Em 1796, o carismático rebelde irlandês Wolfe Tone convenceu o governo revolucionário da França e um dos seus melhores generais, Lazare Hoche, de que a Irlanda estava preparada para a rebelião. A Irlanda subiria, insistiu ele, se a França desse o seu apoio. Naquele ano, uma força de 14.000 franceses em 43 navios evitou a frota britânica e navegou para Bantry Bay, condado de Cork, Irlanda, onde o mau tempo os forçou a abandonar a operação e retornar à França.

Dois anos e três audiências com Napoleão depois, Tone tentou novamente. Três ondas de desembarques franceses foram planejadas para coordenar com um levante geral dos Irlandeses Unidos (protestantes e católicos) em toda a ilha. Infelizmente, a notícia vazou e os principais líderes foram presos em Dublin, desencadeando um levante precoce, rápido e brutalmente reprimido por uma combinação de tropas profissionais, cercas recentemente levantadas, milícias locais e alabardeiros da ordem laranja. A rebelião durou até setembro, mas apenas no condado de Wexford e mais tarde no condado de Mayo, com o mínimo apoio francês, a rebelião teve algum sucesso.

Quanto aos franceses, a primeira leva de 1.100 homens sob o comando competente de Jean Humbert desembarcou no condado de Mayo em agosto de 1798. Uma força menor desembarcou em Donegal em setembro sob o comando de Napper Tandy. Humbert teve alguns sucessos, mas logo se rendeu à força esmagadora que Lord Cornwallis exerceu. Logo depois, Tandy abandonou a Emerald Isle quando percebeu que não poderia mais servir a Humbert. Um mês depois, e mais ao norte, na costa de Donegal, uma segunda onda de 3.000 homens comandados por Jean Hardy e pelo próprio Wolfe Tone encontrou um desastre. A frota de Hardy entrou em conflito com a frota britânica e Tone foi capturado. Preso e condenado à forca, Tone suicidou-se. A terceira e maior onda de soldados franceses nunca partiu.

Sem o apoio francês determinado, a rebelião irlandesa de 1798 tinha poucas chances de sucesso. Historicamente, foi um grande fiasco sangrento e descoordenado, agravado pela morte precoce do benfeitor de Tone, o General Hoche, devido à tuberculose. A história poderia ter sido diferente se as estrelas se tivessem alinhado, se os principais líderes irlandeses não tivessem sido capturados e os seus planos revelados, se os rebeldes tivessem recebido um número considerável de armas francesas e britânicas, se Hoche tivesse sobrevivido. Se uma segunda e mesmo uma terceira onda de regulares franceses tivesse desembarcado, e se esses regulares franceses tivessem desembarcado enquanto a rebelião ainda estava vibrante, então – então, como revela WOLFE TONE'S RISING, a Inglaterra teria tido um problema sério.

WOLFE TONE'S RISING coloca em jogo as hipóteses acima mencionadas. Um jogo curto de sete turnos coloca soldados regulares ingleses e milícias leais contra os rebeldes irlandeses e seus aliados franceses. Aqui, os franceses jogam um jogo de fachada com os britânicos, tentando desembarcar tropas na Irlanda não uma, mas três vezes. Aqui, o moral desconhecido desempenha um papel vital no resultado de cada batalha. Aqui, os líderes locais não são figuras simples, mas indivíduos que desfrutam de habilidades únicas em batalha. E aqui, cada batalha é assistida por um tabuleiro de batalha que utiliza novas mecânicas que tornam cada batalha um minijogo em si. Uma nota sobre os líderes utilizados: os líderes britânicos e franceses são líderes históricos importantes, enquanto os líderes rebeldes irlandeses são em grande parte representativos. Os líderes legalistas anônimos representam uma mistura de milícias e alabardeiros. A hierarquia legalista era inexistente ou muito confusa para identificar nomes específicos.