Meus dois centavos, se me permite @paulinhoborges
Eu como apoiador de projetos, e como alguém que já sentiu na carne o outro lado (2x) sou obrigado a dizer o seguinte: não generalize. Sei que os prazos frustram todo mundo, tanto o apoiador quanto o outro lado (designer, editora etc). Acho que é a maior luta do pessoal que lança hoje via Crowdfundind, depois da produção, é tentar cumprir o cronograma de entrega.
Já tive experiências ótimas com FC no BR, como Sonhando com Alice, Café Express, Caçadores da Galáxia, entre outros, e experiências ruins como o Runicards (que até hoje o jogo não saiu, e 102% de chance de não sair nunca).
Mas é como o colega ali falou, se desvirtuou o FC e se misturou com pré-venda, não são as mesmas coisas. Sem FC, os jogos nacionais (independente das pessoas em geral gostarem ou não) dificilmente sairão do papel. Sei que tem gente que vai dizer que "o Designer que arque com estes custos, F@D$ o sonho dele eu quero meu jogo", o problema é que na maioria dos casos, nem o designer, nem a editora tem como bancar os custos fixos da produção BR, ou ainda se é uma editora maior, o FC serve para "medir" o número de pessoas interessadas. Sem contar que o FC dá uma boa visibilidade ao projeto indie, e é uma forma de conseguir disputar um pouco da atenção dos blockbusters internacionais.
Sobre os preços, realmente é difícil de controlar este fator, alguém vai vender depois de receber o jogo, normalmente a editora ou o designer tem pouco controle sobre isso. Pode até dar um preço sugerido de venda, mas a loja/vendedor não é obrigado a seguir.
Não estou questionando a tua indignação Paulinho, a gente como amante do hobby se frustra com essas paradas mesmo, eu às vezes me frustro, mas só para deixar mais claro com um olhar um pouquinho mais amplo que tenho hoje.
