Claro que todos os que jogam, casual ou frequentemente, são jogadores, mas os “hobbystas” têm papel importantíssimo pra ampliar a quantidade de pessoas que podem se tornar jogadores, pois a grande maioria da população brasileira, acredito, não tem contato direto com jogos analógicos.
Sem os entusiastas, quem apresentará o hobby aos familiares, amigos e até desconhecidos?
A maioria dos grupos de jogadores que se reúnem ao redor da mesa dependem de um ou mais “hobbystas”, pelo que tenho observado. Tirem-se os “hobbystas” de um grupo e provavelmente o grupo de jogadores acabará.
Os jogadores gostam da diversão de se reunir pra jogar umas partidas, mas se não tiver quem os convide e os incentive, dificilmente continuam a jogar por iniciativa própria, pelo menos essa é a minha experiência pessoal com muitas pessoas a quem eu já apresentei os jogos analógicos.
Não devemos ser elitistas, nem achar que somos superiores porque jogamos Terra Mystica e o outro joga Uno. Todos jogam, todos são jogadores. Nem todos têm tempo, disponibilidade ou simplesmente interesse em se envolver mais imersivamente em um hobby.
Mas também não devemos subestimar a importância daqueles que conseguiram ter um grau maior de envolvimento com os jogos, pois eles sào as formiguinhas, anônimos e não recompensados materialmente, que levam ao resto do mundo a arte do prazer de reunir presencialmente pessoas para se divertir num passatempo gratificante.