Aconteceu nos dias 10 e 11 de março a quarta edição do Diversão Offline, primeiro na cidade de São Paulo. E antes tarde do que nunca, trago a vocês a minha visão do evento. Mesmo porque, mais um pouco e já teremos a edição do Rio de Janeiro desse ano.
Desde o anúncio em agosto do ano passado que tenho esperado pelo DOFF, principalmente por não ter sido possível ir até o Rio na edição anterior.
Esse foi o primeiro grande evento de jogos de tabuleiro que participo. As minhas expectativas eram de jogar bastante, encontrar os conhecidos, bater papo com a galera, assistir as palestras e ainda comprar uma coisinha ou outra! E tudo isso com as minhas filhas.
Fomos em três adultos, eu, Dani e Paula e três meninas, Dora, Nina e Malu. Sendo a Malu filha da Paula.


Antes do evento e sabendo de todos os lançamentos, fiz uma lista de jogos que gostaria de jogar. Dentre os 12 listados, consegui jogar 5 deles, e mais 4 que não estavam na lista. Logo no início percebi que seria difícil jogar jogos mais longos/complexos, como Tikal, Above and Below, Amun-Re e Luna. Diferente de outros eventos que vamos, como o Além do Muro, ali no DOFF estava acontecendo muitas coisas ao mesmo tempo. Além disso as mesas estavam sempre cheias, então procurei jogar quando achava mesas vazias, ou partidas que já estavam acabando e não precisaria esperar muito. Além disso eu tinha que ficar gerenciando e vendo onde as crianças estavam. Devo dizer que elas jogaram mais jogos do que eu, e vários diferentes do que eu joguei. Por exemplo o Melvin Vs Kronk, lançamento da Geek N' Orcs, que eu só fui jogar em casa depois que voltamos do evento.

Os três que mais me chamaram a atenção eram os que eu mais queria jogar: Gnomópolis, Grasse e Paper Town. Coincidência ou não, três jogos de designers brasileiros!
No sábado eu joguei Indian Summer, The Manhattan Project – Chain Reaction, Dr. Eureka, Gnomópolis e ainda ajudei a Nina que jogou Fungi com a Dani.
No domingo voltei a jogar o Manhattan, e ainda Paper Town, Grasse, Os Incríveis Parques de Miss Liz, Maracanã e Escola de Dragões.
Desses somente o Dr. Eureka e Fungi eu já tinha jogado anteriormente. Todos os outros foram novidades!
Eu perdi a oportunidade de jogar Gnomópolis em um Além do Muro que o Igor Knop e o Patrick estavam demonstrando o jogo. Infelizmente a Dora que estava comigo na ocasião ficou com vergonha (foi o primeiro evento dela) e acabamos jogando só nós duas outras coisas.
Conseguimos jogar no sábado, eu, Nina, Dani e um outro moço. Gostei bastante do jogo. Muito divertido, com várias possibilidades. E ainda mais bacana por ter a presença do Igor e do Patrick, o que dá um sabor a mais de poder conversar com os próprios criadores do jogo. Eu devo confessar que fui bem mal na partida, mas nem posso me justificar por ser a minha primeira porque todos estavam jogando pela primeira vez. A Nina deu um show e ganhou com folga! Demorei para perceber a necessidade de utilizar espaços que traziam mais gnomos para trabalhar, e dessa forma fazer mais ações na minha vez. Já fui de cara pegando os gnomos que davam dinheiro, não consegui construir muitos prédios e por isso deixei de ganhar também mais gnomos. Mas isso é normal quando jogamos um jogo pela primeira vez, tendo valido muito a experiência. Gnomópolis será lançado em breve (eu espero) pela Conclave. E fiquem de olho, porque a versão final vai ficar muito legal!
Aproveitei que todas as meninas estavam na Mandala jogando Dwar7s, que eu já conhecia para dar uma volta pelos outros stands. Comprei o pack de promos na Meeple BR. Achei bem bacana eles estarem oferecendo esse pack, muito embora eu só aproveitei as cartas do Terraforming Mars. Na sequência passei na Ludofy. Estava de olho no Indian Summer. É o tipo de jogo que gosto, e já temos em casa New York 1901, Patchwork e Barenpark que tem pegadas semelhantes, mas cada um com as suas particularidades. Dei sorte de ter uma mesa para começar. Gostei bastante do jogo, embora tenha tido dificuldade em guardar de cabeça as ações das diferentes peças (pena, nozes, cogumelos e mirtilos). Mas esse é um problema mesmo em eventos desse porte. Talvez nesse caso, ter alguma carta de referência seria interessante. A produção do jogo é fenomenal e vale a pena conferir. Talvez no momento para mim não valha a pena ter na coleção, dado que temos os outros jogos citados e que tem uma pegada parecida. Por isso eventos como Além do Muro são ótimos para jogar jogos que não temos na coleção. Em abril estivemos por lá e pudemos jogar o Indian Summer, dessa vez com mais tranquilidade.
Dr. Eureka eu tinha jogado anteriormente na casa da Paula, mas no dia a Nina não estava lá, e tendo conhecido o jogo no DOFF, me pediu para jogar com ela. Foram várias partidas de frustração para ela, porque de alguma forma, eu tenho bastante habilidade para jogar o Dr. Eureka. Ela não conseguiu ganhar nenhuma partida. E olha que foram várias delas! O interessante é que a Mandala irá trazer mais dois jogos dessa mesma coleção, Dr. Micróbio e Dr. Béquer. Os jogos estavam expostos no stand e parecem ser bem divertidos. A previsão de lançamento é para esse ano. Espero que cheguem logo. São ótimos jogos para crianças. Enquanto isso, recomendo demais o Dr. Eureka.

Eu estava com esperança de ter no stand da Paper Games alguns dos jogos a serem lançados que foram anunciados a pouco, mas eles estavam apenas em exposição. De qualquer forma pudemos jogar o Manhattan Project – Chain Reaction que estava na minha lista para conhecer. As expectativas foram atendidas, e gostei bastante do jogo. Em casa gostamos demais de jogos de cartas. No sábado a Nina jogou comigo e com a Dani, e no domingo eu fui com a Dora para mostrar o jogo à ela. A Paper Games também estava com umas promos dos seus jogos lançados para quem comprasse. Mas o mais legal foi a torre em forma de castelo para colocar as peças do Kingdomino. Um mimo completo. Deixei para comprar os jogos e o castelo no final do domingo, e quase fico sem o castelo!!
À noite tínhamos planejado continuar a jogatina na casa da Dani, mas só conseguimos jogar o Nmbr9. Todas estavam acabadas! Quanto ao jogo, achei muito interessante, mas estava cansada demais para aproveitar. Definitivamente precisa ser jogado mais vezes.
No domingo bateu aquele desespero porque diversos jogos que eu estava de olho não tinha tido tempo de jogar, nem tão pouco conseguira ver as palestras. Mas fiz questão de assistir a palestra das mulheres falando sobre a representatividade feminina. Fiquei contente por ter conseguido levar as crianças comigo. Os depoimentos de todas participantes são muito importantes para que todos tenham a dimensão do que as mulheres passam todos os dias. Não é mimimi, não é vitimismo. Não é porque você nunca passou ou nunca presenciou nenhuma das situações comentadas que elas não existam e não aconteçam todos os dias.

Na sequência a Nina e Malu logo desapareceram indo jogar por conta. A Dora ficou comigo e pudemos aproveitar jogar vários jogos juntas.
Começando pelo Grasse que estava no stand da Ludens Spirit, tivemos a oportunidade de jogar com a Dani.
De novo, a presença da designer Bianca ensinando o jogo fez a experiência ser mais interessante. Gostei por ela ter feito uma versão mais curta do jogo com 2 rodadas ao invés de 4 para que mais pessoas pudesse jogar. Mas ao mesmo tempo fiquei sentindo falta das outras duas rodadas!! O que mais me chamou a atenção no jogo foi o tema e como ele está muito bem construído com as mecânicas. Você precisa adquirir os ingredientes para fazer os perfumes, depois você faz propriamente os perfumes e no final ainda pode vende-los. A trilha onde você adquire os ingredientes é muito interessante, e é preciso pensar muito bem em seus movimentos para maximizar os seus ganhos. Eles já estavam com um tabuleiro novo para demonstração com a nova arte. Depois a Dora comentou que gostou bastante do jogo. A boa notícia é que o jogo acabou de sair em financiamento coletivo e já financiou. A previsão de entrega é novembro. Estamos no aguardo!!

Falando na Ludeka, o stand estava um desbunde. Aqueles baleiros cheios de meeples e cubinhos coloridos eram de encher os olhos. Achei muito legal o kit designer que eles têm, e estavam distribuindo para algumas pessoas. As meninas adoraram o kit e foram pegar um para cada. O kit vem com cartas, peças redondas e sextavadas, além de meeples e cubos. Um ótimo kit para quem quer tentar criar algum jogo. Elas estavam bem animadas e na volta para casa surgiram dezenas de ideas do que poderiam criar. Mas devo confessar que passada a euforia inicial até agora não retomaram nenhum projeto. Recentemente o kit da Dora foi muito bem utilizado, pois eles tiveram que criar um jogo na escola e ela levou o kit para utilizarem no jogo.
No dia anterior as meninas tinham jogado o Escola de Dragões e ficaram super empolgadas com o jogo. A Dora fez questão de me levar para jogar com ela. Foram duas partidas bem divertidas. E ainda mais especiais pelo fato dela ter me levado para jogar algo que tinha descoberto sozinha.
Outro destaque para mim foi o Paper Town, do Rodrigo Rego, a ser lançado pela Red Box. Também espero que em breve. O jogo já tinha me chamado a atenção no momento que vi a arte da capa. O desenho dando a ideia de 3D é muito legal. Jogamos Dora e eu uma partida bem disputada. O jogo tem regras muito simples, mas é muito estratégico. Não é o tipo de jogo que você pode jogar pensando somente nos seus objetivos. Você precisa ficar de olho nos objetivos dos oponentes e no que eles estão fazendo, do contrário você irá perder miseravelmente. Chegamos na última rodada com 1 meeple cada uma. A Dora conseguiu a peça que precisava, podendo ganhar de duas formas (só para poder me zoar ainda mais!). Ela também ficou bastante animada com o jogo. Aproveitamos a sugestão do Rodrigo e fomos no stand da Dijon para jogar Maracanã, também de sua autoria.
Como o jogo estava ocupado, aproveitamos para jogar Os Incríveis Parques de Miss Liz. A ideia e o tema do jogo são bem legais, mas não me empolgou tanto quanto eu gostaria. De qualquer forma fiquei contente em conseguir jogar, pois não tinha conseguido em outras oportunidades como nos eventos do Além do Muro.
Na sequência jogamos o Maracanã. A ideia novamente é bem bacana, dá uma sensação de nostalgia a tempos mais simples, quando se jogava futebol de botão. Não que Maracanã tenha alguma coisa a ver com futebol de botão, mas é aquela coisa de jogar com o avô, com os amigos, torcendo e vibrando pelo seu time. Claro que eu senti falta do meu time, e para quem gosta de futebol como eu, acho que pode fazer diferença. Seria legal poder jogar com o Guarani, não que isso faça diferença no jogo em si. Não sei como será a questão das licenças e se no final o jogo poderá ser lançado com os times mesmo ou se terá que ser genérico. Torço para que saia logo, pois é bem divertido!!!
E assim encerramos dois dias de muita diversão. E ficou aquele gostinho de quero mais, já antecipando o evento do Rio que está por vir. Inicialmente divulgado para os dias 4 e 5 de agosto, o evento passou para os dias 22 e 23 de setembro. Essa mudança bagunçou a minha programação pois a data inicial era perfeita, sendo minhas férias e tudo programado para estarmos no Rio. Agora com a mudança infelizmente irei sozinha. As meninas terão que esperar pela próxima edição de São Paulo.
