Leandro, às vezes enjoa mesmo, cansa pra caramba, você não vê o serviço render, dá vontade de largar tudo pra lá e mandar o povo estudar inglês... Mas daí, dou uma olhada no que já fiz, e penso que, se já cheguei até aqui, agora que vá de uma vez! O pior de tudo são as expressões idiomáticas, as frases que eles usam normalmente para descrever alguma coisa, e que para nós não significam absolutamente nada! Tem que pesquisar muito, pra saber o que os caras estão querendo dizer quando, por exemplo, dizem que determinado personagem é "o braço forte de um machado" ou um verdadeiro "lougher". E é por sentir essa dificuldade na pele que acho que essas feras aí que vc mencionou são verdadeiros heróis sem capa! Tem que ter muito peito para, depois de duas ou três, continuar fazendo traduções.
Quanto aos jogos selecionados, infelizmente, meu critério são as minhas próprias aquisições. Tenho uma meia dúzia de jogos aqui ainda, minha coleção nem é coleção, é "colecinha", tá começando mesmo, e vou traduzindo conforme acrescento os jogos a ela. Minha motivação inicial foi a dificuldade que algumas pessoas com quem jogo encontram para entender os originais, então vou traduzindo para poder colocar o jogo na mesa e, efetivamente, ter com quem jogar. E não só traduzindo: fazendo inserts, selando as cartas, pintando as peças... como disse, sofro de algum problema mais sério do que o simples TOC de que se fala por aí. Mas pretendo aos poucos aumentar o acervo, e pelo visto, se Deus quiser, ainda hei de traduzir muita coisa, porque minha lista aumenta a cada dia...
Quanto ao modo de falar/escrever, eu também me acho chato às vezes. Tenho que me policiar o tempo todo, pra não parecer complicado demais, ou pedante, mas são vícios da minha profissão, tendo que escrever e ler muito, e tudo muito complicado mesmo. Com isso, acabei conhecendo a língua um pouco demais, e acho que é isto que facilita um pouco a execução das traduções. Resumir 10 linhas de texto para caberem no espaço de 5, e ainda manter a clareza, no reduzido espaço de um quadradinho amarelo, exige muito mais conhecimento da própria língua do que da original, numa tradução com essas que eu faço. Inglês, que é bom, conheço pouco...