Armário de Jogos - parte 1 | Lista

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Armário de Jogos - parte 1

ftola11/12/2015 às 22:08

ftola

Com mudança vindo por aí e todos os armários de jogos bastante bagunçados, é hora de registrar a coleção e começar a guardar tudo pra reorganizar no novo apartamento, deixar tudo bonitinho, cada nicho com um segmento organizado por editora e série.

Aproveito o registro fotográfico pra explorar um pouco a coleção, divagar sobre jogos antigos e modernos e quem sabe inspirar os colegas à conhecer mais jogos das antigas. Esses jogo que aparecem por aí nos leilões com preços bem camaradas e são opção ao invés de ficar disputando pelo último hype que todos vão ter.

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Itens (9)

1 - Colossal Arena 3

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:04

A Fantasy Flight Games, lá nos seus primórdios, não era muito bem sucedida em quadrinhos e estava talvez um pouco melhor nos RPGs, resolveu desenvolver alguns jogos de tabuleiro próprios (como a série Twilight Imperium) e publicar alguns europeus que começavam a cativar mercado nos EUA.

Criaram a Silver Line pra jogos pequenos e baratos, com caixinhas modestas e grande potencial - estes dois jogos são os maiores sucessos da série.

O Colossal Arena tem um pedigree curioso. Pouca gente sabe, mas a primeira empresa a trazer jogos europeus para os EUA foi a Avalon Hill, que por muito tempo trabalhou exclusivamente com wargames. Um dos estagiários da empresa era o Alan Moon (autor do Ticket to Ride!), super engajado com o cenário europeu ainda em um estágio embrionário pré-Catan, convencendo a empresa à investir neste mercado mais acessível em tempo e complexidade.
Um destes investimentos foi o Titan: Arena - que era versão card game ambientada no sucesso da empresa, o Titan. Pegaram pra atender esta demanda um jogo excelente do Knizia, o Grand National Derby e fizeram um upgrade.

Knizia faz o que Knizia faz melhor: mecânicas simples e geniais, como é o caso do Derby - um dos primeiros jogos de corrida onde você não corre, mas aposta secretamente nos cavalos e manipula suas posições no decorrer da partida. Quem conhece o Royal Turf vai ver o conceito básico ali.

A Avalon Hill também fez o que sabia: pegar o simples e elegante e adicionar um bocado de coisas extras. Transformou a corrida de cavalos em um jogo de apostas em monstros, que duelam em uma arena e podem utilizar seus poderes para subjulgar os adversários. Os jogadores apostam secretamente mos seus monstros favoritos e decidem os resultados das lutas, utilizando os poderes de cada monstro. Tudo isso acontecera no final da década de 90.

Quase dez anos depois os eurogames ganharam espaço nos EUA, a Avalon Hill estava falida e o Titan: Arena era um dos fora de catálogo mais disputados nos leilões, vendidos por mais de 100 dólares. Daí se inicia uma das práticas da FFG, em trabalhar para relançar jogos cobiçados e avacalhar a vida dos colecionadores - passa o Arena para uma caixinha modesta e com pequenos ajustes nas regras.

Posteriormente o jogo ainda recebeu mais um upgrade e novo tema - virando o Galaxy: Dark Ages da GMT, e dando créditos de co-autoria atrasados ao Don Greenwood, editor chefe da Avalon Hill e responsável pelas primeiras alterações no jogo.

Por que jogar Colossal Arena?
Jogo de apostas secretas muito bem feito, um bocado de estratégia em 40 minutos com pitadas na medida certa de caos e 'take that'. Dá um sabor extra ao Derby e não fica tão complexo quanto o Galaxy.

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2 - Citadels 3

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:05

Citadels

O mais famoso da série Silver Line e provavelmente maior sucesso do autor francês Bruno Faidutti. Segundo o autor, é vendido em treze idiomas e tem mais vendas do que todos seus outros jogos juntos. Enquanto a 'escola francesa' comandada pelo autor tem características mais caóticas, com humor forte e críticas sociais, este jogo acabou sendo mais sério, estratégico e mais bem recebido em geral. Além disso, sua mecânica principal de draft de personagens e seleção de papéis foi referência para muitos autores até os dias de hoje.

Poderes especiais únicos para cada jogador já eram conhecidos desde o Cosmic Encounter, mas a possibilidade em se escolher papéis novos a cada rodada é creditada ao Citadels.
O Andreas Seyfarth, autor do Puerto Rico, cita diretamente a influência dos papéis do CItadels na sua criação, fazendo a transposição para um jogo de economia mais pesado. Por sua vez, o Bruno Faidutti empurra a consepção da mecânica pra outro, se dizendo inspirado no obscuro (e recomendado) Verrarter, joguinho genial do André Casasola.

Estranhamente, o blefe na escolha de papeis, aspecto mais estratégico do jogo só apareceu em uma versão de protótipo final - os primeiros protótipos tinham 60 personagens diferentes e pouca variedade de locais a serem conquistados.

Por que jogar o Citadels?
Enquanto o Love Letter destila toda a essência do CItadels em uma micro-partida, vale a pena conhecer o vovô do Love Letter pela experiência completa - adiciona estratégia e construções ao blefe e deducão. Só evite jogar em muita gente, pois o Citadels brilha por causa de suas partidas curtas.

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3 - Cuba 2

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:05

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4 - Colosseum 1

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:06

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5 - The Name of the Rose 2

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:06

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6 - Battles of Westeros 1

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:06

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7 - BattleLore 1

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:06

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8 - Warrior Knights 1

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:07

Está à venda no leilão do GamersSP: http://ludopedia.com.br/lista/2533/terceiro-megaleilao-gamerssp

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9 - Show Manager 2

Ir para o jogo ftola 11 Dec 15, 22:07

A primeira impressão com o Showmanager foi estranha - era uma caixa branca, genérica, com uma capa 'colada' na frente e cartas + componentes de papelão fininho laminados. Mais impressionou seis jogadores bastante críticos - foi rápido, dinâmico, estratégico e até mesmo divertido, ao tentar completar sua apresentação com artistas de gosto duvidoso.
O jogo ainda era chamado Premiere, e fazia parte de uma coleção de caixas brancas idênticas, com capa e abas diferentes. Todos os jogos montados artesanalmente pelo autor conforme as encomendas chegavam. E a maioria da coleção encontraria uma editora grande e faria um sucesso razoável nos próximos anos - Alhambra, Metro, Speculation, Timbuktu, Ektorp são todos do Dirk Henn e na sua maioria republicados pela Queen Games.

Uma edicão mais legal e caprichada - com arte excelente, foi publicada em alemão e esgotou rapidinho - não deu pra importar, restava esperar uma reedição. Afinal, jogo legal pra 5 ou 6 não é fácil de encontrar.

Então a Queen faz uma daquelas maluquices e resolve alterar o tema na reedição. No Atlantic Star você escolhe navios transatlânticos para completar rotas turísticas. Nada mais de cantores terríveis e apresentações incompletas. O jogo perdera a graça.

Foi preciso um kickstarter quase 20 anos depois para uma arte que fizesse jus ao jogo e finalmente poder trazê-lo pra coleção.

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