Há quem acredite que os boardgames estão seguindo os passos da indústria de games. Nessa visão estamos vivendo o que os games viveram lá em 1993 (no auge da geração 16 bits no Brasil e nos primeiros passos do PS1).

Eu penso mais que os boardgames estão vivendo o que a indústria de RPG viveu em 2000. E diferentemente dos games não irão se difundir tanto e continuará sendo uma coisa de nincho. Isso se não  entrar em decadência como aconteceu com o RPG. 

Resumindo. O cenário vai crescer mas não ficará popular já que é uma atividade mais mental do que física. Esse tipo de coisa não costuma ganhar destaque em nosso país.

Eu sou da velha guarda, também gosto de futebol, cerveja e churrasco, também gosto de board games. A maioria dos meus amigo que jogam também curtem futebol, cerveja, churrasco e board games.

Questão de apresentar o jogo certo pro grupo. Não vai adiantar apresentar um Eldritch Horror (que precisa de imersão) ou um Castles of Burgundy  pra um grupo agitado. Esses vão curtir confrontos como Blood Rage, dinâmico, rápido e divertido. Ou talvez curtam aquela tensão de acusação como um Battlestar Gallactica.

Eu mesmo só fui descobrir que War não era o melhor jogo do mundo e que existiam outros além dos tradicionais a 2 anos atrás. 

Se tivessem me apresentado um jogo só com cartinhas, ou muito simples, provavelmente eu nem iria curtir. Vai muito do gosto, mas até aquela tia das antigas que só curte canastra, muito provavelmente gostaria de algum jogo  moderno, questão de conhecer e achar um que caia no gosto (pois canastra é um jogo). Como um grupo de universitários que só curte truco, muito provavelmente iria curtir algo moderno também.

eu acredito q as pessoas da velha guarda, como eu por exemplo que cresceram na decada de 80 jogando videe game e RPG tem aceitação garantida ao hobbie, desde que apresentado o jogo correto 

Mais um cidadão da velha guarda aqui... Gosto de futebol, cerveja, churrasco, RPG, vídeo game, enfim, pacote completo.
Mas acho q o gosto de cada pessoa é muito particular... Com ctz, tem mta gente que não conhece os board games e viria a gostar se conhecesse, mas não é pra todo mundo não. Sempre tento apresentar pra quem eu posso, buscando angariar novos adeptos, mas existem pessoas que simplesmente não curtem, assim como tem gente que não gosta do trio futebol, cerveja & churrasco, ou de RPG, ou de vídeo game. Os boards estão em franca expansão, o que é ótimo, mas também não visualizo deixando de ser algo de nicho.

Conheço muitas pessoas que não querem nem saber de videogame, quanto menos boardgame.E tem pessoas que até topam jogar uma vez e outra mas nunca comprariam jogos. Alguns amigos que já viram meu Game of Thrones, Söns of anarchy, Spartacus e viram essas séries acham tudo muito legal, mas poucos estão dispostos a jogar esses jogos. Jogos fáceis como coup, bang entre outros jogos mais festivos até fazem um sucesso, mas depois de umas partidas sempre é deixado de lado. Acho que futebol, cerveja, mulheres e outras atividades ainda são a prioridade da maioria.

professor::Eu penso mais que os boardgames estão vivendo o que a indústria de RPG viveu em 2000. E diferentemente dos games não irão se difundir tanto e continuará sendo uma coisa de nincho. Isso se não  entrar em decadência como aconteceu com o RPG. 

Pelo fato de não haver uma única editora monopolizando o mercado e sentando sua bunda gorda sobre os principais títulos, e por serem épocas, mercados e situações completamente distintas, não acredito em um cenário tão lúgubre.

Se houver alguma decadência nos BGs (o que eu não acredito, pois o público é potencialmente mais amplo que o de RPGs), será algo completamente diferente (porquê o próprio mercado minguou, porquê nossa economia afundou ainda mais ou porquê criou-se uma bolha que implodiu sozinha).

O mais provável é que tenhamos algum tempo ainda de expansão, e depois uma estabilização natural.

Depois que eu passei a conhecer (e me viciar) no hobby, passei a divulgar para os amigos, familiares e até alguns colegas de trabalho. O problema é que o público em geral nunca sequer ouviu falar dos boardgames modernos, então tenho de explicar muito bem para não acharem que estou falando de Banco Imobiliário e Jogo da Vida. Geralmente, eu toco no assunto e explico. Quem manifesta um mínimo de interesse, eu levo para jogar. Alguns jogam uma vez e nunca mais voltam, mas o lado bom é que consegui viciar alguns amigos que hoje formam o meu grupo. Jogamos em média duas vezes por mês. Me sinto como um evangelizador com a missão de converter todo mundo no hobby! Rs

yscalybur::Como vai a aceitação dos boardgames dentre seus conhecidos?

[...] Pessoal da velha guarda é muito fiel ao futebol, cerveja e churrasco, e acredito que não sairão dessa roda viva para ter oportunidade de se divertir de outra forma.

Isso é muito relativo.

Acredito que tem já tem um histórico de RPG ou quem jogava e curtia muito esses jogos quando criança é mais aberto ao jogos modernos, mas não necessariamente.

Por exemplo, meu grupo regular tem 4 pessoas, e duas não jogavam RPG e aceitaram muito bem. Agora estou tentando organizar um grupo com colegas de trabalho, e dos 3 que ficaram empolgados com a idéia, apenas um (além de mim) conhece RPGs.

Já apresentei alguns "jogos de família" como Catan para meus pais, e eles se divertiram à beça.

Enfim, concordo com todos os colegas que disseram que é mera questão de apresentar o jogo certo para as pessoas certas.