[ltr]Terminei de ver o seu review. Primeiro, parabéns pela coragem em expor a sua opinião de maneira sincera e honesta. Isso é muito legal e falta um pouco nos reviews atuais pelo mundo.[/ltr]
Eu acho que muito do que você disse é questão de gosto e difícil de discutir, mas outras coisas eu vou contra-argumentar:
1) Decisões óbvias. Eu tive esta visão nas minhas primeiras partidas, principalmente nas jogadas iniciais. Dito isso, resolvi começar a pensar "fora da caixa" e realizar jogadas diferentes. Para a minha surpresa, muitas delas acabaram sendo melhores do que eu imaginava e a obviedade do jogo se dissipou ai. Talvez me faltem partidas (até agora foram 8), mas acho que tem bastante coisa diferente para fazer
2) Ações inúteis no final do jogo. Eu acho que todas as ações são úteis. Mesmo se, por exemplo, eu já fiz todos os mechs, posso realizar a ação debaixo para ganhar as moedas e bonus dos recrutas, por exemplo.
3) Tema. Este é muito questão de gosto e interpretação. O Jamey criou um universo pós apocalíptico depois da 1a Grande Guerra. Se lembrarmos do que aconteceu no "mundo real", vamos notar que os governos populistas tiveram meteóricas ascensões (o que culminou na 2a grande guerra), então, não acho tão ruim a decisão temática da popularidade ser o peso dos ganhos finais do jogo. Também não acho ruim os encontros (dá pra encontrar a descrição na internet se você quiser mais flavor), acho até original a ideia de deixar as imagens ao invés de descrever o que ocorre (na verdade, acho que isso depende muito do grupo, se o grupo for bem "euro", se tiver imagem ou texto, não importa, o pessoal vai apenas ler os benefícios e boas).
4) Interação. Concordo plenamente que o jogo acaba sendo mais uma guerra fria do que qq outra coisa, mas acho que a interação dos recrutas também gera decisões estratégicas muito interessantes ao longo da partida.
5) Anti-climax do final. Para mim, funcionou justamente ao contrário. O fato de não haver um final pre-estabelecido, com uma quantidade de jogadas, por exemplo, deixou o jogo mais tenso e interessante. O planejamento para acabar com o jogo em uma só jogada é algo sensacional e único. Para mim, é extremamente desafiador ter apenas 2 estrelas colocadas e tentar fechar o jogo colocando 4 em uma mesma jogada ou, ainda, olhar todo o tabuleiro e pensar "será que ainda vou conseguir jogar de novo?"
6) O maior ponto positivo. Ao meu ver, não é a arte, que é fantástica, mas sim as combinações entre facções e boards, que deixam o jogo com uma rejogabilidade elevada e faz com que cada partida seja bem diferente da anterior. De novo, talvez me faltem partidas para notar a tal obviedade, mas, para mim, não há a sensação de sentar na mesa e já ter uma estratégia pre-definida - sensação que tenho, por exemplo, quando pego uma raça do excelente Terra Mystica. Em minha experiência, cada jogo contou uma história extremamente diferente. Já ganhei uma partida com uma super blitzkrieg saxônica, já ganhei com zero de popularidade, já perdi tentando maximizar minha maquinha de pontos e já perdi mesmo sendo eu quem colocou a sexta estrela.
Obrigado a quem leu até aqui e, para quem ainda não conhece o jogo, espero que sirva de contraponto para que, pelo menos, deem uma chance a ele!
Abs!