Jogamos não, joguei! E aqui eu escrevo as minhas PRIMEIRAS IMPRESSÕES, esse não é um review definitivo do jogo...
Aqui quem escreve pra vocês é o Eduardo Felipe, e ontem, dia 1 de novembro de 2017, entre as 15h e 19h, joguei o Gaia Project! E por que eu detalhei o dia e a hora? Bem, o jogo ainda está em preorder, e a cópia que eu joguei foi trazida para o amigo Victor Zavandor diretamente de Essen, portanto há chances dessa ter sido a primeira partida do Gaia Project em solo nacional!
Bem, vamos ao jogo!
O Gaia Project já manda a real no subtítulo, "A Terra Mystica Game", nesse jogo temos 14 raças diferentes com poderes variados, se você já sabe jogar o Terra Mystica, vai saber jogar o Gaia facilmente, ele é 80% Terra Mystica, mas sem deixar a impressão de que jogaram outro tema por cima. MUITA COISA MUDOU, mas a FORMA DE SE JOGAR é Terra Mystica, vou explicar...
O básico do Terra Mystica está lá, cada raça tem um poder especial e uma habilidade que fica liberada quando você constrói o seu Planetary Institute (Stronghold no Terra Mystica), três bowls de poder, as oito ações, a iconografia, etc... Mas com algumas diferenças bem relevantes!
O tabuleiro individual já traz bastante mudanças e está bem mais funcional, pra começar com o gerenciamento de recursos. Agora ele tem um track para marcar os recursos, economizando bastante espaço no tabuleiro!

Os recursos são basicamente os mesmos, só mudaram de nome, o Gold virou Credit, o Worker virou Ore, não temos mais os Priests e agora temos o Knowlege (o recurso azul) e o componente de recurso mais legal que eu já vi, o Q.I.C (Quantum Inteligence Cube).

Uma outra mudança bem legal é o gerenciamento dos Power Tokens, agora alguns efeitos do jogo fazem você ganhar Power Tokens e a ação de passar os tokens de um bowl para o outro passaram a se chamar Charging Power, a diferença entre as duas ações é simples. Ganhar poder te dá um token novo no bowl 1, e a movimentação de poder que já conhecíamos no Terra Mystica passou a se chamar Charging, e não mudou nada.
O tabuleiro do jogo também mudou bastante, enquanto no Terra Mystica tínhamos duas opções de tabuleiro, no Gaia o tabuleiro é modular. Os territórios do tabuleiro são planetas e seguem basicamente as mesmas regras de terraformação do Terra Mystica. No Gaia temos sete planetas diferentes, um para cada raça, e dois planetas especiais, o Gaia Planet (Verde) e o Transdim Planet (Roxo).
O planeta verde é um planeta neutro, qualquer um pode construir nesse planeta sem precisar terraformar, e o planeta roxo precisa passar por um processo de Gaiaforming ou seja, ser transformado em um planeta verde, adicionando um pouco mais de complexidade pro jogo!
Para Gaiaformar um planeta, você abre mão de uma quantidade de Power Tokens que ficam presos naquela rodada e só serão liberados no início da rodada seguinte, na Gaia Phase, quando os planetas roxos de fato ficam verdes e prontos para você colocar sua Mine (Dwelling). Os tokens de poder ficam presos na área verde mostrada na figura abaixo:

Outra mudança bem legal, no tabuleiro individual não temos mais o track de Pá e Navio, esses elementos foram mesclados com o track de tecnologias, que no Gaia Project é o equivalente ao track de Culto, que no Terra Mystica era um elemento bem destacado do resto do jogo. No Gaia você PRECISA melhorar sua tecnologia, para que você possa receber mais benefícios que vão te ajudar no jogo, como mais recursos, income e tokens de tecnologia, que aqui substituem os favor tiles.
A interação entre os jogadores também teve um upgrade, os jogadores precisam melhorar seu range para poder alcançar outros planetas, o equivalente ao Navio do Terra Mystica, todos os jogadores começam com o alcance de 1 hex, mas para alguns fins, como ganhar poder quando seu adversário constrói do seu lado, seu alcance aumenta em 1 hex.
Essa nova visão de distância no Gaia Project trouxe um novo elemento que eu gostei bastante, os Satellites. No Gaia Project nós podemos construir Federações, que funcionam de forma parecida com as Cidades do Terra Mystica, e para formar um território da Federação nós usamos os Satellites como "pontes" de ligação entre planetas, e no final do jogo sua quantidade de Satellites vai valer pontos. Para construir um Satellite é preciso descartar um Power Token, e deixa bem mais evidente a nova mecânica de gerenciamento de Poder no Gaia. Abaixo, um exemplo de uma Federação:
Bem, essa foi a minha primeira impressão do jogo, eu curti MUITO o jogo! Se você já tem o Terra Mystica, não se preocupe, você pode ter os dois jogos sem problemas! São jogos diferentes com o mesmo
feeling!
NÃO É um
Terra Mystica no espaço... O jogo é
Terra Mystica na maneira de jogar, mas com novas raças, novos poderes, novos tipos de
Power Actions, trilhas de tecnologias com efeitos imediatos e de
income, novos recursos, etc.
A rejogabilidade do
Gaia é maior do que a do
Terra Mystica, que já era bem grande, e a competição por espaço no tabuleiro é bem diferente do que do seu antecessor, mas não menos desafiadora.
Gostei MUITO do jogo! MUITO MESMO!! Mas ainda preciso jogar mais algumas vezes e com novas raças para saber se é melhor ou pior do que o
Terra Mystica.
Espero que tenham gostado!
Abraço!