maripedroso::
Realmente quem tem mais visibilidade acaba levando votos que talvez não tivesse. Mas esse é um problema das pessoas. Eu por exemplo não votei em nenhum jogo que não tenha jogado (provavelmente tem jogo melhor do que os que eu votei, mas só o fiz para aqueles que conhecia), e nas categorias de mídia eu conhecia todos os concorrentes, e mesmo o que eu não conhecia, nesse caso o TTZO, fui lá ler as resenhas.
Por isso esse debate aqui é importante. Só não acho nada produtivo quando leio alguns comentários contra um ou outro que não levam a nada.
Você tocou em um ponto muito importante. Falou-se muito em critério de votação. Acho a situação mais problemática na escolha dos jogos do que nas mídias. Nestas, é possível visitar os canais e blogs que não se conhece e formar opinião. Não é tão fácil fazer que os jogos que não se conhece ganhei nossos tabuleiros.
Votei em todas as categorias de mídia, conhecendo todos os finalistas, e gostando muito de quase todos eles. E acho que os eleitores foram sábios. Só dividi voto na mídia escrita (entre MM e TTZO), mas se tivesse um só voto seria do Meeple Maniacs. Portanto, considero meu voto bem fundado no tocante a todos os veículos de mídia. Nenhum critério - só votar em um, pontuar os concorrentes, ou qualquer outro que seja - alteraria a escolha.
No tocante aos jogos, não me senti confortável ao votar (não votei nos jogos nacionais). Quase não votei. Não conhecia muitos jogos. Dos finalistas, alguns eu pura e simplesmente só conheço em resenhas e gameplays. Ou seja, não os conheço. Dos que conheço, só para um tenho uma opinião absolutamente formada, a me autorizar a atribuir uma nota. Até por essa inseguranca, votei em alguns jogos, dos quais dois chegaram à final.
Dai que a questão nos jogos é muito mais delicada. Por exemplo:
Quantos votaram conhecendo e podendo avaliar todos os jogos? Será que se teria que exigir que o eleitor tivesse atribuído nota a um percentual dos jogos habilitados a receber voto, para que ele pudesse votar?
Em síntese, a votação não retrata uma verdade absoluta, mas o critério é popularidade. Se, de fato, pode-se gerar algum inconveniente, para definir o melhor veículo para o público, essa distorção é inerente ao critério - popularidade - e não se tem uma adulteração desse critério.
É até razoável que possa existir uma discordância aqui e outra ali, mas, no ponto, eu me valho da elegância de todos os finalistas que, nesse mesmo post, agradeceram os votos recebidos e reconheceram, todos eles, invariavelmente, o mérito do Meeple Maniacs.
P.s.: Quem não leu, deveria ler. Há uma formidável biografia do criador da Amazon, Jeff Bezos. A Amazon, no inicio, tinha uma serie de "sabios", para sugerir livros, a partir dos livros comprados pelos clientes. O site não decolava. A partir de logaritmos, que definiam quais livros as pessoas que compravam certos livros poderiam gostar, as vendas decolaram.
Fica a lição: não tentemos ser mais sábios do que o consumidor. Nao somos. Principalmente em um prêmio que toma por base votação popular - o critério é esse é nesse critério o MM foi soberano (para mim, por ter muita qualidade em tudo que faz).
Não vejo nenhuma injustiça flagrante ou algo que pudesse contaminar a escolha dos eleitores no critério adotado.
O parametro escolhido é a partir da escolha das pessoas e não daqueles que mais conhecem sobre jogos - para isso, há blogs e não prêmio Ludopedia. As alterações dos critérios poderiam contaminar a essência que marca o Premio Ludopedia: escolha do público. Portanto, a votação é justa e o prêmio merecido.