Publicado originalmente em http://onboardbgg.com/2015/03/27/sobre-a-mesa-smash-up/
por Fillipe Vieira (Maverickvr)-

O Sobre a Mesa de hoje informará os ingredientes necessários para a loucura sem limites… É mais ou menos assim: Pegue um punhado de pó do sono psicodélico dos duendes Trapaceiros, um dedo cadavérico de um Zumbi que lhe “dá uma mãozinha”, o tapa-olho do rei dos Piratas, os estudos místicos de um Mago, o dispositivo tecnológico usado por um Dinossauro de guerra, a pistola laser de um Alienígena, o shuriken do mestre Ninja e a sucata acumulada por um Robô… Agora pegue tudo isso, mexa bem e coloque dentro de um Jogo Megatemático de Insanidade Total!! Você não entendeu errado. Duendes, Zumbis, Piratas, Magos, Dinossauros, Alienígenas, Ninjas e Robôs… todos engajados em uma briga maluca pela conquista mundial, é claro. O que mais você quer? Conheça agora Smash Up!
Mecânica:
– Controle de área
– Administração de mão
– Poderes variáveis de jogadores
Smash Up é a representação perfeita do estilo de jogo “take that!“, o famoso jogo de “ferrar o amiguinho”. Porque é isso o que você provavelmente vai estar fazendo durante toda a partida. Cada jogador seleciona duas facções diferentes, então pega todas as 20 cartas das facções que escolheu e as embaralha juntas para formar uma pilha de 40 cartas. Será o baralho que ele utilizará na partida. A versão em inglês brinca com o termo Deckbuilding ao usar o termo Shufflebuilding. Tem a ver com o fato de que a construção do baralho é feita no início do jogo, quando as duas facções são embaralhadas, mas ele não evolui com o acréscimo de novas cartas no decorrer da partida. Sendo assim, apenas para esclarecimentos, Smash Up não pode ser considerado um Deckbuilding. Cada facção possui habilidades diferentes. As possibilidades de combinação são muito grandes já na caixa básica (algumas dezenas pelos meus cálculos). Magos Zumbis, Dinossauros Ninjas, Piratas Robôs… Chame seus amigos mais “zoeiros” e faça sua combinação matadora!

A disputa aqui é pela melhor colocação na pontuação de um número de bases disponíveis de acordo com o número de jogadores. Durante seu turno o jogador pode colocar um de seus lacaios da mão em uma das bases disputadas ou jogar uma carta de ação. É possível utilizar uma carta de cada apenas (a não ser que outras habilidades o permitam jogar mais, claro), mas ele não precisa utilizar as duas opções se não quiser/não puder. Cada lacaio possui um valor de poder. Cada Base possui uma pontuação limite. Quando a soma dos pontos de poder dos lacaios de todos os jogadores alcançarem a pontuação limite da Base onde estão, ela sofre uma explosão descomunal por superlotação é pontuada e retirada do jogo.

A pontuação é dada aos jogadores de acordo com a soma dos pontos de poder de seus lacaios naquela Base. São três pontuações por Base (no caso de uma partida com quatro jogadores, um fica chateado por não pontuar, mas vai fazer o quê? Assim é a vida, mano. Fica mais esperto na próxima). Quem tiver mais poder leva a pontuação da esquerda, o segundo leva a pontuação do meio e o terceiro a pontuação da direita. Nem sempre a pontuação da esquerda será a maior, mas geralmente quem acumulou mais poder na pontuação da Base usufrui de sua habilidade especial. Uma nova Base é colocada em jogo para substituir a anterior.
O objetivo no jogo é acumular mais pontos que seus oponentes ao pontuar as Bases. Simples assim. Aquele que alcançar 15 pontos primeiro é o rei da galhofa grande vencedor (e pode zoar da cara do seu amigo exibindo seu combo apelão)!
Considerações finais:
O grande barato do jogo está nas possibilidades de combinações (C-C-C-C-Comboooo!). Num geral ele flui de uma forma bem simples, mas as respostas desencadeadas é que fazem o jogo ser mais divertido no auge da sua imprevisibilidade. E ele promove a interação dos jogadores a todo momento com efeitos que causam problemas para os oponentes e seus lacaios.
Logo na primeira partida será notável que existem combinações que são mais poderosas que outras. Mas você vai torcer o nariz pra isso aqui? Se a resposta é sim, você não entendeu a pegada do jogo e talvez não seja o jogo ideal pra você. Em Smash Up, o que vale é a diversão. Ela já começa na leitura do manual. Talvez o mais engraçado que já li.
Smash Up é jogo simples e divertido, mas ainda permite uma leve dose de estratégia. Com suas piadas e referências, é garantia de boas risadas. E fique ligado, porque em breve teremos a versão nacional já anunciada pela Galápagos Jogos, o que é muito bacana, principalmente pela dependência razoável de idioma.
Pontos positivos:
- Piratas
– Zumbis
– Magos
– Dinossauros
– Alienígenas
– Ninjas
– Robôs
– Regras fáceis
– Arte caprichada
– Jogo rápido (como esse review!
)
– Alta rejogabilidade (muitas combinações possíveis entre facções)
– Combos insanos!
Pontos negativos:
– Sentiu falta dos Duendes nos pontos positivos? Eu tenho lá cara de Xuxa?
– Simples, pode não agradar aos jogadores hardcore