Não é "nada a ver" (pelo menos da população que se preocupa, a da empresa eu não me importo), na Europa onde as relações étnico-raciais são muito delicadas pela liberdade fronteiriças entre os países, e a população é mais polida com essas questões, o cuidado com o tema é muito maior. No Brasil, onde existe um velamento nas relações raciais é "muito fácil" tratar essas coisas como algo "banal", mas não é. Trazer à normalidade a compra de escravos, mesmo que seja em um jogo, é reforçar essa banalidade e ainda pior, naturalizar para a criança (já que falaram de crianças) e a família que estão jogando, algo que não é nem um pouco natural. E o motivo de desconfiança exige também uma aproximação de empatia entre o si e o outro, como o "EU-TU" de Martin Bubber. Enfim, só sendo negro, indígena, quilombola, gay, mulher ou generalizando "étnico" ou "diferente" (como se os outros também não fossem étnicos) para sentir na pele o que isso tudo quer dizer.