Nos jardins de Versalhes, passeiam os nobres de olho em formar as alianças que garantam maior prestígio junto ao rei...
Tema bacana, ilustrações bonitas, e autoria de Xavier Georges, que nos anos seguintes iria nos brindar com títulos como Troyes e Carson City - jogos indefectíveis.
Tudo para ser daqueles verdadeiros clássicos. Mas não é? Por que?
Porque é mal compreendido. O manual é simplesmente o segundo pior que já li (só perde para o do Star Trek Deck Building); E a programação visual do tabuleiro central, embora bela, confunde ao invés de ajudar. Com esses dois "defeitinhos", fica difícil dos mancebos e mancebas pegarem a fluidez do jogo.
Se bem explicado, o participante pega o esquema rápido, e o jogo flui lindamente.
Ele tem um mecanismo maravilhoso de colocação de trabalhadores (que no jogo são "servos") e sua movimentação, baseada nos interiores do Palácio de Versailles, lembra filmes que retratam a sociedade de côrte e sua "dancinha" em torno de cortejar o rei, entrar e sair dos lugares para obter o necessário e garantir sua posição de destaque na nobreza francesa. Daqueles casamentos bem feitos de mecânica com tema.
Possui muitas maneiras de brigar pelos chamados "pontos de prestígio (são os pontos de vitória do jogo), o que pode levar cada um dos jogadores a adotar estratégias bem diferentes, o que é criativo, fascinante.
A única ressalva, superado o manual e o problema de visualização de certas áreas do tabuleiro, é que o jogo apresenta limitações claras quando há apenas dois participantes. O ideal é realmente que seja jogado com quatro, sendo com dois um bocado forçada, inclusive não havendo nenhum mecanismo adaptativo.
Procure alguém que realmente possa explicar o jogo de forma bacana, e garanto, você elevará a nota dele aqui no Ludopedia. Recomendo!