Salvo engano, esses erros apontados pelo Igor estão apenas no manual da versão "deluxe".
Agora, com relação às questões de tradução, e falando como quem tem experiência profissional na área, eu consigo ver os seguintes problemas:
- metodologia: num cenário ideal, uma equipe de tradução precisa ter, além do tradutor, um revisor. No mínimo.
Nos casos em que se trabalha com mais de um tradutor (quando há prazos apertados, por exemplo) e equipe precisa de um coordenador, não apenas para distribuir o serviço, mas para padronizar vocabulário e fazer controle de qualidade, por exemplo.
Não sei se as editoras brazucas seguem essa metodologia de trabalho.
- existe uma diferença enorme entre ser um tradutor profissional e um apedeuta.
Nem toda pessoa que fala uma língua estrangeira serve para ser tradutor. Além disso, há a questão do profissionalismo.
Há um caso famoso de um jogo lançado aqui que teve termos técnicos traduzidos erroneamente de maneira deliberada, porque alguém na editora achou que "ninguém aqui conheceria os termos corretos, então optou-se por similares".
Nenhum, repito, NENHUM tradutor profissional faria isso, até por ser contra a ética da profissão.
Aí vejo esses casos, e os erros recorrentes, e imagino que não estão contratando profissionais experientes.
Um bom tradutor não cobra barato. Mas a qualidade do serviço é proporcional ao valor. Se a editora quer economizar nessa área, o resultado também será proporcional.
- conhecimento técnico: o tradutor não precisa ser um especialista em tudo. Mas se não for, deve pesquisar a fundo o assunto que está traduzindo. E, em algum casos, até mesmo consultar profissionais da área: medicina, militar, etc.
Você não precisa ser especialista em História para traduzir jogos com tema viking ou de piratas, mas quando não se faz uma pesquisa prévia, a shieldmaiden via "dama do escudo" ao invés de "Donzela Guerreira" e as chalupas e filibotes viram "caravelas e escunas".
Mesma coisa com os termos usados nos manuais de jogo.