Por Ricardo Gama
The Capitals é um jogo de construção de cidades desenvolvido pelo brazuca Thiago Boaventura e lançado pela norte-americana Mercury Games, com arte de Michael Christopher. Jogo no estilo europeu para 2 à 5 jogadores, lançado em 2013 com duração média de 90 minutos.
O jogo já entusiasma assim que você abre a caixa. Componentes de primeira qualidade, com cartões para as construções, cubos e até carros como marcadores de turista.
O objetivo do jogo é colecionar a maior quantidade de Pontos de Prestígio para sua Cidade receber o direito de hospedar a Exposição Mundial. Existem diversas formas de ganhar ou perder Pontos de Prestígio.
The Capitals é dividido em 3 eras (I, II e III), onde cada era é subdividida em 4 rodadas. No final de cada Era, acontece uma Avaliação da Feira Mundial que pontua os jogadores de acordo com seu momento no jogo.
Cada rodada do jogo é composta das seguintes fases:
1 – Fase Política: aqui determina-se a ordem de iniciativa para a rodada. Há um pagamento em dinheiro ($) onde o jogador precisa dominar o jeito de multiplicar e pensar sempre 1 rodada na frente. Esta ordem de jogada torna-se extremamente importante para conseguir os melhores prédios.
2 – Fase de Construção: cada jogador seleciona 1 prédio das opções disponíveis. Aqui acontece um acréscimo no valor dos prédios que sobraram da última rodada. Selecionar bem e montar combos com os edifícios faz toda a diferença para o placar final. Após a seleção, os jogadores precisam planejar onde construir. A mecânica utilizada para colocar as peças e formar sua cidade é bem interessante.
3 – Fase de Turismo: o jogador que estiver com o maior número em Cultura recebe uma ação extra na próxima fase de Execução. Além disso, ganha o marcador de turismo do jogador que possuir a pior numeração na trilha de Cultura. Os carrinhos que representam os turistas são excelentes para economizar cubos de energia, afinal eles podem ativar os prédios substituindo estes cubos.
4 – Fase Executiva: aqui os jogadores ativam suas construções. Para ativar uma construção, você utiliza um ou mais cubos de energia produzidos por sua usina (que vai do nível 1 ao 6). Cubos de energia devem ser bem utilizados, pois são difíceis de conseguir. Só durante o melhoramento de sua usina que você ganha novos cubos. Você pode substituir 1 cubo por 1 marcador de Turista. As construções aumentam ou diminuem o valor de cada trilha disponível no tabuleiro.
5 – Fase Administrativa: basicamente é a fase de Manutenção. Na virada das eras, acontece uma pontuação bônus.
Os contadores das cidades, representados pelas trilhas no tabuleiro, são: Cultura, Emprego, População, Serviços Públicos, Economia e Progresso. Eles são interligados e devem subir com equilíbrio.
Os cinco tipos de prédios são: habitação, indústria, comércio, turismo e serviços públicos. Há também os edifícios de Energia que são tratados de modo diferenciado.
Há ainda as Regras da Expansão de Prosperidade, que acrescenta um sexto tipo de Ficha de Prédios. Esta expansão aumenta a complexidade, mas dá mais elementos para o jogador trabalhar estrategicamente.
Como ponto negativo, ressalto somente a quantidade de símbolos nos componentes que os jogadores precisam assimilar. Depois de algumas rodadas, e com o uso da ficha de referência, os símbolos deixam de ser um problema.
O jogo possui uma boa dinâmica, com fases curtas que impedem um alto downtime. Aí vai mesmo de cada jogador, com seu momento de paralisia para analisar a situação e suas próximas jogadas.
The Capitals é um euro pesado, para jogadores que curtem fritar o cérebro e desfrutar de boas mecânicas. A forma de construir a cidade e combinar os prédios é um diferencial bem legal. Gostei bastante!