Creio ter entendido seu ponto de vista acerca dos jogos não educarem, mas como você cita no início do seu post, funcionam como um exercício mental e já considero isso bem interessante. Dessa forma, podemos convidar nossas mentes e daqueles próximos à nós, a ter a oportunidade de exercitar suas mentes, melhorar a capacidade de escolhas e desenvolver novas estratégias movidas por essa atividade lúdica, sem falar em toda parte social envolvida.

Jogar faz bem, afinal é uma atividade recreativa e prazerosa e dependendo da proposta do jogo, pode ser uma ferramenta para educação. Porém, concordo com a premissa de que um jogo sozinho, não educa.

Obrigado por novamente instigar-nos à reflexão.

Normalmente quem é bom em um esporte, é bom em esportes em geral. Normalmente quem é bom em um jogo, é bom em jogos em geral. Você pode argumentar que isso é uma característica da pessoa, não uma consequência de sua prática, mas me parece bem óbvio que a prática tem uma influência bem relevante.

Jogar (estritamente, jogar apenas) pode não ser uma grande ferramenta educacional. Mas ler, interpretar e aplicar as regras de um manual tem seu potencial.

mgsuttar::Normalmente quem é bom em um esporte, é bom em esportes em geral. Normalmente quem é bom em um jogo, é bom em jogos em geral. Você pode argumentar que isso é uma característica da pessoa, não uma consequência de sua prática, mas me parece bem óbvio que a prática tem uma influência bem relevante.

Depende do que você considera como educar.
Xadrez é um esporte, é ensinado em várias escolas e ao jogarmos em nossas residências também estamos exercitando nossos cérebros, fazendo inúmeros cálculos e pensando em inúmeras possibilidades que possam ser feitas nas próximas jogadas. O mesmo pode ser feito em vários jogos que não precisam nem ser tão complexos como o xadrez (mexica por exemplo), onde o uso de um determinado jogo com alguém que tenha certa dificuldade em raciocínio lógico pode servir de grande utilidade para a mesma. Minha sobrinha de 10 anos joga Stone age apenas por diversão com minha namorada e isso acabou melhorando seu desenvolvimento nos cálculos de tabuada.
Não todos, mas VÁRIOS jogos sim acabam exercendo mesmo sem querer um papel educativo, mesmo que  isto passe de forma despercebida.
Abraço!

mgsuttar::Normalmente quem é bom em um esporte, é bom em esportes em geral. Normalmente quem é bom em um jogo, é bom em jogos em geral. Você pode argumentar que isso é uma característica da pessoa, não uma consequência de sua prática, mas me parece bem óbvio que a prática tem uma influência bem relevante.

Acredito que está havendo uma confusão aqui entre tema e mecânica dos boardgames. Acredito que quando o autor do post falou em educar,  quis tratar do tema. E concordo com ele. Vou exemplificar com um jogo bastante conhecido: Puerto Rico. Ao aprender as regras do jogo, você pode fazer boas partidas,  com ótimas pontuações e não aprender absolutamente nada sobre o colonialismo, o mercantilismo, a escravidão... temas afeitos ao jogo que, se for bem explorado em sala de aula,  pode render bons ensinamentos em História. O raciocínio aprendido sobre a mecânica de colecionar componentes, de fazer os "combos" das construções para maximizar sua pontuação final, esse sim pode ser utilizado em diversos jogos semelhantes, e acho que foi o que quis dizer o mgsuttar, quando insinua que a prática leva à evolução.  Portanto,  jogar Puerto Rico pode ter um aprendizado de História envolvido, dependendo de como o jogo será apresentado. Ou pode-se apenas explicar as regras e a mecânica do jogo, e a partida não será prejudicada. 

Adorei o título.
Precisamos é evoluir o conceito de 'jogo educativo'.

Acho que o board game instiga o jogador a pesquisar mais sobre os temas, a descobrir mecânicas e a se preocupar em entender o concreto e o abstrato. E não sei se a escola desperta isso com tanta eficiência.

Pessoalmente não concordo com boa parte do post. Não sei o que envolve educar, mas trazer que jogos não desenvolvem a cognição está muito errado. Entende como ler livros ou fazer caça palavras com frequência. Jogos que estimulam o raciocínio lógico, destreza, memória, orientação espacial e aí por diante no mínimo serve de prevenção a vida senil. Não questiono a prática guiada com o objetivo educacional, mas sim o jogar por jogar traz ganhos cognitivos, afetivos e social. Mas concordo que o jogo é uma ferramenta e depende de quem usa e como usa, e claro o potencial está nas pessoas e não nas coisas.

Posso não ter entendido bem seu ponto de vista, mas se entendi tenho que discordar rsrs.
Se um cara faz atletismo por exemplo e corre uma maratona, naturalmente seu físico melhora, folego, condicionamento, coração etc, assim como alguém que faz academia etc, trazendo isso para os jogos, é o mesmo que dizer que ler não exercita a mente, então o que exercita?
Quando comecei a jogar, assim como minha esposa que fui ensinando aos poucos, percebemos que no começo tudo era complicado, difícil, e conforme você vai jogando, vai aprendendo mecânicas, malicias etc e de um takenoko da vida hoje consigo ganhar uma partida de madeira no primeiro aprendizado por conseguir conciliar as informações de maneira mais rápida e eficiente.
Agora precisa entender o que é o "educar" em questão, um jogo não vai te trazer bons modos (até vai, afinal você precisa se portar de maneira descente na mesa se quiser ser convidado a jogar em uma outra ocasião) ou te ensinar algo histórico que não são todos que tem esse propósito, mas ouvindo os PodCasts do MeepleManiacs o Lukita sempre acaba falando de warGames e a experiencia histórica que ele tem nesses jogos que tentam trazer ao máximo a experiencia de controlar as guerras ali demonstradas.
Enfim, espero não me mostrar desagradável, apenas quero entender melhor seu ponto de vista =].