Por Vladimir Lehotai

Um aviso no início: este review é apenas sobre o jogo base. Eu não estou considerando quaisquer outras expansões.
Warfighter: The Tactical Special Forces Card Game é um jogo de cartas rápido para 1-6 jogadores ambientado na guerra moderna em um nível de esquadrão.

Componentes:


Depois de abrir a caixa do jogo, você vai ver que você tem uma abundância de fichas em duas folhas. A sua qualidade é boa e você não terá nenhum problema de tirá-las das folhas, porque saem de lá quase sozinhas. Alguns símbolos são para expansões (como granadas Flashbang), então se você quiser apenas um jogo, este símbolo será inútil para você. Alguém pode não gostar, mas eu, pessoalmente, não me importo.



O play mat (chamado Tactical Display Sheet) é bem arrumado, você tem o setup, turnos e resumos de ataque à sua disposição, bem como um contador de tempo. Bom para os primeiros jogos, se você precisar de um lembrete, depois é puramente opcional. A única coisa que poderia ser melhor é o próprio material. Não me interpretem mal, o papel parece resistente, mas é muito longe do play mat de cartão do jogo de cartas Thunderbolt Apache Leader (também um jogo da editora DVG).



Os dados de munição são uma boa ideia, mas você pode usar um tapete de dados ou algo assim, porque eles podem rolar para fora da mesa, como por vezes aconteceu comigo. Se você não quiser usá-los, não hesite em usar dados D6 e D10 normais.



As miniaturas de soldados estão bem. Claro, elas não são nada espetaculares, mas, pessoalmente, não me importo com eles.
As cartas são agradáveis e grossas, não há necessidade de sleeves, mas eu farei isso, afinal eu acho que embaralham mais fácil. As faixas de arte das cartas são boas (o 3D usado em cartas hostis, armas ou equipamentos até as fotos grandes de soldados reais). As fotos dão um toque muito agradável, eu gostei pra caramba. As cartas contém todas as informações que você pode precisar, com exceção de palavras-chave como distância ou discrição, mas você pode encontrar elas no livro de regras nas páginas 26 e 27.

Regras:


Se você jogar com o livro de regras ao lado durante a sua primeira partida, terá uma boa ideia sobre o jogo como um todo. As regras são bastante simples, embora alguns termos poderiam ter uma melhor explicação, como os efeitos de Supressão. O livro de regras poderia ser melhor organizado. Talvez eu esteja estragado pela nova abordagem da FFG para livros de regras (um livro de regras para guiá-lo através de seu primeiro jogo e explicar os conceitos básicos e um guia de referência para a explicação dos termos de jogo, palavras-chave e outras coisas que você pode precisar), mas acho que é muito superior para uma solução de manual. Não é grande coisa, no entanto.

Jogabilidade:

Depois de escolher a região, missão e objetivo, você está pronto para escolher sua equipe e equipamentos com base nos pontos de recursos anotados no cartão de missão. Os soldados são o mais importante, porque eles estão lá para fazer o trabalho. Cada um deles tem um custo de pontos, saúde, cobertura e assim por diante. Após os jogadores escolherem seus soldados, você pode obter alguns soldados não-jogadores (que estão totalmente equipados já) ou soldados do esquadrão, que não têm qualquer equipamento, mas eles estão sendo tratados como são tratados os soldados inimigos: com o gráfico de ataque exposto em seus cartões. No jogo solo considerar o uso de pelo menos dois soldados do jogador, porque cada um oferece uma mão de cartas, o que significa mais opções para você.



Então é hora de adquirir armas, equipamentos e habilidades. Armas e equipamentos têm um custo de carga e cada soldado do jogador tem um limite de carga (que podem ser afetados pelo cartão de missão), então não há tanta coisa que um soldado pode carregar. Tome sempre o objetivo em consideração, porque se você tem, digamos, que destruir um edifício que é vulnerável apenas a explosivos (que faz sentido) e você não trouxe nenhum, então você está errado. Equipamentos e habilidades do soldado definem o seu papel. Um ponto digno de nota é que, enquanto as cartas de equipamentos, armas e habilidades são em quantidades limitadas, os jogadores não estão limitados por elas, onde quatro jogadores podem ter cada um, por exemplo, a Carabina M4A1. É estranho e não muito conveniente. De qualquer forma, eu sei sobre os planos de Dan Verssen para remediar isso em uma próxima expansão, mas seria legal ter esta limitação logo no jogo base.



Quando todos os soldados estão equipados, é hora do rock and roll!
Cada jogador tira uma série de cartas de ação iguais a sua saúde. Durante o turno do soldado, cada soldado pode fazer geralmente duas ações (alguns soldados têm 3 ações) a partir das seguintes: atacar, movimentar, recarregar, descartar e comprar (cartas de ação da mão), remover 1 Supressão ou jogar uma carta de localidade. Felizmente, você pode escolher a ordem na qual executá-las, para que possa agir como uma verdadeira equipe.



O combate é muito simples, basta escolher a arma que você tem, escolha um modo de disparo (se tiver algum) e um inimigo dentro da faixa que está prestes a atirar. Role um d6 e uma série de D10, dependendo do modo de fogo que você escolheu para ver o resultado. O d6 é usado para determinar se você passou a cobertura do inimigo e o d10 determina se você causou algum tipo de dano no alvo. Dependendo dos resultados dos dados, pode ser uma falha, uma supressão ou um dano. E é isso. É mais simples que parece.



Jogadores como uma equipe podem jogar uma carta de localidade a cada rodada e é assim que você avança. Depois de jogar um local, gerar os inimigos sobre ela com base em seu valor hostil. Cada local tem um custo de entrada; você tem que pagar cada vez que entrar na localidade (com cartas de ação). Um toque agradável é que alguns inimigos, como Snipers, pode aumentar o custo da entrada do local, o que representa que é muito mais difícil de entrar em um local devidamente guardado. Em cada rodada pode chegar mais reforços inimigos. Mais uma vez, faz sentido uma vez que você está em um território hostil.

Durante o turno hostil, inimigos movem e/ou atacam seus soldados. Eles variam de um simples soldado com pistola para equipes de morteiros. Inimigos mais fortes são realmente problemáticos. Equipes com foguetes podem bater em você para até 4 feridas, o que é muito ruim.



Se você completar o objetivo da missão, você ganha. Se os seus soldados forem abatidos ou se o tempo acabar, você perde.

Considerações finais:

Eu realmente gostei deste jogo. Dois amigos veteranos e um amigo jogador casual entenderam as regras muito rapidamente e eles também gostaram. Muitas coisas no jogo fazem sentido, tanto do ponto de vista histórico quanto do senso comum. Há algumas coisas que as pessoas podem contestar, como as fichas utilizáveis somente se você possui uma expansão, ou apenas uma arma Furtiva (mais uma vez, a expansão Stealth acrescenta mais deles). A simplicidade de sua mecânica é muito boa.

Eu definitivamente recomendo este jogo.

Post original: http://www.boardgamegeek.com/thread/1266868/vlads-review-warfighter