Mestre dos Dados Resenha #68: Pathfinder Cardgame
Olá galera, voltando hoje com mais uma resenha para vocês, dessa vez com um jogo que considero como uma substituição muito boa para aqueles que têm uma pequena saudade de jogos de RPG de mesa, como D&D por exemplo, e não está mais com tanto tempo de jogar assim, estou falando do Pathfinder.
Sobre o Jogo
Pathfinder é um jogo de aventura baseado em um mundo de fantasia medieval onde os heróis (personagens) vão, ao longo de uma campanha, fazendo aventuras e derrotando vilões que estão atormentando de várias formas possíveis os reinos do jogo. O jogo segue bem a risca o que seria uma aventura clássica de RPG de mesa, fornecendo uma campanha onde os jogadores poderão seguir a evolução de um personagem e uma história relatando cada acontecimento que os heróis terão que resolver ou que estão passando.
O jogo é feito para 1 a 4 jogadores com a caixa base, mas pode ser expandido até 6 jogadores com a adição de uma pequena caixa de expansão de heróis extras (eu particularmente acho muito melhor jogar com 6 personagens), sua partida leva um tempo médio de 60 minutos e seu objetivo nada mais é que o clássico dos jogos de fantasia medieval, derrotar criaturas que estão atormentando a cidade.
Ele possui um conjunto de mecânicas que muito me agrada, mas as principais mecânicas dele são a montagem de deck, que é feita pelos jogadores ao longo da campanha quando eles vão explorando os locais e derrotando as ruínas, e assim, adquirindo novos itens e armas para deixar o seu personagem mais forte. Também temos os jogadores com diferentes habilidades, que retrata as classes de personagens no gênero de RPG, cada um deles com um conjunto de poderes e atributos bem particular para a sua classe de personagem. E por fim, nós temos uma mecânica que não é do agrado te todo mundo, mas que tinha que ter nesse jogo, a rolagem de dados, esse jogo não seria muita coisa se não tivesse isso, é o que o torna para mim algo bem próximo do RPG de mesa.
Sequência de Turno
Em Pathfinder, o turno de cada jogador segue uma sequência bem simples e fácil de memorizar rapidamente, ele poderá se mover, trocar itens com um aliado que esteja no mesmo local que ele, e explorar um local onde ele estiver. Cada jogador, na sua vez, deve fazer essas ações em ordem, até que tenha feito todas as ações que desejar, completando assim a sua mão e passando a vez.
Componentes do Jogo
Bem, aqui não tem muito o que se falar, ele é um cardgame, logo, ele basicamente só possui cartas como componentes, cartas essas que se dividem em vários tipos, como as de aventura, cenários, locais, criaturas, vilões, lacaios, barreiras, magia, itens, armas, armaduras, benção e aliados.
Cada uma dessas cartas é utilizada em todos os cenários de jogo e são divididas entre dádivas e ruínas, dádivas para itens ou coisas que podem ou vão ajudar os jogadores na sua campanha, e as ruínas são monstros ou armadilhas que estão lá para atrasar ou dificultar a vida deles. Abaixo eu vou mostrar algumas cartas que vêm na caixa base do jogo e falar brevemente sobre a função delas em jogo.
Trilha de Aventura e Cenários
Carta de trilha de aventura, cenário e local.
As trilhas de aventuras e cenários possuem uma função parecida em jogo, elas têm uma lista de cartas que mostram a trilha que os jogadores devem seguir até chegar ao final da campanha. As cartas de cenários mostram quais capangas e vilões os jogadores encontrarão durante aquela aventura. Geralmente, para os jogadores ganharem um cenário, basta eles encurralarem o vilão e derrotá-lo, porém alguns cenários exigem que os jogadores façam coisas diferentes para se vencer a aventura, o que dá uma diversificada no modo de jogar e vencer a partida.
Cartas de Locais
As cartas de locais dizem quais os tipos de encontros os jogadores acharão quando estão explorando aquele local em específico. Uma pequena tabela ao lado da carta diz quantas e quais cartas estão presentes ali, podendo ajudar ao jogador na sua exploração para achar determinadas coisas durante a aventura.
Vilões
Os vilões, como o nome já diz, são o principal alvo dos jogadores, eles são quem os jogadores estão caçando para finalizar o cenário. Vilões tem um valor de poder consideravelmente maior que capangas e lacaios e habilidades únicas, porém para ganhar o jogo não basta apenas derrotar o vilão uma vez, pois ele pode ficar fugindo para os outros locais que estão abertos em jogo, logo, a ideia é tentar encurralá-lo fechando a maior quantidade de locais possíveis, antes de realmente ir enfrentá-lo, para que ele não tenha nenhum local para fugir.
Monstros e Capangas
Algumas cartas de monstros.
Algumas cartas de capangas.
Os monstros e capangas possuem praticamente a mesma mecânica em jogo, a diferença é que capangas são os aliados diretos do vilão do cenário, eles são geralmente um pouco mais fortes que as criaturas do jogo, têm habilidades únicas (geralmente) e permitem que os jogadores fechem os locais quando são derrotados.
Barreiras
As barreiras são alguns empecilhos para atrapalhar a vida dos jogadores de diversos modos, como armadilhas e emboscadas, geralmente essas barreiras podem atrapalhar muito a vida dos jogadores, mas as vezes podem fornecer novos itens e equipamentos para eles.
Armas, Armaduras e Itens
Basicamente essas são as cartas que mais vão ajudar os jogadores em sua campanha. As cartas de armas têm diferentes formas de habilidade e são usadas para confronto contra criaturas; as de armaduras são usadas para prevenir danos causados aos personagens; e as de itens possuem várias e várias utilidades dentro de jogo, dependendo do tipo de item.
Magias
Alguns dos personagens de jogo têm a capacidade de usar magias, sejam elas divinas ou arcanas, um jogador com essa habilidade pode guardar esse tipo de carta para lhe ajudar na campanha. Magias, assim como itens, têm uma grande quantidade de funções, que podem ir desde uma carta de ataque a uma carta de fuga. A versatilidade que as magias podem fornecer aos seus conjuradores é de extrema importância para eles.
Aliados
As cartas de aliados basicamente seguem a mesma regra de uso, porém existem dois tipos de aliados no jogo; os aliados genéricos, que podem ser definidos como nomes tipo guarda, caçador, acolita e etc; e os personagens únicos, que só representam apenas uma carta em todo o baralho e levam nomes únicos em sua carta, como “X”. Ambos funcionam da mesma maneira, porém os personagens únicos, além de possuírem uma habilidade única, podem ajudar os personagens de alguma forma em determinados cenários do jogo.
Bênçãos
Por fim, nós temos as cartas de bênçãos. Elas, além de servirem como um relógio, que conta o tempo que os jogadores têm para finalizar a aventura, também podem ser adquiridas pelos jogadores para fornecer diferentes tipos de vantagens aos jogadores.
Considerações
Bem, eu sou um jogador que venho do RPG de mesa, e quando você sai desse mundo de jogo e entra no mundo dos boardgames, você muitas vezes procura por algo que se assemelhe ao que você jogava e já conhecia. Eu era jogador antigo de D&D, jogava ele desde a época do D&D 2ª ed, e quando entrei para o mundo dos boardgames, uma das primeiras coisas que procurei foi algo que assemelhasse a D&D, e até hoje ainda busco e pego jogos nesse estilo para jogar com o meu grupo, e de todos os jogos que eu joguei nesse seguimento três deles fazem muito bem o papel do RPG de mesa, o Descent, o Arcadia Quest e o Pathfinder.
Partida em andamento.
O Pathfinder dá aos jogadores de RPG aquilo que ele busca, uma campanha onde os jogadores vão estar sempre se ajudando para vencer as aventuras e derrotar os vilões, saquear novos itens e armas e evoluir seus personagens para que eles ganhem mais poderes e habilidades únicas, e o Pathfinder entrega tudo isso de uma forma muito bem feita e encaixada em um jogo de cartas a todos jogadores, e é isso que eu admiro ainda mais nesse jogo, ele conseguiu fazer tudo isso e passar toda essa experiência de um RPG apenas com cartas.
A caixa do jogo vem com um insert para organizar melhor as cartas do jogo e facilitar a localização delas.
Sua arte e temática remete muito ao seu tema medieval, o jogador se sente mesmo jogando uma boa aventura de fantasia medieval, sentindo a cada nova aventura que seus personagens realmente estão mais fortes e prontos para enfrentar criaturas mais perigosas. No entanto, como ele é um jogo de cartas, a história que ele passa aos jogadores torna-se um pouco limitada, em todas as cartas de cenários e trilhas de aventura vêm falando um pouco sobre os acontecimentos do local e o que os heróis precisam fazer para ganhar o cenário, mas é uma história muito breve e vaga. O mundo de Pathfinder é muito grande e vasto e possui vários e vários livros no seu sistema de RPG, por isso, explicar uma história sobre o seu mundo em um parágrafo deixa tudo muito vago para os jogadores, eu acredito que se eles tivessem feito um pequeno livreto detalhando um pouco melhor a história de cada cenário, isso deixaria o jogo mais imersivo.
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