Olá!

Aviso que as impressões abaixo, como dito, são as primeiras, com base em duas partidas, ambas em 4 pessoas.

O King of New York tem várias similaridades com o King of Tokyo (patas para atacar, coração para recuperar vida, ganha com 20 de fama ou sendo o último de pé, todos com 10 pontos de vida no começo, relâmpago para ganhar energia, comprar cartas pagando energia, um espaço separado para monstros que sofrem ataques de todos fora dali e batem em todos que não estejam ali - Manhattan, o equivalente a Tóquio, mas funcionando de forma ligeiramente diferente, com uma progressão para as coisas que são dadas por manter-se ali), mas também conta com várias diferenças: todos os monstros ficam em Nova Iorque, escolhendo bairros que atacarão; há faces novas no dado: destruição, que serve para detonar as construções de NY; estrela, que vale como os pontos, mas está atrelado a carta Superstar, e precisa de três estrelas para pegá-la (uma vez com a carta, rolar estrelas passa a valer fama, sem ela, rolar um ou duas estrelas nada vale, tal como seria rolar, digamos, 2 e 2 no King of Tokyo, que também nada renderia, a diferença é que, uma vez com a carta, não importa o número de estrelas roladas, cada uma dará 1 ponto de fama, só que a carta será pega por outro, caso alguém role 3+ estrelas); a cabeça fraturada, que ativa o exército (uma cabeça, e o exército ataca seu monstro, se ele estiver num local com peças de exército; duas cabeças, e o exército ataca todos os monstros que estiverem no espaço de seu monstro, incluindo o seu; três cabeças, e todas as peças de exército ativam, em todo o tabuleiro).

A maior diferença do jogo é a destruição da cidade: cada bairro de NY tem peças de construções, com números que vão de 1 a 3, e com símbolos indicando o que o monstro recebe ao destruir tal local - basicamente são três possibilidades: fama, vida ou energia. Uma vez que a construção sejam destruída - usando as faces do dado de destruição igual ao número na peça (ou seja, dois dados para destruir um local 2), a peça é virada, e torna-se uma peça de exército. A peça do exército possuí também números (de 2 a 4, se não me engano) e indicam o que o monstro recebe caso destrua tal peça (como antes: fama, vida ou energia). Agora, quando essas peças de exército ativam, elas causam 1 de dano, por peça de exército no bairro, ao monstro ali - não há defesa, o dano é direto. De começo é tranquilo, porém mostrou-se comum, em pouco tempo, uma bairro ficar com três, quatro peças de exército, e tomar isso de dano, considerando que os monstros ainda ficam brigando entre si, não é pouca coisa.

O King of New York encerra quando algum dos monstros chega a 20 de fama ou caso haja somente 1 monstro de pé. Após jogar, notamos que ganhar fama pareceu mais rápido, mas o dano, devido ao exército, também vem de forma mais ligeira. As partidas duraram ligeiramente mais do que a média daquelas do King of Tokyo, contudo achei a diferença menor do que eu esperava nesse quesito. Pode ser que levamos sorte, mas em nenhuma das partidas ocorreu de ocorrer um momento de "lentidão", como às vezes acontece no King of Tokyo, principalmente quando restam só 2 monstros. A presença das peças de exército garantiram uma tensão constante para os resultados das rolagens, e não havia local seguro para monstro algum. O King of New York é, então, uma evolução do King of Tokyo? Em termos de complexidade, sim. Não que o King of New York seja um jogo complexo, longe disso, mas ele tem mais regras e oferece mais possibilidades aos turnos dos participantes.

Suponho que o King of New York ofereça mais e agrade mais àqueles mais calejados nos tabuleiros, sendo aceito com facilidade maior e, portanto, sendo tratado com menos descaso. Acabei gostando mais do que jogo do que eu esperava, pois lera comentários diversos que o King of New York adiciona mais o que fazer e tempo de jogo, sem efetivamente adicionar mais diversão. É difícil mensurar algo como diversão, contudo achei que ambos ficam na mesma faixa, só que o King of New York mostrou-se mais interessante, quiçá com uma sobrevida maior nas mesas de jogo; só que, claro, não deverá funcionar tão bem quanto o King of Tokyo para quem quer algo para jogar com crianças pequenas e outras pessoas que não querem/aguentam/lembram-se de mais do que 20 segundos de regras.

Os componentes são da mesma qualidade daqueles no King of Tokyo - dados grandes, marcadores de cartolina para os monstros, cubinhos verdes para energia - com a adição de peças para as construções/exército e, claro, um tabuleiro que, efetivamente, parece um tabuleiro. Mas isso, claro, age no preço: o KoNY sai por US$ 49.99 enquanto o KoT fica por US$ 39.99 (claro, isso valor de tabela, em lojas online custa menos).

Tal como o King of Tokyo foi lançado, o King of New York também peca por não haver diferenciação efetiva entre os monstros (o que, no primeiro, só foi resolvido com a expansão, quando da adição das cartas de evolução), o que, claro, será resolvido numa futura expansão. Mesmo assim, no geral, o King of New York foi aprovado.

E é isso!

Abs,


Crédito das imagens (em ordem):
russ