O primeiro sinal de civilização visto por tantos visitantes de Ikstvarr foi o farol. Não qualquer farol – por enquanto esta costa é abençoada com vários – mas o farol. Construída pelo Barão Vodom antes mesmo de haver uma cidade nesta ilha, ela já guiou navios ao redor do canto sudoeste devastado pela tempestade até a segurança do porto de Keelhafen. Mas a sua história também está impregnada de sangue. As memórias daqueles que estiveram lá chegaram ao reino dos pesadelos e de lá retornam a esta Terra em uma forma que mata.

O farol do Barão Vodom já não existe, mas as atrocidades cometidas dentro e ao redor dele deram forma a um novo farol. Memórias de pele humana esfolada espalhada pelas paredes da torre e membros decepados pendurados em suas janelas fornecem forma e estrutura. Memórias de alarmes, de vozes humanas gritando, dão-lhe voz e pergunta porquê - “porque me trouxeste para esta ilha, só para sofrer?” – como se esperasse uma resposta da humanidade. Mas isso não acontece. Não se importa com respostas. Seu objetivo é apenas o sofrimento que lhe dará mais memórias para usar como combustível para pesadelos.