Glorifiquemos mais um dos nossos vícios ao consumismo supérfulo chamado "boardgames' hobby"...
É um jeito de aproximar pessoas e tirá-las do mundo virtual? Sim! Mas, como tantas coisas executadas em grupo, seja ambiente de trabalho, seja uma mesa de jogo de tabuleiro, ou tantas convenções sociais coletivas a que nos sujeitamos, não é ambiente que você encontrará facilmente amigos, mas com certeza pessoas com um interesse em comum naquele momento. Neste caso específico, só queremos mais bichinhos com orelhas minimamente pensantes para fazer o jogo funcionar, senão o jogo vai ficar largado na prateleira por não ter uma tomada elétrica para "ligar" ele e jogar sozinho, apesar das modalidades "solo" que muitos jogos apresentam.
Por um tempo eu me iludi com a idéia de que fazer parte de um grupo de boardgames seria sinônimo de fazer parte de um grupo de amigos. Possível enquanto o grupo for relativamente pequeno, mas definitivamente um erro pensar dessa forma quando esse grupo que no início tinha uma dúzia de pessoas agora está com oitenta membros. Muito atrito pode surgir desse número expressivo, daí o motivo de gerarem tópicos como este de 8 tipos de jogadores irritantes, porque pessoas que mal se conhecem sentam-se ao redor de uma mesa para jogar, só tendo a certeza de que é mais um jogador ali para iniciar a imersão proposta do jogo.
Continuemos consumindo energia, recursos, tempo, alocando espaço com futilidades, especulações e articulações... nossa, só aqui já dá para citar várias mecânicas dos jogos... e que executamos como se fôssemos enormes meeples de carne e osso. Essa é minha crítica para TODOS os canais dedicados ao assunto que incitam o consumismo desenfreado com seus unboxings, reviews e gameplays. Obviamente ninguém aqui está "forçando a barra" para fazer o coleguinha comprar um jogo novo para o grupo botar na mesa (#sqn), pois no final das conta$ cabe ao discernimento de cada um de tomar a decisão de possuir mais coisas para poder "ter" novas experiências.