A disputa entre os trabalhadores na construção da cidade de Santorini está acirrada, então é chegada a hora de pedir ajuda aos deuses!!!
E de brinde, segue o vídeo da expansão Velo de Ouro:
Como de costume, você encontra as regras mais detalhadas aí em cima, e segue o texto.
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Para você ter uma ideia do que esperar, este jogo é um abstrato, simples de ensinar, fácil de jogar, e com uma rejogabilidade absurda.
No seu turno, você escolhe um de seus trabalhadores, movimenta ele um espaço, e constrói um nível de qualquer construção adjacente ao local onde seu trabalhador parar.
Durante o movimento, você só pode subir um andar de uma construção por vez, como se fosse uma escada. E se uma construção chegar ao nível 4 (a cúpula), não há como colocar seus trabalhadores sobre ela.
Você vence o jogo se conseguir colocar um de seus peões no topo de qualquer construção de 3 andares, ou se seu adversário não conseguir se mover no turno dele.
Só com isso o jogo já me convenceu.
Mas aí o autor resolveu colocar cartas de deuses no meio, com habilidades únicas para cada jogador, e a coisa ficou ainda melhor.
E o jogo é basicamente isso.
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Este é um jogo que conheci primeiro pelo Tabletopia, e muito tempo depois tive a chance de conhecer em formato físico.
Minha primeira impressão é que tinha encontrado um jogo moderno, só que com o mesmo ar daqueles jogos abstratos tradicionais como damas ou trilha. E digo isso por conta da simplicidade das ações, do tamanho do tabuleiro, da movimentação pelo mapa, e claro, do objetivo sem noção que todos os abstratos tem (Subiu no terceiro andar ganhou o jogo).
Sem perceber eu já sentia um ar de nostalgia jogando Santorini.
E isso sem as cartas né, porque com as cartas o jogo é outro.
Ele passa a se comportar como um verdadeiro jogo moderno, com direito a assimetria e poderes variados. E ainda assim consegue manter a simplicidade e aquele ar bom de jogar.
Só isso já é o suficiente para dizer que gosto desse jogo.
E só um comentário sobre a produção linda e exagerada.
O jogo poderia sim ser muito mais barato e com peças mais simples, mas não chamaria tanta atenção.
A qualidade dos componentes, a forma com que os componentes se encaixam, as ilustrações, as miniaturas... Tudo foi pensado para deixar a experiência de jogo perfeita. Dá para sentir o carinho do autor com sua criação (e dá para sentir no bolso também, porque isso deixa o jogo bem caro).
O fato é que muitas pérolas do hobbie acabam escondidas pelo simples fato de não chamarem atenção com seus componentes.
É só ver a versão de 2004 do próprio Santorini. Poucas pessoas dariam chance para conhecer sua mecânica, e olhe que o jogo já estava lá.
Por fim.
Santorini se aproveitou da brecha dada pela beleza dos componentes sim, mas ao meu ver também entregou uma ótima experiência de jogo.
Não me decepcionei.
o/
netoribeiro::Um jogão! Acabei pagando caro logo quando as primeiras copias do KS chegaram nos leilões, mas por ser para 2 players raramente vê mesa.
Só não tenho na coleção por conta disso dos 2 players. Aqui partidas com poucos jogadores são raras.
Mas ainda fico muito tentado com Santorini e Onitama.