Em geral eu evito ter preconceitos desse tipo e prefiro experimentar de tudo, nem que seja uma vez só. Comecei com os euros clássicos (foi com eles que comecei e continuo preferindo), depois fui pros euros modernos (é a preferência da maioria do pessoal daqui então estou sempre jogando também), ameritrash (achei Nexus Ops bem divertido), já joguei jogo "épico" (tenho uma partida de Mega Civilization no currículo e jogaria de novo fácil, embora seja meio complicado separar um dia inteiro pra um jogo), jogos econômicos de trem (desde os mais rápidos como Chicago Express aos mais pesados como os 18XXs), cooperativos (já joguei XCOM e Zombicide, esses não curti muito mas jogaria de novo), fillers (uma pancada deles - inclusive For Sale é um que jogo há anos e nunca enjôo), abstratos, tudo quanto é party game... Acho que a única grande categoria que me falta conhecer melhor são os wargames (eu já tive o solo Field Commander: Alexander, mas não sei se conta). Idem pra arte, já joguei coisas com tabuleiros que de tão bonitos dava pra mandar emoldurar e pendurar na sala, outros que são feios de doer (sim, já joguei o Food Chain Magnate). Claro, com o tempo a gente vai percebendo o que agrada mais, mas acho importante testar antes de formar opinião. Uma história que eu sempre conto é que eu passei um bom tempo procurando pelo jogo Antike, do Mac Gerdts, mas nunca consegui. Até que alguém me ofereceu o Imperial numa troca e eu acabei pegando, mas meio desconfiado porque por muito tempo eu achava que seria simplesmente impossível um jogo sobre "economia" ser divertido. O resultado é que eu achei o Imperial ESPETACULAR, hoje é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos e boa parte da minha coleção, inclusive vários dos meus preferidos, são de jogos econômicos, que talvez eu nunca tivesse conhecido se tivesse me recusado a testar qualquer coisa do gênero por continuar achando que era impossível jogo econômico ser legal.
O que foi acontecendo ao longo do tempo foi que eu fui ganhando uns "pós-conceitos" mesmo. Por exemplo, hoje em dia eu já não vejo muita graça em jogos de alocação de trabalhadores (pior ainda se for alocação de dados), me parece que são muito similares e a interação se resume a escolher alguma coisa antes que alguém escolha. Também não acho muita graça em jogos baseados em deck building, e acabo tendo uma certa má vontade com jogos desses de montar seu tableauzinho, daí o fato de eu gostar bem mais dos euros clássicos (Tigris&Euphrates, Tikal, Roads&Boats, Santiago, Arte Moderna, Power Grid, Brass, Imperial, Indonesia, Fearsome Floors, Gheos) que dos modernos. Eu gosto mesmo é de todo mundo num tabuleirão central, com as suas ações podendo ter várias implicações (negativas ou positivas) no jogo dos outros, e não otimização quase individual, e muito por conta disso que também amo jogos de trem.