Descolado:: Bom, eu vou postar aqui a MINHA opinião e espero que ninguém aqui acate isso como "verdade absoluta" [risos].
Acho que usar EUROS para diferenciar TÁTICA de ESTRATÉGIA é meio confuso, mas esses dois conceitos não são a mesma coisa. Diga isso para um fã de WARGAME e ele bota você no meio de pneus, joga gasolina e acende o fogo. É mesmo que chamar o DESCENT de RPG (e sempre que encontro um fã de RPG eu pergunto a diferença porque PRA MIM é a mesma coisa [risos]). Mas juro que não desisto de tentar entender.
O manual do SUN TZU (Arte da Guerra) tem uma frase bem legal, que diz mais ou menos assim:
"Você pode conhecer todas as minhas TÁTICAS, mas jamais saberá minha ESTRATÉGIA".
Normalmente usa-se TÁTICAS para desenvolver sua ESTRATÉGIA. Ou seja, seu oponente vai ver tudo o que você faz (TÁTICA), mas não vai saber o que você está PLANEJANDO e aqui o texto inicial acerta. ESTRATÉGIA é sinônimo de PLANEJAMENTO. TÁTICA são ferramentas, macetes e dicas. Como jogador você pode ter ESTRATÉGIAS VENCEDORAS mas TÁTICAS VENCEDORAS não (pelo menos não nos jogos que eu conheci até hoje).
Muitos jogos possuem muita TÁTICA mas pouca ou quase nenhuma ESTRATÉGIA. Exemplos que conheci: THUNDER ALLEY e COLT EXPRESS. Pelo fato dos seus oponentes ficarem mexendo em suas peças neste dois jogos é IMPOSSÍVEL planejar qualquer coisa, não tem como aplicar ESTRATÉGIA (ou isso é muito difícil). Eu geralmente fujo desse tipo de jogo, onde não posso PLANEJAR as coisas.
Isso implica dizer que nem sempre esses dois conceitos vão andar de mãos dadas, ou seja, você pode ter um jogo com MUITAS opções táticas porém POUCA estratégia ou um jogo com POUCAS opções táticas mas MUITA estratégia. Vixi... agora eu não entendi mais nada.
Pelo que pude jogar de EUROS até hoje noto que eles são extremamente RICOS em opções TÁTICAS o que lhes confere muitas opções ESTRATÉGICAS e isso acaba confundindo esses dois conceitos, principalmente os jogos de um tal de Stefan Feld se a maioria dos jogos desse cara forem como Bora Bora (affff).
Vamos tentar sair um pouco do universo dos tabuleiros pra tentar explicar essa bagaça. Ao meu ver um bom exemplo seria:
"É como pegar MARTELO, PREGO, SERROTE e MADEIRA. Eu vou ver suas TÁTICAS (ferramentas) mas não faço a menor ideia do que você vai construir com elas (ESTRATÉGIA)."
Por essa razão eu acho importante diferenciar esses conceitos. No fundo você pode até nem perceber a diferença, mas vai estar usando TÁTICA e ESTRATÉGIA em seus jogos (e talvez seja esta a razão de você gostar tanto de um jogo e nem tanto de outro).

Aqui eu vou discordar.
No bom sentido.
Todo jogo tem Estratégia e Tática.
Você pode até não querer fazer estratégia e eu te entendo, já que é um jogo e isso demanda bastante esforço mental.
Mas alegar que o outro jogador mudar seus "peões" e estragar sua previsibilidade te impede de fazer estratégia você está pensando errado.
Em uma guerra existe muita estratégia, correto? E lá seus inimigos estão a todo instante atrapalhando elas, correto?
Por isso não terei uma estratégia? Claro que não!
Vou citar como exemplo aqui Lorenzo, mas isso vale para qualquer jogo.
Em Lorenzo existem várias formas de fazer ponto, seja através dos quatro tipos cartas ou da trilha de fé.
No início do jogo você pode estabelecer uma
estratégia que você utilizar durante a partida.
No início de cada turno, você deve reavaliar sua estratégia e estabelecer a
Tática daquele turno, para que se chegue no que já foi estabelecido na estratégia.
Por fim, deve executar cada ação na ordem certa para não perder as oportunidades.
A cada instante seus adversários farão o mesmo e (pra mim o melhor) você deve ser fluído para reagir as adversidades.
Essa é a magia dos jogos, simular situações reais.
Alguns com mais necessidade outros com menos, mas todos cheios de
estratégia.