Cansado de resenhas longas e chatas? Seus problemas acabaram!
Chegou resenha-minuto! Agora você pode saber TUDO* sobre um jogo em apenas 1 minuto**.
* Talvez não seja exatamente tudo
** Tempo determinado em testes de laboratório
Resenha-Minuto: AZUL

Comprei esse jogo na Spiel 17 sem muitas expectativas, apesar de ser um jogo assinado pelo grande designer alemão Michael Kiesling, autor de vários jogos bem famosos como Tikal, Mexica, Maharaja e outros, trabalhando muitas vezes em parceria com outro designer alemão de renome, Wolfgang Kramer.
Especificamente para a Spiel 17, o cara estava em chamas, com nada menos que 4 lançamentos: Azul, Reworld, Heaven & Ale e Riverboat. Impressionante! Desses jogos, só tive oportunidade de conhecer o Azul, que é um design só do Kiesling, sem colaboração de outro designer.
Tematicamente, o jogo é sobre comprar azulejos de algumas fábricas (daí vem o nome do jogo) e assentá-los num mosaico para decorar o palácio real de Évora, a mando do Rei Manuel I.
Papinho pra boi dormir. É um jogo abstrato e pronto. E é muito bom!
Para construir o seu mosaico você deve pegar todos os azulejos de uma cor à sua escolha de uma das fábricas ou do centro da mesa. Ao pegá-los, você deve escolher uma linha para preparar a instalação final. Terminada a rodada, você deve escolher a coluna em que o azulejo será assentado e, finalmente, pontuar.
Parece simples, e é mesmo. Justamente por ser simples, cada turno é muito rápido e as rodadas voam. É um jogo MUITO dinâmico.
Azul oferece 3 camadas interconectadas de decisão. A primeira é escolher a cor que você deseja pegar e de qual lugar, de uma fábrica ou do centro. Se você pegar de uma fábrica, os tiles restantes daquela fábrica vão para o centro da mesa. Isso pode fazer com que os azulejos do centro fiquem muito interessantes para o próximo jogador. Não deixe isso acontecer! Daí vem a interação do jogo.
Depois disso, você vai colocar os azulejos na linha de preparação. Cada linha requer um número diferente de azulejos, de 1 a 5. E só linhas completas poderão dar um azulejo para assentar. Isso quer dizer que você vai precisar de quantidades diferentes. Acontece que quando você pega os primeiros daquela cor que você tanto precisa, todo mundo vê e pode te bloquear e te fazer perder um turno. Isso é muito massa! Só que não.
E por último, você assenta o azulejo e pontua de acordo como número de azulejos na linha/coluna.

Há um bom espaço no jogo para interferir nos planos dos outros jogadores, de uma forma bem interessante. Ou seja, você tem que jogar prestando atenção nas escolhas dos outros jogadores e não pode deixar a bola quicando para o próximo jogador.
É um jogo leve e rápido, acho que ele se encaixa bem nessa categoria que os mais entendidos chamam de “super filler”.
Nem tudo são flores, porém. Para jogadores mais competitivos, pode incomodar o fato de o lugar na mesa importar. Jogar depois de um jogador fraco, é vantajoso. Para mim, isso não incomodou, por ser um jogo rápido e simples.
5 COISAS SOBRE AZUL: simples, dinâmico, rápido, bonito, dá pra sacanear o amiguinho.
ESTABILIDADE DA RESENHA: média. Já joguei várias vezes (sei lá, 15 vezes). Mas foi num espaço de tempo curto. Joguei com 2 e 4 jogadores e rolou muito bem nas duas situações. Vou esperar um pouco mais de tempo para sedimentar minha opinião.
VOLTO OU NÃO VOLTO: vixi, quase todo dia tem!