Resumo: Karmaka é um jogo de cartas competitivo que se desenvolve no decorrer de múltiplas vidas. Basicamente é um jogo tático, ambientado num universo cármico. Os jogadores começam como humildes besouros do esterco (sim, você é um besouro da bosta). Durante a partida, vida após vida, eles galgam seu caminho pela progressão cármica, competindo por quem atingirá a transcendência primeiro. Os jogadores recebem um maço inicial de 6 cartas, que representam a sua vida. Quando as cartas acabam, morremos. Mas a parte bacana, é que após sua morte você reencarna, recebendo uma nova mão de cartas para continuar em uma nova vida. Durante cada uma de suas vidas, os jogadores buscarão três objetivos: ganhar pontos suficientes para subir na progressão cármica; guardar uma boa seleção de cartas para sua vida futura, já que essas cartas se tornarão sua mão inicial na próxima vida; e usar de forma inteligente as habilidades das cartas para ajudá-los ou para atrapalhar a evolução dos outros jogadores. Ganhe pontos para ascender, enquanto planta as sementes para sua próxima vida e – se necessário – sabote seus rivais. Mas lembre-se, tudo que vai, volta. Suas ações tem consequências nessa vida e na próxima.
Impressões: Sou bastante suscetível a jogos com artes impressionantes e componentes de boa qualidade, onde Karmaka certamente se encaixa. Aqui você encontrará um jogo rápido para setup, fácil de jogar e que que apresenta alguns diferenciais interessantes em termos de mecânica. A principio a proposta parece simples... acumule uma boa pilha de obras a sua frente, jogue uma carta que você não precisa no topo de modo que se você for atacado, ela que será destruída ou roubada, em seguida, fecha o caixão, bora desapegar, reencarnar e fazer tudo isto novamente até transcender. Seria simples... mas na verdade, o lado negro é forte aqui. O ponto é que para um jogo que ostenta um tema de transcendência à budeidade (isto... de besouro da bosta até buda) ele tem cartas demais com habilidades malignas dando sopa sem utilidade. Um tema mais preciso poderia ter sido uma competição entre assassinos, ou bruxos, ou tentar se tornar um mestre do lado negro da força. Mas neste jogo tudo que vai, volta. Um ponto importante de Karmaka é que, após um jogador usar a habilidade de uma carta contra um rival, ele poderá pegá-la para usar em sua próxima vida, muito provavelmente contra você mesmo. Suas ações podem voltar para assombrá-lo no futuro... É uma mecânica de "karma" bem original, mas pode ser desdenhada no última última rodada, já que não haverá vida futura com que se preocupar. Pode se tornar um jogo de negação a sua própria mecânica central. Existem também combos que podem interromper o "karma" como algumas cartas de estilo mímico, que permite usar as cartas de ataque mais desagradável e negar os para a sua vítima. Em última análise, é um jogo altamente competitivo, com arte linda e um tema colado, com sérios furos. O jogo possui um dependência de idiomas moderada, pois todas as cartas tem um texto médio em inglês.
Coleção: O jogo é muito bem feito em termos de arte e tem mecânicas muito originais, mas tem uma proposta central na base de "Take That", de ser um verdadeiro incomodo na vida de seus amiguinhos. Infelizmente é uma das mecânicas que mais me irritam em jogos de tabuleiro, então estou fora. Este vai para venda ou troca. EDIT: Vendido.