquanto faz os seus movimentos. Isso faz parte da estratégia e do jogo. Diferente do que ocorre em mais jogadores. Acho que a gente espera que o toma lá dá cá vai ocorrer de forma mais igual e que nem sempre apenas uma pessoa será alvo dos oponentes. Então, quando todos resolvem em ir contra um jogador em particular em toda a partida é muito incomodo. Eu vejo a pessoa (na maioria das vezes sou eu que sofro) sem poder fazer nada o jogo todo e isso é realmente frustrante para a pessoa. Perde toda a graça de continuar o jogo, pois essa pessoa vai ficar muito distante do objetivo principal.

Sobre a tensão e relaxamento, isso foi uma das coisas que me fez me apaixonar por Pandemic. Na nossa primeira partida, nós vencemos, ok, achei o jogo legalzinho, vida que segue. Como o jogo é rápido, jogamos outra partida. Perdemos. Aquela sensação de derrota foi o que me fisgou. Jogamos outra. Perdemos! E mais outra. Perdemos!! E cada vez que perdíamos era por uma condição de derrota diferente e que, na primeira partida eu achei que nunca aconteceria.
Desde então, sempre que apresento o Pandemic pra alguém, eu torço secretamente por uma derrota, pra instigar o desafio nas pessoas a jogar de novo e ganhar.

E recentemente, na BGSP, eu experimentei a frustração coletiva em um jogo não cooperativo, o De Vulgari Eloquentia, na BGSP. Com mais um turno eu poderia ter virado Cardeal e com isso seria elegível para ser o novo Papa, isso se o Papa vivesse por mais um turno. Não foi o caso, e quando a notícia de que o Papa havia morrido e o jogo, acabado, todos os jogadores foram frustrados. Não sei o que meus oponentes estavam planejando, mas a pontuação final foi muito acirrada e essa morte prematura do Papa acabou com muitas estratégias. Neste caso, não tem como saber quem foi mais prejudicado, porque é tudo hipotético, mas todos sabiam que era algo que podia acontecer.

Aproveitando que falei sobre o De Vulgari Eloquentia, fica como sugestão de tema a importância do Hype para o sucesso de um jogo. Esse jogo já é meio velho e bem subvalorizado, mas está sendo relançado agora com direito a Kickstarter, com toda a pompa e circunstância que acompanha esses lançamentos como moedinhas de metal, meeples personalizados, etc.
Vocês acham que isso vai influenciar no ranking do jogo? Visibilidade = popularidade? Fica os questionamentos

No mais, continuem o excelente trabalho como  melhor podcast da Ludopedia, abraços

Quando estava no meio da história do Robinson Crusoe eu já tava quase pulando, mas decidi confiar e acompanhar o relato. No fim a sua frustração valeu muito a pena para os ouvintes. Hehehehehehe
  
Achei uma boa troca na introdução do programa para trazer algo novo e casou bem com o tema proposto.
 
Forte abraço

já não bastasse os podcasts bons demais, tocou ainda um porcupine tree. sem mais.

Confesso que não dei muita bola pro tema desse episódio e acho que por falta de expectativa me surpreendi muito. Haha. Parabéns novamente.

Acho que esse tema é realmente muito relevante ao hobby, principalmente porque os dois jogos mais conhecidos do senso comum são também as duas maiores experiências de frustração possível nos jogos de tabuleiro. 

War e sua promessa estampada na capa de ser o "jogo da estratégia" e não passar de um desafio de dados.

Banco Imobiliário onde o pior de cada conhecido é exposto em um jogo que não tem nada de administração nem investimento.

Talvez seja por essas duas frustrações coletivas que muitos narizes são torcidos frente a jogos modernos muito mais desenvolvidos e gratificantes.

Outra coisa que achei interessante foi vocês rasgarem elogios ao Diplomacia e levantarem tantos pontos frustrantes no A Guerra dos Tronos: Board Game, sendo que o segundo é apenas uma reimplementação do primeiro. Creio que a mecânica negociação traz inevitavelmente uma situação complicada pois há um equilíbrio imposto pelos jogadores no boicote às jogadas de um jogador tido como mais apto, dotado de melhores recursos ou mais avançado. A sensação de "Persiga o Líder" creio que seja inevitável e infelizmente os acontecimentos políticos do mundo demonstram como isso é uma regra não apenas vigente no mundo dos jogos. Quando a política, que é um jogo de ganha-ganha e negociação não consegue manter o apoio e se torna um jogo declaradamente competitivo, quem está na frente inevitavelmente ira concentrar um boicote generalizado e o segundo colocado é normalmente (o vampiro) que vai se beneficiar com isso. Creio que tendo isso em mente é preciso já se preparar para essa situação em jogos onde escolher atrapalhar é uma possibilidade. Nesses jogos vale a pena segurar um pouco os recursos e ficar a espreita do líder, manipulando a vontade geral em canalizar seus esforços para boicotar a liderança e você ser capaz de assumí-la a poucos momentos antes da coroação. Entendo que possa ser frustrante e que quebra muito o círculo mágico, porém são regras não escritas mas implícitas a jogos de confronto direto e competição.

Um abraço,
Estevão Ferreira

Comecei a escutar esse podcast por curiosidade, vindo do Bola Presa. Um ano depois já estou com uma coleção de dez jogos e crescendo. Muito obrigado, Danilo, por ajudar a gastar os módicos recursos de um professor de ensino infantil!

Sobre o tema, uma das frustrações é que moro em Paraty, uma cidade pequena, e ainda não consegui juntar um grupo para jogar. Mesmo minha esposa não se interessou muito. Portanto, jogo quase sempre solo.

Outra frustração, quase tão inacreditável quanto a do PH, foi quando fui apresentar os jogos a alguns amigos. Eles se interessaram por Pandemic, eu mostrei o básico e, quando montava, saíram no sorteio quase só doenças pretas.

Movimentei  o médico para perto, para na rodada seguinte começar a limpar lá, então comprei as duas cartas. Uma era de epidemia, deu um monte de outbreak e acabaram as peças pretas. Perdemos na primeira jogada, o pessoal achou isso idiota e foi jogar truco. ..

Uma notícia boa, pelo menos: recentemente, abriu uma luderia aqui!

Abraço e parabéns pelo podcast, sou muito fã de vocês!