RCons::Eu tive a mesma curiosidade que você, quando descobri o ranking da Ludopedia, no final de 2015, e abri um tópico (que agora não encontro...!), para discutir os motivos. Fiz um comparativo do Top 50 do BGG em relação ao da Ludopedia. Foi bastante esclarecedor.
Algumas das idéias que surgiram lá eram:
- Jogos lançados no Brasil tinham muito mais notas. Naquela época, o acervo das editoras era minúsculo, comparado ao que temos hoje. Jogos que estavam no Top 100 do BGG não figuravam no Top 500 daqui.
- Muitos jogadores tinham menos de 20 jogos na coleção (diferente dos gringos, como você já discutiu em outro post), então os critérios utilizados para dar notas eram enviesados, devido à amostra viciada e pouco conhecimento do que 'existe por aí'. Alguns jogos que não apareciam no Top 500 do BGG estavam no Top 50 daqui.
- Alguns jogos tinham seu ranking artificialmente alterados, por usuários-clone (que davam notas 'falsas', já falamos disso em outra ocasião), e uma amostra muito limitada, estatisticamente falando.
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Enfim... Muita coisa mudou desde então (lançamento quase que simultâneo, 'saneamento' de fakes no site, usuários mais informados), mas ainda temos um pouco de viés.
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Claro, tem um outro viés, que você vê no teu Top 10 (e que também acontece no meu): as tuas preferências são bastante específicas. Você tem 5 jogos que não aparecem em nenhum dos Top 100 do BGG ou da Ludopedia. Cry Havoc e Sekigahara, por exemplo, eu nunca joguei, ou vi na estante de ninguém dos meus grupos...
Oba Ricardo.
Otimo comentario. Pontos excelentes.
Sobre as rates infladas e enviesadas sao coisas que tb ocorre no BGG. Tanto que o BGG tem um numero minimo de votos para rankear um jogo, e ainda aplica uns votos para reduzir as notas malignas em jogos. E provavelmente sera um problema eterno em qualquer sistema que va fazer rank via voto popular. Infelizmentenao nao tem solucao facil, e voce acaba apenas com uns patches para tentar parecer que tem uma metodologia para arrumar os votos dos haters & chillers.
No fundo, acho que pelo que voce descreveu a situacao melhorou muito em relacao a 2015. Confesso que so comecei a botar o pe no mercado brasileiro no fim de 2016, e de la para ca eu notei uma diferenca enorme, somente criando uma conta aqui na Ludopedia no fim do ano passado.
Agora a parte mais interessante: O Top 10. Primeiro, seria interessante ver mais dado, se voce nao se incomodar de fazer uma tabela (simples mesmo) com o seu top 10, eu caco os ratings dele e adiciono no body do post para ter mais dados.
Especificamente: Cry Havoc esta sendo lancado aqui no Brasil pela Galapagos. E um jogo de area control com muita assimetria que joga em 60 a 90 min.Tem uma pegada tipo o Blood Rage, so que com um deck builder e nao um draft para voce pegar suas cartas. Se voce gosta de jogo do tipo Dude on the maps, e uma excelente opcao. Se nao for sua praia, realmente nao vai curtir.
Ja o Sekigahara, é uma coisa q tinha notado aqui no Brasil, que jogos da GMT sao muito, mas muito, raros. Ate hj so encontrei mais dois que ativamente importam jogos da GMT. E eles são um dos meus publishers favoritos e tenho varios jogos (acho que so FFG, por conta de expansoes ganha deles na minha colecao). De qq forma, a GMT tem uns jogos espetaculares, o Twilight Struggle (esse ate saiu no Brasil), Dominant Species, Space Empires, COIN System (sao uns 7 ou 8 jogos), Sekigahara, Command and Colors Ancient (pai do Memoir 44), Talon e o recem lancando SpaceCorp (que to tao empolgado que to considerando jogar solo). Realmente eles tem muito, mas muito jogo de alta qualidade, com precos super justos.